Cidades na França impõem máximo de visitantes para conter turismo excessivo
Depois de Veneza, na Itália, instalar catracas e passar a cobrar uma taxa de pernoite para conter o fluxo descontrolado de viajantes, e de destinos da Costa Amalfitana recorrerem a um rodízio para enxugar o número de veículos em circulação no balneário, cidades na França também resolveram impor um limite ao número diário de visitantes em uma tentativa de minimizar o impacto do turismo nada sustentável.
Marselha colocou em vigor nesta temporada de verão austral um sistema que permite no máximo 500 reservas por dia para conhecer Calanque de Sugiton, um vale rochoso que leva a uma paradisíaca praia na cidade, segundo o Escritório Metropolitano de Turismo e Convenções.
Cerca de 3 mil pessoas chegavam todos os dias até o local, segundo a revista "Travel and Leisure".
"Desde seu marcante sucesso durante o verão de 2020, as Calanques se tornaram vítimas de superpopulação em julho e agosto [de 2021]. Os danos à flora e à fauna devem ser protegidos neste parque. Para lutar contra este fenômeno, estamos lançando uma ação sem precedentes para um lugar natural: um sistema de reservas diárias", esclareceu o órgão em anúncio à imprensa.
Outros cinquenta funcionários temporários treinados serão colocados de "guarda" nos pontos mais movimentados de Marselha para gerenciar o fluxo de visitantes e redirecioná-los a porções menos frequentadas, além de "informá-los sobre boas práticas para preservar o meio ambiente".
A Córsega também teria estabelecido padrões semelhantes de reservas em sua cobiçada costa, notou a revista americana.
Ainda segundo o site de notícias France24, áreas populares na Provence, nos Alpes e na Côte d'Azur, no sul do país, além da Normandia, realizaram uma parceria com o aplicativo de rotas de trânsito Waze para monitorar o tráfego e gerenciar as crises de fluxo nos horários de pico.
Em um movimento semelhante, a Tailândia reabriu Maya Bay — as famosas areias em que DiCaprio estrelou o filme "A Praia" — em 1º de janeiro de 2022, para a temporada de verão no verão do hemisfério sul depois de três anos fechada para a recuperação do ecossistema. No entanto, hoje há um limite de turistas que podem visitar o local diariamente.
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