Tinta da cor errada deu 'vontade de chorar', mas resultado mudou opinião

A tonalidade errada descoberta no meio da pintura da parede foi assumida e virou sucesso.

Nem tudo que dá errado, fica errado.

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A frase é tão controversa quanto o que aconteceu com o criador de conteúdo Gabriel Rezende dos Santos e Wellington Linhares da Silva, seu parceiro e apoiador das pequenas reformas que ele faz em Campinas, SP.

Hoje eles já estão acostumados à ideia de que tintas e suas tonalidades são uma coisa na loja e outra bem diferente em casa. Afinal, a luz de cada lugar influencia em como o pigmento vai se revelar. Daquela vez, a dupla escolheu o que achava ser um tom de amarelo. "Fizemos a mistura na loja e como é algo bem personalizado, sabemos que não há devolução", lembra Gabriel.

Ao chegar em casa, ele, à frente de sua marca, a Muda por Dentro (@mudapordentro), correu para pintar. Deu cinco demãos na parede, acreditando que chegaria a um tom mais próximo daquele que tinha escolhido e nada da mágica acontecer.

Enquanto pintava, deu vontade de chorar e eu chorei mesmo.

"Quando a gente começa a idealizar algum ambiente, busca as referências. Mas quando vai para a prática, nem sempre sai como sonhamos", constata.

Mas Gabriel não parou. "Houve um estranhamento, mas no final, sabe que começamos a gostar daquele alaranjado? E assim resolvemos assumir o erro", ele aponta. Ao publicar em suas redes, as curtidas validaram e deram ânimo à dupla: "Até hoje tem gente perguntando que cor é essa. Ficamos conhecidos pelo laranja da parede. Abraçamos o perrengue", ri.

O erro acabou se tornando a identidade visual de sua marca e hoje eles nem sequer imaginam uma cor diferente. Mas essa história não tem exatamente um final feliz, e sim cômico: recentemente, os dois pintaram a sala, onde seria o estoque da loja, e tiveram o mesmo desespero.

Escolhemos um terracota e chegamos com um tom quase vermelho. Esse vamos mudar em breve.

Dicas do Gabriel e do Wellington para reformar sem medo de ser feliz

• Antes de tudo, tenha referências. "Precisamos ter bagagem para saber do que gostamos e do que não gostamos. Vira um exercício e vamos buscando mais informações daquilo."
• Pense no ângulo. Gabriel, por ser fotógrafo, sempre pensa nos ângulos e nas cores, criando uma harmonia entre elas.
• Estilo. "Busque um para sua casa. Aqui usamos muita arte brasileira, manualidades, materiais naturais, isso deixa com a nossa cara e traz histórias."
• Acredite no processo. "É uma mudança constante, todo dia precisamos movimentar algo aqui. É outro exercício bom e que nos dá menos medo de errar."