Curte turismo de órgão famoso? Tem coração, pênis, cérebro e mais para ver

O astrônomo Galileu Galilei morreu em 1642, na Itália. Quase cem anos mais tarde, em 1737, seu corpo foi transferido para uma nova tumba e um sepultamento foi realizado. Durante a cerimônia, cientistas e historiadores roubaram três dedos, um dente e uma vértebra do astrônomo.

Um dos dedos acabou em exposição no Museu da História da Ciência, em Florença, na Itália. As outras partes passaram pelas mãos de diversos colecionadores, até que foram encontradas por acaso com colecionador de artes em 2009. O museu então resolveu requisitá-las, para que se mantivessem em segurança.

A vértebra pertence à Universidade de Pádua, mas não está em exposição.

Corpo de Lenin

Lenin foi o principal líder da Revolução Russa de 1917 e o primeiro presidente da Rússia socialista. Ele faleceu em Gorki Leninskiye, na Rússia, em janeiro de 1924.

O corpo do político, que mudou a história do país, foi embalsamado e está exposto em um mausoléu na Praça Vermelha, em Moscou, também na Rússia.

Por ano, centenas de turistas de todo o mundo passam pelo local para visitação.

Coração do Luís Eduardo Magalhães

O ex-deputado federal Luís Eduardo Magalhães morreu em abril de 1998, vítima de um infarto aos 43 anos. Filho de Antônio Carlos Magalhães, ex-governador da Bahia e ex-senador, ele era apontado como um possível sucessor do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Após a morte precoce, informações de que seu coração havia sido retirado vieram à tona. Médicos do Hospital de Base de Brasília afirmaram à época que a retirada do órgão de LEM, como era conhecido, foi feita a mando de seu pai para evitar, na autopsia, que se constatasse a presença de cocaína no músculo cardíaco.

Já a família sempre contestou essa versão e diz que o órgão foi retirado sem autorização.

O coração ficou conservado em formol por anos em uma sala do hospital até que se criou um monumento em homenagem ao ex-deputado, no canteiro central da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba). O monumento possui uma estátua representado Luís Eduardo e na base, há uma placa indicando que ali foi enterrado o coração do ex-deputado.

Pênis de Rasputin

O pênis de Grigori Rasputin, monge russo, está exposto no Museu Erótico em São Petersburgo, na Rússia.

Conhecido como curandeiro e conselheiro da família imperial Romanov, ele foi assassinado em 1916 por jovens da nobreza russa que queriam pôr fim à influência dele sobre a corte. Teve o pênis arrancado por seus inimigos.

Depois de ficar em posse de diversos historiadores, a peça chegou ao Museu do Erotismo em 2004. No local, ele está conservado e exposto em um vidro com álcool. Segundo o museu, o órgão é autêntico e foi adquirido por US$ 8 mil de um antiquário na França, que guardava possíveis documentos redigidos pelo monge.

Mãos de Che Guevara

Che Guevara foi um revolucionário que lutou para a formação de um estado socialista em Cuba. Em 1967, em La Higuera, o grupo liderado por Che foi atacado por cerca de dois mil homens e ele foi capturado. Após ser interrogado, Che foi assassinado a tiros de fuzil.

Após ser morto, Che teve as mãos cortadas. Os membros foram enviados para os Estados Unidos para confirmar a identidade de Che. Já o corpo foi abandonado em uma vala comum no meio da selva boliviana, com os demais seis guerrilheiros de seu agrupamento. O corpo de Che foi encontrado 30 anos depois.

Os restos mortais de Che Guevara e de seus guerrilheiros foram retirados das valas e levados para o Memorial de Santa Clara, a 300 quilômetros de Havana, onde foram velados.

No local foi erguido o Complexo Escultórico Ernesto Che Guevara - um mausoléu. Ao lado do túmulo de Che. Cerca de 400 mil visitantes passam pelo mausoléu todos os anos.

Esqueleto do cavalo branco do Napoleão

Você já ouviu falar do "cavalo branco de Napoleão"? Pois é, ele existiu mesmo, apesar de ser da cor cinza, segundo os historiadores.

O animal chamava-se Marengo e seu esqueleto está exposto no Museu Nacional do Exército, em Londres, na Inglaterra.

Marengo foi o companheiro do imperador durante 15 anos, de 1800 a 1815, segundo informações do Museu Nacional do Exército. O cavalo foi parar nas mãos dos britânicos após a derrota francesa em Waterloo, em junho de 1815, quando Napoleão foi enviado ao exílio.

O animal morreu em 1831, seu esqueleto foi preservado, doado ao Royal United Services Institute e posteriormente entregue ao Museu Nacional do Exército.

Restos mortais de D. Pedro 1º e suas esposas

Apesar de o coração de D. Pedro 1º pertencer ao governo português, os restos mortais do primeiro imperador brasileiro estão guardados em nosso país: na cripta imperial, localizada no Parque da Independência, no bairro do Ipiranga, em São Paulo —onde também fica o Museu Paulista da USP (Universidade de São Paulo).

A cripta, construída em 1953, fica sob o Monumento à Independência e é gerida pelo Departamento dos Museus Municipais.

Além dos restos mortais de D. Pedro 1º, no local também estão os restos mortais de suas duas esposas: Leopoldina e Amélia.

Leopoldina, uma princesa austríaca, foi a primeira esposa do imperador e morreu em 1826, aos 29 anos. Com ela, teve sete filhos.

Depois, ele casou-se com Amélia de Leuchtenberg, filha do general Eugênio de Beauharnais e da princesa Augusta da Baviera, em 1829. A imperatriz morreu aos 60 anos, em 1873, em Lisboa.

Família imperial

No Mausoléu Imperial, na Catedral de Petrópolis, no Rio de Janeiro, estão os restos mortais do imperador D. Pedro 2º, da imperatriz Tereza Cristina, da princesa Isabel e de seu marido, o conde D'Eu. O local é um dos principais pontos turísticos da cidade.

A Princesa Isabel morreu em novembro de 1921, foi sepultada inicialmente na Casa d'Orleães em Dreux, na França, lugar onde morava. Seu marido, o conde D'Eu, morreu no ano seguinte e foi sepultado no mesmo local.

Em 1971, os corpos da Princesa Isabel e de seu marido foram trazidos para o Brasil e preservados ao lado de seus pais, o imperador D. Pedro 2º e a imperatriz Tereza Cristina. Desde então, os restos mortais de D. Pedro 2º e da família imperial se encontram no local.

Revolução de 32

O Obelisco Mausoléu aos Heróis de 32, também conhecido como Obelisco do Ibirapuera, em São Paulo, é considerado o símbolo da Revolução Constitucionalista de 1932. No local estão restos mortais de mais de 800 combatentes, guardados em uma cripta em edificações feitas de mármore.

O destaque é uma espécie de guardião do templo fixado no meio do lugar. Na obra estão sepultados Martins, Miragaia, Dráuzio e Camargo, estudantes mortos durante a ação e que deram origem à sigla MMDC.