Poucas regas e muita luz: como cuidar da suculenta orelha de elefante
Nativa da África do Sul, a suculenta Orelha de Elefante (Kalanchoe luciae) costuma ser muito confundida com outras espécies parecidas, como a Kalanchoe thyrsiflora e a a Kalanchoe vivien. A primeira não possui caule, tem folhas predominantemente verdes e muita pruína, que é uma camada de cera que reveste as folhas. Já a segunda tem pequenos recortes na ponta das folhas e não tem a pruína.
Para diferenciar facilmente, a Orelha de Elefante conta com a camada de cera e não tem recortes na ponta das folhas.
Além das espécies diferentes que levam o mesmo nome popular de Orelha de Elefante, existem ainda a Kalanchoe luciae variedade Fantastic e a Kalanchoe luciae variedade Oricula.
As cores das plantas estão suscetíveis às temperaturas de cada região e também do nível de insolação que atinge as folhas. Isso faz com que a Orelha de Elefante apresente tons que variam de verde claro a azulado ou amarelo com bordas avermelhadas. As bordas das folhas em tons avermelhados se intensificam quando a planta é cultivada sob sol pleno, principalmente durante o Inverno.
Quando regar
As suculentas em geral possuem a capacidade de armazenar água nos seus tecidos e não é diferente com a Orelha de Elefante. Por isso, essa planta tolera bem os períodos de seca e é muito sensível ao encharcamento.
As regas devem ser espaçadas e feitas somente quando a terra estiver completamente seca, principalmente no inverno, quando as temperaturas são mais baixas.
Adubação
A Orelha de Elefante não é exigente em adubação e é possível mantê-la bonita e saudável com adubos equilibrados e fáceis de encontrar em lojas de jardinagem como o NPK 10-10-10 ou o Bokashi.
Se a planta for cultivada a sol pleno, é interessante usar uma fonte de cálcio, como casca de ovo triturada ou farinha de ossos, pois plantas que recebem muito sol, precisam de mais cálcio para manter suas folhas e caules resistentes.
O substrato deve ser sempre arenoso, leve e bem drenado. A manutenção pode ser feita por meio do fornecimento de matéria orgânica ou dos adubos citados a cada 3 ou 4 meses. Se preferir, pode ser feita a troca do substrato uma vez por ano.
Temperatura
A Orelha de Elefante prefere locais com temperatura entre 16 e 28 graus (pode ser cultivada a sol pleno neste caso), mas suporta temperaturas superiores aos 30° C. Evitar locais ou regiões com temperaturas inferiores a 10°C. Já em regiões muito quentes, o ideal é cultivá-la a meia-sombra.
Toxicidade
Boa parte das plantas que pertencem ao gênero Kalanchoe é tóxica ao ser ingerida e deve ser mantida longe das crianças e dos animais de estimação.
Propagação
A Orelha de Elefante se propaga por três diferentes métodos: por meio de sementes (a forma mais demorada), divisão das touceiras e estaquia.
A divisão das touceiras é o método mais eficiente e rápido, pois a Orelha de Elefante forma vários pequenos brotos próximo à planta mãe, que podem ser cortados junto à raiz e separados da planta principal. Depois, é só replantá-los como novas mudas.
Já a estaquia é o método mais utilizado para a maioria das suculentas, incluindo a Orelha de Elefante. Basta retirar uma folha (próxima à base da planta) e colocá-la sobre a terra úmida. A base da folha deve ficar em contato com a terra para brotar. Depois que surgirem as primeiras folhas, a planta pode ser transplantada para o local definitivo.
Floração
A suculenta Orelha de Elefante é um exemplo da planta monocárpica, que são aquelas que morrem após a floração. Portanto, ela floresce uma única vez e em seguida morre.
Essa espécie leva de 3 a 4 anos, em média, para florescer. Mas quando é cultivada em viveiro, com pouca variação ambiental, pode atingir a floração com apenas um ano de vida.
Controle de pragas
Como acontece com a maioria das suculentas, as principais pragas dessa planta são pulgões e principalmente cochonilhas, os pequenos insetos que sugam a seiva da planta.
"O importante é conter a infestação logo no início. Para isso, basta limpar as folhas com um pano umedecido em água, ou até mesmo uma escova de dentes ou cotonete e retirar as pragas", orienta Alessandra Fernandes, Engenheira Agrônoma, Doutora em Fitopatologia e criadora do canal Mundo Agro.
Caso não seja suficiente, a especialista recomenda borrifar toda a planta com uma solução de detergente neutro diluído em água (1 colher de sopa de detergente para 1 litro de água) ou ainda com óleo de Neem, um poderoso inseticida natural.
Esse processo pode ser repetido semanalmente até que as pragas desapareçam.
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