Cachorro e gato tremendo pode não ser só frio. Saiba causas do problema
Tremores em virtude de dor, frio, alterações neurológicas, medo ou ansiedade são sensações humanas que também podem manifestar-se entre os pets e indicam que algo não vai bem. O tutor deve ficar atento ao sintoma, que pode significar alguma alteração, desconforto ou doença.
Dependendo da causa, os tremores podem aparecer de forma gradativa, com piora progressiva.
Sinais diferentes
Apesar de apresentarem-se de forma semelhante em cães e gatos, as diferenças comportamentais entre as espécies podem fazer com que os sinais sejam mais silenciosos principalmente entre os felinos.
Os gatos são animais muito mais discretos e quando sentem desconforto ou estão doentes, geralmente ficam prostrados e se isolam.
Já os cães manifestam sinais e sintomas de forma mais visível e muitas vezes procuram o dono e vocalizam (choram) para demonstrar que algo não vai bem.
O que pode ser
Problemas ortopédicos
Apesar de serem muito frequentes em cães e gatos, os problemas ortopédicos são extremamente silenciosos e com potencial impacto na qualidade de vida dos pets.
A osteoartrite, por exemplo, manifesta-se sutilmente no início (quando os bichinhos ainda são jovens) e só fica mais evidente quando a doença progride com sinais e sintomas mais evidentes, o que geralmente acontece só na idade adulta e senil dos animais.
Neste caso, além dos tremores musculares, também aparece a dificuldade de locomoção provocada pela dor da inflamação envolvida nesta doença degenerativa das articulações. Os animais demonstram desinteresse pelas relações sociais com os tutores e outros pets.
Causa emocional
No caso dos pets que sofrem com alterações comportamentais e emocionais que geram tremores, pode ser necessária uma terapia com acompanhamento constante, uso de medicamentos para controle da ansiedade e manejo ambiental.
Nestes casos, pode ser necessária a atuação de um profissional especializado em terapia comportamental, além de adestramento com metodologia positiva.
Vale lembrar que o comportamento dos responsáveis pelos bichinhos e situações estressantes no ambiente podem gerar nos animais alterações comportamentais, fobias e agressividade.
Outros distúrbios
Alguns pets podem apresentar tremores de cabeça, que geralmente estão associados a distúrbios em um pequeno órgão do sistema nervoso central chamado cerebelo, que tem importante atuação no equilíbrio. Algumas doenças, como a cinomose, podem gerar lesões cerebelares e, por consequência, tremor de cabeça.
Uma causa pouco conhecida de tremores de cabeça, e muito importante para os tutores de cães das raças Buldogue Inglês e Buldogue Francês, são os tremores de cabeça idiopáticos ou "head bobbings".
A causa destes quadros é desconhecida, mas os tremores de cabeça bastante intensos, e podem ou não estar acompanhadas de salivação.
Essas chamadas convulsões focais são caracterizadas por uma manifestação elétrica anormal em uma área específica do cérebro, que gera alterações em áreas restritas do corpo.
Para cada caso, um tratamento
Diante de tanta informação, afinal de contas, existe maneira de prevenir os tremores nos pets? A resposta é afirmativa e depende da origem do problema.
Em animais jovens, por exemplo, pode-se evitar a sobrecarga articular desde a infância com atividades que a reduzam, e a manutenção do peso adequado para que os pets sofram menos impacto no decorrer da vida.
No caso dos tremores relacionados a febres, é possível proteger os animais contra vírus e bactérias comuns em cães e gatos através de vacinas que atuarão na prevenção de doenças infecciosas.
Para os animais que têm frio, o conselho dos especialistas é que sejam mantidos em locais aquecidos, utilizando mantas e roupas específicas para que os cães não sofram devido a essa condição.
Seja qual for a causa dos tremores e a forma de tratamento ou prevenção indicadas, é fundamental que o tutor observe e corrija o suposto problema do animalzinho de estimação o mais rápido possível. Com um diagnóstico correto e visitas regulares ao veterinário, é possível tratar e prevenir doenças.
Fontes: Mariana Cappellanes Flocke, veterinária e consultora técnica da Elanco Saúde Animal e Stephanie Lima, do Vet Quality Centro Veterinário 24 horas
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