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Passaporte brasileiro teve diferentes versões ao longo dos anos; conheça

Novo passaporte apresentado pelo Governo Federal, que será emitido a partir de setembro - Reprodução/YouTube TV Brasil
Novo passaporte apresentado pelo Governo Federal, que será emitido a partir de setembro Imagem: Reprodução/YouTube TV Brasil

De Nossa

28/06/2022 14h15

Documento de identidade do cidadão no exterior, o passaporte do Brasil já foi bastante diferente da nova versão, apresentada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta segunda (27) e que deve passar a ser emitida em setembro — em comemoração ao bicentenário da Independência.

Apesar das alterações, o preço de emissão do documento seguirá o mesmo R$ 257,25, segundo o Planalto.

Em suas novas páginas, representações de biomas nacionais e outros símbolos da cultura de cada região do país deverão tornar falsificações ainda mais difíceis ou flagrantes. Na capa, o brasão da República retorna no lugar das estrelas do Cruzeiro do Sul que a ocupavam desde 2015.

Também há sete anos, houve a última grande mudança do passaporte, quando ele recebeu o design atual, a segunda atualização de sua biometria e teve sua validade estendida para dez anos, seguindo orientação da ICAO (Organização Internacional de Aviação Civil).

Relembre outras versões do documento do Brasil:

2015

Segundo modelo de passaporte biométrico, emitido a partir de 2015 - Marcelo Camargo/Agência Brasil - Marcelo Camargo/Agência Brasil
Segundo modelo de passaporte biométrico, emitido a partir de 2015
Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Este é o passaporte "Cruzeiro do Sul", o segundo modelo biométrico com chip já proposto no país, com validade de dez anos, modificações como a da imagem invisível fluorescente para ampliar sua durabilidade. Além disso, este foi o primeiro passaporte do Brasil a fazer parte do Diretório de Chaves Públicas da ICAO.

2010

Primeiro passaporte biométrico com chip, emitido de 2010 até 2015 - Polícia Federal - Polícia Federal
Primeiro passaporte biométrico com chip, emitido de 2010 até 2015
Imagem: Polícia Federal

Ainda com o brasão da República na capa, este modelo em tom cobalto foi o primeiro com a tecnologia biométrica antifraude e também com o chip. Até então, o documento tinha cinco anos de validade.

2006 até 2010

Passaporte biométrico emitido de 2006 até 2010 - Afranca/Creative Commons - Afranca/Creative Commons
Passaporte biométrico emitido de 2006 até 2010
Imagem: Afranca/Creative Commons

Este foi o primeiro azul — ainda um tanto menos vibrante — entre os documentos brasileiros. Mais moderno que seus antecessores, ele já contava com a biometria na página de identificação do portador, que evita falsificações, mas ainda não possuía chip. Esta foi a primeira versão que pode ser solicitada via internet.

Anos 70 até 2006

Passaporte brasileiro em 2006 - Domínio Público - Domínio Público
Passaporte brasileiro em 2006
Imagem: Domínio Público

Pode esquecer o azul: naquela época, o passaporte comum brasileiro era verde e já trazia o brasão da República na capa. No entanto, seu interior trazia foto analógica e informações preenchidas à mão no início, como neste documento que pertenceu ao escritor Jorge Amado em 1976.

Passaporte de Jorge Amado em 1976 - Fundação Casa de Jorge Amado/Domínio Público - Fundação Casa de Jorge Amado/Domínio Público
Passaporte de Jorge Amado em 1976
Imagem: Fundação Casa de Jorge Amado/Domínio Público

Entre 1945 e 1970

Passaporte brasileiro emitido até 1970 - Domínio Público - Domínio Público
Passaporte brasileiro emitido até 1970
Imagem: Domínio Público

Segundo o Itamaraty, este era o modelo padrão do passaporte brasileiro, também verde, após a Segunda Guerra. O documento era bilíngue: boa parte dos seus campos trazia descrições em português e em francês.

No início do século 20

Passaporte de Santos Dumont de 1919 - Arquivo Nacional/Domínio Público - Arquivo Nacional/Domínio Público
Passaporte de Santos Dumont de 1919
Imagem: Arquivo Nacional/Domínio Público

Quando ainda éramos a "República dos Estados Unidos do Brasil" (ou Brazil, no documento internacional), entre 1889 e 1968, o passaporte possuía descrições da fisionomia do portador, já que as fotos não eram assim tão boas. O documento acima pertenceu ao Pai da Aviação, Alberto Santos Dumont, e foi emitido em 1919.

Brasil Império

Passaporte do escravo Manoel - Arquivo Público do Estado de São Paulo - Arquivo Público do Estado de São Paulo
Passaporte do escravo Manoel
Imagem: Arquivo Público do Estado de São Paulo

Com menos cara de passaporte e mais de autorização de viagem: assim era o documento na época do Brasil Imperial, como este concedido ao Escravo Manoel a possibilidade de viajar para ser vendido, em 1876.