Cia aérea envia avião sem passageiros só para pegar malas presas em Londres
A companhia aérea americana Delta Air Lines enviou na segunda-feira (11) um avião sem passageiros ao aeroporto de Heathrow, na Inglaterra, para buscar cerca de mil malas extraviadas. A empresa confirmou a informação à agência Bloomberg.
Os terminais em Londres, assim como outros na Europa, enfrentam atualmente o chamado "caos aéreo". Após corte de funcionários durante a pandemia, as companhias, assim como os aeroportos, se encontram sem capacidade de acompanhar o aumento abrupto de viajantes no primeiro verão no continente após as reaberturas de fronteiras e flexibilizações de protocolos.
O resultado são atrasos, centenas de cancelamentos e perda de cargas entre voos. A Delta voou um Airbus A330-200 para recuperar os itens perdidos por passageiros recentemente.
A bagagem chegou a Detroit, em Michigan, e foi encaminhada aos passageiros a partir do terminal americano, informou a aérea na quarta (13).
"Nós chegamos ao ponto em que tivemos que separar um fretamento apenas para repatriar as malas de volta aos nossos clientes, que estiveram encalhadas devido a alguns problemas operacionais", teria justificado o presidente, Ed Bastian, em uma teleconferência para discutir os resultados financeiros da companhia, ainda segundo a Bloomberg.
Os transtornos operacionais em Heathrow tomaram tão grandes proporções que, na terça (12), a administração do aeroporto impôs um teto máximo de passageiros por dia: 100 mil, informou a agência AFP.
"Em média, apenas 1.500 desses 4 mil assentos anulados por dia já foram vendidos, então pedimos às nossas empresas parceiras que parem de vender passagens para o verão para limitar o impacto nos passageiros", alertou o CEO do Heathrow, John Holland-Kaye, em comunicado.
Em 6 de julho, a British Airways — principal companhia a operar no aeroporto — anunciou o cancelamento de 11% de todos os seus voos até outubro. Diante de situações similares e com filas e greves deflagradas em aeroportos na França, Itália e Espanha, a Lufthansa e a Air France-KLM cancelaram centenas de voos no dia 8 e limitaram a venda de bilhetes futuros para atender às remarcações.
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