Casal passa lua de mel em viagem de Kombi pelo Brasil: "Nos fortaleceu"
O sonho de muitos casais é passar a lua de mel em confortáveis resorts de destinos como as Maldivas, Cancún ou Punta Cana. Ou, talvez, em um hotel cinco estrelas de Paris ou em um itinerário pela Itália.
Após seu matrimônio, porém, Edilaine Rosa de Lima e Felipe Cuer (@kombimariaantonia) seguiram por um caminho mais original.
Eles subiram em uma Kombi transformada em motorhome e começaram uma lua de mel que seria curtida a bordo do veículo, em uma viagem pelo Brasil com meses de duração.
"Sempre gostamos de viajar juntos, principalmente para acampar", diz Edilaine. "E em 2016, quando ainda namorávamos, conhecemos pessoas que, sem gastar muito, transformaram Kombis em motorhomes, para viajar por aí. Quisemos fazer o mesmo".
O casal, então, juntou dinheiro e, em 2018, comprou sua própria Kombi, convertendo-a em um verdadeiro lar, com cama, armários, geladeira, pia, fogão, reservatório de água, chuveiro e um pequeno recipiente sanitário.
Toda a transformação do veículo em casa móvel foi o sinal de que o momento do matrimônio havia chegado.
Em 2019, com o motorhome pronto, casamos, já decididos a passar uma longa lua de mel na Kombi", conta Felipe.
A festa das bodas teve como tema uma viagem pelo Brasil, com drinques com elementos típicos de cada região do país e com a Kombi (batizada de Maria Antonia) em exibição para os convidados.
E, logo após o evento, os pombinhos pegaram a estrada.
Aprendizados para a relação
O casal saiu de sua cidade no interior de São Paulo com o objetivo de curtir a lua de mel viajando pelas cinco regiões do Brasil. "Tínhamos dinheiro economizado e estávamos sem data certa para voltar", conta Felipe.
Os dois foram primeiramente para o Sul, dirigindo por Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Depois, voltaram para São Paulo, entraram no Rio de Janeiro e no Espírito Santo e, por fim, chegaram à Bahia, onde passaram cinco meses.
Neste tempo, eles chegaram com a Kombi a lindos destinos como a serra gaúcha, as praias de Florianópolis, Foz do Iguaçu, a região serrana do Rio de Janeiro, a Chapada Diamantina e todo o litoral da Bahia.
E viveram momentos românticos na viagem, como pede uma lua de mel.
Com a Kombi, Felipe e Edilaine, por exemplo, dormiram em praias quase desertas ouvindo o barulho das ondas, passaram a noite sob um céu absurdamente estrelado no Parque Nacional do Caparaó (na divisa dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo) e atravessaram regiões de vinícolas no Rio Grande do Sul.
E a jornada também rendeu grandes aprendizados para o casal.
Mesmo namorando por anos, nunca tínhamos morado juntos. Então, se sobrevivêssemos dividindo o espaço minúsculo de uma Kombi, poderíamos sobreviver a qualquer coisa", brinca Felipe.
"Viver em um motorhome é diferente de morar em uma casa convencional", afirma Edilaine. "Se você abre qualquer porta dentro do veículo, tem que pedir licença para o outro. E, na Kombi, não tem como um de nós ir dormir na sala depois de uma discussão. Mas aprendemos rapidamente a respeitar o espaço do outro".
Edilaine também ressalta que, em uma viagem assim, o casal tem que desenvolver habilidades de tomadas de decisão. "Estávamos a todo momento decidindo coisas juntos, sobre os próximos destinos que iríamos visitar, sobre como planejar o deslocamento e sobre onde iríamos dormir na noite seguinte. Isso melhorou nosso diálogo e nos fortaleceu como casal".
Pandemia e planos de viagem
A pandemia estourou quando os dois estavam quase chegando ao Sergipe: diante da impossibilidade de seguir viagem, eles interromperam a jornada e decidiram voltar a se estabelecer no interior de São Paulo — mas, ao todo, conseguiram curtir nove meses de lua de mel com a Kombi.
A interrupção, porém, foi momentânea: hoje vivendo em uma chácara, Edilaine e Felipe têm como objetivo voltar a pegar a estrada com seu motorhome ainda neste ano.
Queremos continuar o que começamos lá atrás. A ideia é voltar ao Nordeste, entrar na região Norte e, depois, visitar o Centro-Oeste. Nada acabou. A lua de mel vai continuar", promete Felipe.
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