Memórias de viagem do casal trazem vida e cor à decoração de casa na Bahia
Uma mulher colorida. Cheia de histórias, viagens, energia. Por que a casa seria diferente disso? Maria Gabriela Amaral e seu marido Alam viviam em um apartamento em Salvador, na Bahia, e com o tempo surgiu a vontade de ter a liberdade que só uma casa com quintal poderia oferecer. "Chegamos a esta em 2014, mais afastada da cidade. Todas as outras opções não precisavam de reforma, esta sim", ri Maria (@mariaarquitetura), que é arquiteta e logo se entusiasmou com o quebra-quebra.
Após trocar o piso para um mais despojado e diminuir o lavabo, eles tinham uma tela em branco nos 60 m²: paredes lisas, era hora de começar a transferir sua identidade. Aos poucos, uma dessas paredes ganhou tijolinhos e se tornou uma grande galeria.
"Gostamos muito de viajar e trazemos itens relacionados à casa. Também gostamos muito de arte e quando conhecemos artistas novos, adquirimos obras que nos fazem sentido. Assim essa parede foi se construindo, iluminada por trilhos", conta ela, que acredita na arquitetura afetiva, pontuada pelas histórias dos moradores.
Havia outro atrativo para escolherem a residência: a proximidade da praia. Pontos positivos e negativos estão nessa parte, você sabe, afinal, a maresia pode deteriorar materiais. "Por conta disso, as cadeiras são de plástico e outras escolhas se deram para tornar tudo bem prático."
Se quiser ir de chinelo à praia, vou. E na volta não há preocupação em sujar o piso. É uma casa para chegar descalça, atravessar a sala e lavar os pés no chuveirão, um bom lugar para viver."
Sem frescura
A cozinha integrada tinha tudo a ver com o estilo descontraído do casal, que gosta de receber poucos e bons amigos, sem neuras.
"O tamanho é ótimo para duas pessoas. Bento, nosso filho, veio depois e motivou a fazer a última reforma, em meio à pandemia", ela diz.
Embora seja arquiteta e esteja acostumada a fazer transformações com prazos curtos, Maria acredita que leva tempo e imersão em histórias para uma casa refletir quem o morador é, de fato.
"Minha casa reflete minha personalidade alegre e colorida. Sou reservada, mas longe de ser tímida. Aqui concentro esse ímpeto por viajar, conhecer lugares, cozinhar e experimentar coisas novas."
Dicas da Maria Gabriela para dar alma à casa
- Expresse quem você é sem medo. "A casa tem que ter muito a ver com a gente. Visito muitas casas e percebo que as pessoas ficam sempre cheias de preocupação em mostrar quem são. Às vezes a pessoa acumula muita coisa, mas coisas que não têm a ver com ela. Ao mesmo tempo, têm vergonha de valorizar itens que contem sua história. São essas coisas que fazem a casa da gente ser nossa."
- Cor: mergulhe. "Não dá pra ter medo de enjoar. Se tem a ver com sua personalidade, vale a pena misturar cores e pensar em quais você gosta."
- Reuse. "Não despreze o que é velho e que veio de outras casas. Se você gosta desse item, reforme, renove e reuse. Tem que ter sensibilidade para valorizar o que você tem."
- Estampas. "Tem que gostar para ter em casa. Quando se tem uma personalidade mais sóbria, aconselho ir devagar. Aqui o chão é cinza, temos uma parede clara, tinha uma base neutra, então entrou o sofá estampado. Quando se tem muitas estampas diferentes fica mais difícil fazer essa dosagem. É preciso proporcionar, mas usar padronagens sem medo."
@s que me inspiram
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