Parque nos EUA tem maior árvore do mundo, mas ninguém pode vê-la de perto
Conhecido por abrigar a Hyperion, mais alta árvore do mundo, o Parque Nacional de Redwood é uma das áreas de mata selvagem de maior importância na história. O motivo?
Sua célebre vegetação de troncos avermelhados (também conhecida como redwood, a "madeira vermelha"), que está entre as mais antigas hoje em todo o planeta. O complexo de 560 km² compreende três parques, na verdade, e protege 45% de todas as árvores do tipo na Terra.
Estabelecido no início do século 20, ele luta para manter boa parte do terreno já depredado por madeireiras na Califórnia e tem não só rica área de floresta como também ampla costa. Em seu interior, vivem ainda espécies vegetais ricas, mas também animais como ursos, flores raras, pássaros e diversas espécies em extinção.
Entre as espécies que dependem do Redwood para sobreviver estão uma variação do góbio conhecido por viver "nas marés do norte", o salmão-rei, a coruja-pintada do norte e o leão-marinho de steller. Por este motivo, a Unesco reconheceu em 1980 o Parque Nacional de Redwood como Patrimônio da Humanidade.
Sua habitante mais ilustre
Um dos maiores — literalmente — tesouros do Parque Nacional de Redwood, na Califórnia, não pode (mais) ser visitado. A sequoia Hyperion, mais alta árvore do globo segundo o Guinness World Records, agora deve descansar livre das interferências do homem.
Na última semana, a administração do parque anunciou que a Hyperion enfrenta atualmente danos em suas raízes por causa de turistas que insistiam em sentar ou subir em seu tronco para tirar uma foto, ou ainda tentar escalá-la.
Por isso, todo visitante que for pego próximo à árvore de 116 metros de altura poderá passar até seis meses na prisão e pagar multa de US$ 5 mil ou R$ 26,2 mil. A Hyperion está localizada nas profundezas do complexo Redwood e nenhuma das trilhas oficiais leva até o ponto onde está situada.
No entanto, a administração avisa: ela não "vale o hype". No Redwood, há árvores com troncos mais grossos e copas mais frondosas do que a recordista e que, por isso, rendem melhores primeiras impressões e até fotos.
"Descoberta" em 2006 pela dupla de especialistas Chris Atkins e Michael Taylor, sua localização é mantida em segredo, segundo o próprio Guinness, para preservá-la. Ela foi batizada em homenagem a um dos titãs — pai do deus "solar" Helios e da lunar Selene — na mitologia grega justamente por causa de seu tamanho imenso.
A importância da preservação das raízes da Hyperion tem um motivo particular: a árvore ainda está em crescimento. Em sua primeira medição, em 2006, ela tinha 115,55 metros. Em 2019, ao ser autenticada pelo Guinness, ela já havia chegado a 116,07 metros. Seu diâmetro é de 4,94 metros e seu peso estimado é de 209 toneladas. Especial, sua coroa mede 90,9 metros, cerca de 2 metros a menos que a Estátua da Liberdade.
Com idade entre 600 e 800 anos, autoridades se preocupam com a degradação e o lixo trazidos pelo homem — e como isso pode agravar a situação já temerosa pelos incêndios que atingem atualmente a Califórnia.
"Havia lixo, pessoas criando mais e mais trilhas paralelas para usar o banheiro. Eles deixam papel higiênico e dejetos humanos. Não é uma coisa boa", acredita Leonel Arguello, chefe de Recursos Naturais do parque.
Ele manifestou ainda preocupação, ao San Francisco Gate, com o fato de a área ter baixo sinal de celular e GPS, o que pode dificultar o resgate de visitantes feridos que buscam informações "secretas" com blogueiros para achar a Hyperion nas trilhas clandestinas.
Portanto, antes de explorar o Redwood, com suas árvores imensas, belezas naturais e desafios proporcionais, é recomendável buscar informações oficiais dos patrulheiros florestais dos EUA e da administração do parque. O Redwood ainda oferece acampamentos, áreas de descanso e alimentação dentro do complexo — mais informações sobre cada parada estão disponíveis no site.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.