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Carruagens puxadas por cavalos de Nova York podem estar com dias contados

Carruagem puxada por cavalo no Central Park - Andy Kazie/Getty Imagens
Carruagem puxada por cavalo no Central Park Imagem: Andy Kazie/Getty Imagens

De Nossa

05/09/2022 11h28

Bem tradicionais, tanto para os turistas que visitam Nova York como para os fãs que assistem a clássicos do cinema norte-americano, os passeios em carruagem puxadas por cavalos podem estar com os dias contados.

Caso um novo projeto de lei, que está sendo analisado no conselho municipal de Nova York, seja aprovado, as carruagens seriam trocadas por veículos elétricos até junho de 2024. Essa iniciativa foi impulsionada depois que um cavalo passou mal e caiu em uma avenida próxima ao parque, no começo de agosto deste ano.

Essa não é a primeira vez que a polêmica atividade tenta ser cancelada. Os defensores dos direitos dos animais lutam pelo fim do transporte há anos e o ex-prefeito da cidade, Bill de Blasio, tentou colocar fim ao meio de transporte durante seus dois mandatos na cidade, entre 2014 e 2022.

"Manhattan é provavelmente o pior lugar do mundo para se ter um trabalho a cavalo, no trânsito, no barulho, com poluição, com calor terrível e condições terríveis", disse Robert Holden, membro do conselho e autor do projeto, em entrevista à agência AFP.

O projeto conta com 14 patrocinadores e precisa de 26 votos para ser aprovado. Os defensores dos animais esperam que uma votação seja realizada até o mês que vem.

Cavalo cai em Nova York por calor - Reprodução/ NBC News - Reprodução/ NBC News
Cavalo passou mal e caiu em rua de Nova York no mês passado
Imagem: Reprodução/ NBC News

Os dois lados da história

Os defensores dos animais afirmam que os cavalos vivem em condições precárias, em muitos casos sofrem de desnutrição e desidratação, e ainda são submetidos a altas doses de estresse, por conta da proximidade com carros.

Pelo outro lado, os 130 condutores, afirmam que os cavalos são bem cuidados e defendem a atividade regulamentada por lei. Seguindo as regras municipais, os cavalos não trabalham mais que nove horas por dia e só saem quando os termômetros marcam entre -7 e 32 graus Celsius.

Os passeios, que existem desde 1800, duram 45 minutos e custam mais de US$ 160.