Em apê com cara de casa, plantas e 'garimpo' são protagonistas de decoração
Se tem uma coisa que o médico Oscar José Chagas Filho lembra bem é de sua mãe regando as plantas quando chegava de mais um dia de trabalho. Para este apartamento de 100 m² no Bixiga, em São Paulo, era essa aura que ele queria.
Minha casa está repleta delas, a cada dia crescem e ocupam mais espaços e eu adoro.
Veio daí a ideia de ter uma prateleira de concreto que percorre a sala e desemboca na cozinha: além de guardar seus livros, é mais um lugar de destaque para as plantas. Oscar chegou ali no meio da pandemia, em junho de 2020, quando se sentiu enclausurado na casa geminada em que vivia em Pinheiros, também na capital paulista.
Peguei meu FGTS, calculei quanto poderia gastar com a compra e a reforma e comecei a procura. De cara gostei bastante, principalmente por ser face norte e bater bastante sol, o que ajudaria as plantas também.
Tamanho ideal, face norte ensolarada no ponto certo e valor dentro do esperado, ele bateu o martelo.
A partir de uma pesquisa de cores, disposições, ambientes abertos, cozinha integrada e espaços para as duas cachorras, Oscar traçou o resultado que sonhava: um apartamento bem integrado, onde as plantas tivessem a atenção merecida. Com ajuda da arquiteta Vinícia Brandão, as referências tomaram forma.
"Ele já veio com várias ideias na cabeça, sabia muito bem o que queria: um apartamento com cara de casa", conta.
Garimpos
E se tem cara de casa, os móveis não poderiam vir novinhos, de lojas comuns. "Garimpando, encontrei muita coisa em conta e até de graça. O sofá de couro e a mesa de jantar Saarinen foram comprados em desapegos na internet. Lustre da mesa de jantar, em antiquário virtual. A poltrona Costela e as cadeiras da mesa de jantar, em outros antiquários", conta.
Em meio a essa mistura, Oscar cozinha, lê, ouve música, estuda e ama receber amigos. "Adoro o chão de taco, o concreto exposto nas vigas, colunas e nas prateleiras, as portas de serralheria, a pouca marcenaria e o ladrilho hidráulico", conta.
Dicas do Oscar para ter um lar cheio de alma
- Saia da caixa. "Pesquisar referências de acordo com o gosto pessoal é essencial. Fuja dos sites que parecem mais práticos e que tentam te vender o que está mais na modinha, geralmente são produtos de baixa qualidade e de pouca funcionalidade."
- Sem pressa. "O ideal é no dia a dia você ir detectando o que você utiliza muito, o que utiliza pouco, o que sente falta e ir completando aos poucos sua casa. Não precisa comprar tudo de uma vez e nem as primeiras coisas que vir."
- Projete-se ali. "É fundamental avaliar o ambiente que você quer decorar, medir, o que você espera do espaço, o que você se enxerga fazendo nele e sempre medir o espaço e o móvel, objeto ou planta que você pretende colocar ali. Por exemplo: não faz sentido ter uma sala de televisão se você não assiste TV. Após encontrar uma referência que te agrade, pesquise. Vale internet, antiquário, feirinhas, mas assim se tem uma ideia das referências encontradas no mercado e dos preços. Coisas usadas variam muito de preço."
- Peça ajuda. "Um arquiteto que entenda seus gostos e suas referências vale ouro. No meu caso foi fundamental, porque além de me orientar sobre os espaços e suas possibilidades, a arquiteta ainda me deu várias dicas de marcenaria, serralheria e de uso do concreto que eu simplesmente amei."
- Peças afetivas. "Tenha uma tia maravilhosa que faça tapetes, caminhos, borde toalhas e guardanapos (risos)"
- Plantas. "Elas dão vida à casa, regulam a temperatura, mantêm umidade no ambiente e alegram."
@ que me inspira
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