Aeroporto de Buenos Aires não voltará a receber voos comerciais, diz jornal
O Aeroporto El Palomar, famoso por abrigar voos de aéreas de baixo custo na capital argentina, não deve voltar a operar voos comerciais, informou La Nación.
Segundo o jornal local, fontes do Ministério de Transportes da Nação e do Corpo Regulatório do Sistema de Aeroportos Nacionais (Orsna) revelaram que o El Palomar não abriu suas portas desde o fechamento em dezembro de 2020 porque eles consideram que "a segurança operacional para a operação de voos comerciais não é viável e que não está nos planos que ele volte a funcionar para este propósito".
Anteriormente uma base aérea militar, El Palomar começou a receber voos de low costs em 2018 e facilitou o deslocamento de estrangeiros porque, ao contrário do Aeroparque Jorge Newberry ou do Ezeiza, ele era acessível aos passageiros através de trem.
No entanto, com a chegada da pandemia, ele se tornou desnecessário para o baixo fluxo de passageiros que Buenos Aires passou a receber e foi fechado, a princípio, em caráter temporário. Ainda de acordo com La Nación, Mario Meoni, Ministro de Transportes da Argentina em 2020, prometeu que El Palomar voltaria a funcionar assim que as atividades comerciais fossem retomadas após a pandemia.
No entanto, apesar de as atividades aeroportuárias já terem voltado ao seu ritmo anterior à covid-19, El Palomar segue sem passageiros. Funcionários do Orsna, que pertence ao governo federal argentino, ainda relataram que não há interesse em reabrir o aeroporto porque suas operações foram absorvidas com sucesso pelo aeroporto de Ezeiza e pelo Aeroparque.
Um investimento na recuperação de El Palomar também significaria interromper obras em outras porções do país, mais carentes de terminais aeroviários.
A continuidade da operação comercial do Aeroporto El Palomar requer investimentos significativos não apenas no terminal de passageiros, para garantir serviços mínimos (por exemplo, não há estrutura de combate ao fogo), mas sobretudo um investimento importante para reconstruir a pista, feita de lajes de concreto e que já apresentam um alto nível de deterioração com a atual vida útil remanescente de zero anos, de acordo com estudos de segurança operacional." Teria dito uma fonte do Orsna ao La Nacion.
Plataformas de embarque e desembarque, entre outras porções do complexo, também teriam de ser reformadas. O gasto total seria de 8 bilhões de pesos argentinos, cerca de R$ 300 milhões de reais. "Hoje, as companhias low cost que operavam em El Palomar não estão pedindo para voltar para lá, ao contrário, elas fazem requerimentos para aumentar as operações no Aeroparque e em Ezeiza", completou ainda a fonte não identificada.
Na última semana, o deputado federal Diego Santilli mostrou no Twitter imagens da retirada de equipamentos de rampa da Flybondi de El Palomar. "Veja como estão desmontando o aeroporto de El Palomar. Por onde passa este governo, destrói tudo o que toca. Não há argumentos nem relatos que possam encobrir sua incapacidade", criticou em 16 de agosto.
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