Coroa, manto imperial e mais: onde estão as joias da monarquia brasileira?
Riqueza, sofisticação e exuberância são algumas das características das joias da Coroa brasileira. A coleção de objetos simbólicos, de alto valor histórico, é composta por coroas, brincos, tiaras, anéis, manto e cetro.
A maior parte desses elementos estão expostos no Museu Imperial de Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, no Museu Nacional da cidade e, também, em Brasília. O item mais famoso — e valioso — de todos os citados é a coroa usada por Dom Pedro II.
Símbolo do poder e legitimidade monarca, a coroa sempre foi usada em momentos de pompa e importância, como na cerimônia de coroação e nas aberturas e nos fechamentos de trabalhos na Assembleia Geral.
A coroa imperial é uma das joias mais importantes já feita nas Américas, confeccionada pelo ourives carioca Carlos Marin, especialmente para a coroação de Pedro II, aos 15 anos de idade.
Imponente, foi construída a partir de várias joias da família real, e apresentada ao público em julho de 1841. Conta com quase dois quilos, 639 brilhantes e 77 pérolas.
As pedras, brilhantes e fios de pérola, por exemplo, foram retiradas da peça que pertenceu ao seu pai, Dom Pedro I. A peça usada por ele era feita de ouro de 22 quilates, com peso de pouco mais de 2,5 quilos, decorada por oito escudos com armas imperiais, ramos de café e tabaco, além dos florões.
A coroa chegou a ficar desaparecida e foi encontrada em 1943. Hoje, sem os adornos retirados para confeccionar a segunda coroa real, também integra o acervo do Museu Imperial.
O site monarquia.org.br explica que a primeira coroa brasileira foi desmontada em 1840, justamente para que as pedrarias pudessem ser aproveitadas no novo modelo e fossem utilizadas por aquele que simbolizava um reinado de recomeço para o Império Brasileiro.
"Após a renúncia do Imperador Dom Pedro I e do conturbado Período Regencial, esperava-se um grande período de paz e prosperidade para o Império, o que realmente aconteceu", descreve a página.
Cetro imperial
Outra joia da família real, símbolo do poder, o cetro imperial também está no Museu Imperial. Usado em cerimônias solenes, tem mais de dois metros, é feito em ouro e diamantes, tendo na ponta a Serpe Imperial, com símbolo dinástico da Casa de Bragança.
Utilizado pelos dois imperadores, de acordo com descrição disponibilizada pelo museu, o cetro tem ponteira em ouro com decoração de grinalda de folhas, frutos de carvalho e um molho de folhagens.
Na parte superior, tem uma grinalda de folhas e frutos de carvalho. No topo, destaque para a serpe (espécie de réptil alado, semelhante a um dragão) representando as armas da família Bragança, com asas e olhos com brilhantes incrustados, afixados na época da coroação de Dom Pedro II.
O manto imperial
O manto imperial era usado em momentos especiais, sempre junto com a coroa e o cetro, em cerimônias solenes, abertura e fechamento de trabalhos, além de ser utilizado em momentos de fala e durante a coroação. Não chega a ser uma joia, mas é tão importante quanto. A murça do primeiro traje era de penas de galo-da-serra — depois foi refeita com penas de papo de tucano, também amarelas. O manto também pode ser visto no Museu Imperial de Petrópolis.
Pena da Abolição
De ouro, fabricada especialmente para que a Princesa Isabel fizesse a assinatura da Lei Áurea em 13 de maio de 1888, ela também pode ser vista na Serra do Rio de Janeiro. A peça é feita com ouro 18 quilates e cravejada com 27 diamantes e outras 25 pedras preciosas. A pena é mantida em um estojo com a inscrição "A Dona Isabel, a Redentora, o povo agradecido", tendo no lado oposto o número e a data da Lei.
A Pena da Abolição somente foi usada naquela única data, no Salão do Trono do Paço Imperial. Adquirida pelo Museu Imperial de Petrópolis em 2006, é uma das peças mais importantes do acervo.
Joias reais
No Museu Imperial, além das coroas, há, por exemplo, a aliança de casamento de Pedro I com sua segunda esposa, Amélia de Leuchtenberg, e um colar composto por 19 esferas que representavam as províncias à época.
Também está exposto outro colar, usado pela Marquesa de Santos, título concedido por Pedro I à sua amante, Domitila de Castro Canto e Melo. A peça foi um presente do imperador, junto com um bilhete para que ela o usasse em uma apresentação de teatro na qual ambos marcaram presença.
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