Passaporte brasileiro teve diferentes versões ao longo dos anos; conheça
Documento de identidade do cidadão no exterior, o passaporte do Brasil já foi bastante diferente da nova versão, apresentada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta segunda (27) e que deve passar a ser emitida em setembro — em comemoração ao bicentenário da Independência.
Apesar das alterações, o preço de emissão do documento seguirá o mesmo R$ 257,25, segundo o Planalto.
Em suas novas páginas, representações de biomas nacionais e outros símbolos da cultura de cada região do país deverão tornar falsificações ainda mais difíceis ou flagrantes. Na capa, o brasão da República retorna no lugar das estrelas do Cruzeiro do Sul que a ocupavam desde 2015.
Também há sete anos, houve a última grande mudança do passaporte, quando ele recebeu o design atual, a segunda atualização de sua biometria e teve sua validade estendida para dez anos, seguindo orientação da ICAO (Organização Internacional de Aviação Civil).
Relembre outras versões do documento do Brasil:
2015
Este é o passaporte "Cruzeiro do Sul", o segundo modelo biométrico com chip já proposto no país, com validade de dez anos, modificações como a da imagem invisível fluorescente para ampliar sua durabilidade. Além disso, este foi o primeiro passaporte do Brasil a fazer parte do Diretório de Chaves Públicas da ICAO.
2010
Ainda com o brasão da República na capa, este modelo em tom cobalto foi o primeiro com a tecnologia biométrica antifraude e também com o chip. Até então, o documento tinha cinco anos de validade.
2006 até 2010
Este foi o primeiro azul — ainda um tanto menos vibrante — entre os documentos brasileiros. Mais moderno que seus antecessores, ele já contava com a biometria na página de identificação do portador, que evita falsificações, mas ainda não possuía chip. Esta foi a primeira versão que pode ser solicitada via internet.
Anos 70 até 2006
Pode esquecer o azul: naquela época, o passaporte comum brasileiro era verde e já trazia o brasão da República na capa. No entanto, seu interior trazia foto analógica e informações preenchidas à mão no início, como neste documento que pertenceu ao escritor Jorge Amado em 1976.
Entre 1945 e 1970
Segundo o Itamaraty, este era o modelo padrão do passaporte brasileiro, também verde, após a Segunda Guerra. O documento era bilíngue: boa parte dos seus campos trazia descrições em português e em francês.
No início do século 20
Quando ainda éramos a "República dos Estados Unidos do Brasil" (ou Brazil, no documento internacional), entre 1889 e 1968, o passaporte possuía descrições da fisionomia do portador, já que as fotos não eram assim tão boas. O documento acima pertenceu ao Pai da Aviação, Alberto Santos Dumont, e foi emitido em 1919.
Brasil Império
Com menos cara de passaporte e mais de autorização de viagem: assim era o documento na época do Brasil Imperial, como este concedido ao Escravo Manoel a possibilidade de viajar para ser vendido, em 1876.
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