Coração de D. Pedro 1º e criptas: onde estão os túmulos da família imperial
Com a chegada do coração de Dom Pedro 1º ao Brasil — para ser exposto no Itamaraty de quinta (25) até 5 de setembro como parte das comemorações do Bicentenário da Independência, celebrado no dia 7 de setembro —, houve quem questionasse onde estariam os restos mortais não só do Imperador como das principais figuras da Família Imperial do Brasil e, enfim, se é possível visitá-las.
Cada um por motivos diferentes, há membros em Portugal e em mais de uma cidade brasileira, mas é, sim, simples de conhecer seus locais de descanso.
Os restos mortais de Dom Pedro, por exemplo, estão no Brasil desde 1972 no Monumento da Independência, em São Paulo, quando se completaram 150 anos do fatídico "Independência ou Morte".
Apenas o seu coração tem como endereço permanente a Igreja da Lapa, no Porto. Mas nem sempre foi assim, como é o caso de outras figuras proeminentes do Primeiro Império, sobretudo. Conheça o destino dos soberanos do Brasil:
Período Joanino
Tanto D. João 6º quanto Carlota Joaquina, rei e rainha de Portugal, Brasil e Algarves, estão enterrados no Panteão dos Bragança, onde foram sepultados 27 monarcas e seus consortes, além de outros membros da Família Real Portuguesa.
O casal, que viveu no Brasil 1808 a 1821, morreu em Portugal e seus corpos sempre estiveram no Panteão, que fica localizado dentro do Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa.
Para visitar e prestar suas homenagens, é preciso desembolsar 5 euros (R$ 25), caso seja adulto. Estudantes ou idosos maiores de 65 anos pagam meia. A entrada é franca para menores de 12 anos, membros do clero, pessoas com deficiência, grupos escolares, de catequese ou escoteiros.
O mosteiro fica aberto de terças a domingos, das 10h às 18h e fecha, excepcionalmente, em 1º de janeiro, na Sexta-Feira Santa, Domingo de Páscoa, 1º de maio e no dia de Natal, em 25 de dezembro. Ingressos são vendidos apenas na bilheteria no local. Mais informações estão disponíveis no site.
Primeiro Reinado
Tanto o primeiro Imperador do Brasil quanto a primeira Imperatriz descansam hoje na Cripta Imperial sob o Monumento da Independência, no Parque da Independência, no Ipiranga, em São Paulo. Mas nem sempre foi assim.
Apesar de seu coração de Dom Pedro 1º ter ganhado como destino a Igreja da Lapa a seu pedido, seus restos mortais foram inicialmente enviados para o Panteão dos Bragança como os de seu pai e outros reis portugueses da mesma dinastia. Apenas em 1972 seu corpo retornou ao Brasil, tendo como destino a cripta em São Paulo.
Já a Imperatriz morreu no Brasil, enquanto seu marido era ainda Imperador e, por isso, foi sepultada no Convento da Ajuda, no Rio de Janeiro. Quando o local foi demolido em 1911, ela foi transferida para um mausoléu da Família Imperial no Convento de Santo Antônio, também no Rio. Só em 1954 ela foi levada ao Ipiranga.
Já a segunda Imperatriz e também esposa de Pedro 1º, Dona Amélia de Leuchtenberg, morreu em Portugal após o retorno do marido para sua terra natal. Por isso, ela foi sepultada no Panteão dos Bragança e, em 1982, retornou ao Brasil para a Cripta Imperial, em São Paulo. Quem também fez o mesmo percurso foi Dona Maria Amélia de Bragança, sua filha com o Imperador.
Os filhos de Dom Pedro e Dona Leopoldina — à exceção de Dona Maria 2ª de Portugal e de Dom Pedro 2º do Brasil — tiveram diferentes endereços finais, alguns na França e outros no Brasil.
Para visitar a Cripta Imperial, onde a Família Real do Primeiro Reinado está, é preciso aguardar até a sua reabertura, junto ao Museu do Ipiranga, em 7 de setembro. Valores ainda não foram divulgados; mais informações no site.
Segundo Reinado
Tanto Pedro 2º quanto a Imperatriz Teresa Cristina e a Princesa Isabel morreram no exílio na Europa após a Proclamação da República. O casal foi sepultado inicialmente, a pedido do imperador, no Panteão dos Bragança, onde descansava à época seu pai. Já a princesa ficou no Mausoléu dos Orléans em Dreux, na França.
Pedro e Teresa foram repatriados para o Brasil em 1921, pouco antes do Centenário da Independência, e passaram alguns anos na Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro, à época conhecida como Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé.
Em 1939, eles foram transferidos para o Mausoléu Imperial, uma capela ao lado da Catedral de São Pedro de Alcântara em Petrópolis (RJ), inaugurada por Getúlio Vargas, onde descansam até hoje. Já a princesa foi enterrada na Igreja do Carmo em 1953 e removida para o lado dos pais em Petrópolis em 1971.
Para visitar a Catedral e o Mausoléu, com direito à passagem pela Galeria da Princesa Isabel, é preciso desembolsar R$ 15. O complexo fica aberto para visitação de terça a sábado das 9h às 17h e aos domingos, das 12h30 às 17h. Mais informações no site.
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