A Casa do Porco: quanto custa comer no 7º melhor restaurante do mundo em SP
Na segunda (18), A Casa do Porco Bar realizou um feito que só outro restaurante brasileiro, o DOM, de Alex Atala, havia conquistado. Subiu dez posições em relação ao ano passado e terminou em sétimo lugar na lista "The World's 50 Best Restaurants", que divulga anualmente o ranking dos melhores estabelecimentos do mundo.
A posição inédita deu ao estabelecimento instalado numa esquina da República (Rua Araújo, 124), no centro de São Paulo, o título do endereço mais prestigiado do Brasil e do segundo mais requisitado da América do Sul (o primeiro é o peruano Central, vice-campeão da premiação).
Inaugurado em 2015 pelo casal Jefferson e Janaína Rueda, o restaurante exalta a cozinha caipira por meio do animal que dá nome ao empreendimento: o porco.
A criação das raças sorocaba, piau, canastra, caruncho e pereira, todas crioulas, é acompanhada pela dupla, num trabalho que começa na fazenda do interior e chega à mesa da capital.
A ideia difundida globalmente pelo termo farm-to-table foi reforçada na pandemia, quando Jefferson e Janaína voltaram os seus esforços para a terra e a plantação de orgânicos no Sítio Rueda, em São José do Rio Pardo, cidade natal do chef.
Além do cuidado excepcional com o ingrediente, que permite ousadias como servir carne de porco crua, o bom custo-benefício d'A Casa do Porco foi destacado na cerimônia em Londres. Para tornar o elogio palpável e falar de números, Nossa detalha o cardápio do restaurante abaixo.
Duas experiências, dois preços
A freguesia escolhe entre dois cardápios. O tradicional à lá carte tem petiscos e pratos.
Do primeiro grupo, fazem a fama da casa o torresmo de pancetta com goiabada e picles de cebola-roxa (R$ 49, 6 unidades) e o sushi de papada de porco com tucupi negro e alga nori (R$ 43, 4 unidades).
Há também uma seleção de embutidos e curados artesanais, como a mortadela e o lardo suíno, guarnecidos por pão rústico preparado lá, picles, mostarda com tucupi e compota de cebola caramelizada mais bacon. Cada um sai por R$ 49.
Depois das entradinhas para comer com as mãos, é hora do San Zé (R$ 84 para um). Assado inteiro em baixa temperatura por seis a oito horas numa churrasqueira especial que fica à vista dos clientes, vai à mesa cortado em quadrados e acompanha pratos que mudam de acordo com o que dá para colher no sítio da família.
Completam as sugestões de pratos principais individuais a porcoletta (costeleta de porco à milanesa com salada, R$ 96), o macarrão do dia (R$ 69) e a cabeça de porco, que requer reserva. Receitas vegetarianas devem ser consultadas na hora com o garçom.
Quem quer um docinho precisa desembolsar mais R$ 45. É o preço da mousse de chocolate com bolo de erva-mate, morango e sorvete de menta e da pedida estilo romeu e julieta, com queijos e goiabadas de pequenos produtores.
Se gostar de provar um pouquinho de cada especialidade vai perceber que talvez valha a pena pagar R$ 220 por pessoa e experimentar o menu degustação.
Trata-se de um apanhado de receitas clássicas da casa mais outras exclusivas em tamanho menor dentro de uma sequência de cinco etapas.
Os pratos oferecidos atualmente foram pensados por Janaína junto de uma equipe de cozinheiras e podem ganhar harmonização de bebidas alcoólicas de produção própria e drinques cheios de brasilidade por R$ 140 extras.
A experiência começa com os embutidos e passa para cinco canapés. Numa estrutura de tronco de árvore estão o sushi, o torresmo e três pedidas exclusivas do menu: steak tartare sobre tempurá de batata-doce, terrine de joelho, fígado e morcilla e mil-folhas de codeguim (linguiça) à milanesa.
Depois, tem mandioca com bacon e sorvete de tucupi e lardo com vegetais no caldo de pé de porco. Ainda é preciso guardar espaço para o mesmo san zé do à lá carte e para a combinação de docinhos, na qual entram cocada e broa de milho, por exemplo. O cafezinho está incluso.
Reservas e espera
Para se sentar com tranquilidade nas mesas disputadas do salão de estilo industrial ou da área externa é prudente se antecipar. A melhor opção é fazer reserva pelo site (indisponível no momento) e chegar no horário direto para a sua cadeirinha.
A outra é ir sem pressa e encarar a espera. Nesse caso, vale ser estratégico. Isso significa ir cedo, mesmo antes da operação começar, ou num horário alternativo. Uma terça-feira qualquer no meio da tarde, quem sabe...
Aos fins de semana, a fila costuma ser grande e certeira. Chega a ponto de tirar a dúvida de clientes perdidos com a localização. Avistou uma esquina com um amontoado de gente? Então acertou — é ali mesmo.
O bom é que enquanto aguarda é possível se divertir assistindo ao açougue numa espécie de vitrine na Rua General Jardim, comer um tira-gosto na calçada e andar pelas ruas próximas até a sua vez chegar.
O estabelecimento funciona das 12h às 0h todos os dias. Só domingo fecha antes, às 17h.
Comida dos Ruedas
Mais em conta
De olho promover o centro de São Paulo e servir comida de qualidade a preços acessíveis, Jefferson e Janaína abriram dois estabelecimentos dedicados às comidinhas de rua a 300 metros a pé d'A Casa do Porco.
O Hot Pork (Rua Bento Freitas, 454) oferece cachorro-quente feito todinho do zero. A salsicha suína vai no pão de batata com picles de pepino e cebola-roxa, ketchup de maçã e maionese com limão, mostarda e salsinha. Sai por R$ 31 sozinho ou R$ 49 no combo com batata chips e refresco.
Na Sorveteria do Centro (Rua Epitácio Pessoa, 94), o atrativo é o sorvete em estilo soft retirado na máquina italiana. Colocado em casquinhas coloridas e incrementado com uma série de complementos, o doce (a partir de R$ 13) tem aparência boa para internet.
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