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Patagotitan: maior dinossauro do mundo ganha exposição em São Paulo

Patagotitan: exposição em São Paulo traz réplica do maior achado da história da paleontologia  - Divulgação
Patagotitan: exposição em São Paulo traz réplica do maior achado da história da paleontologia Imagem: Divulgação

Rebecca Vettore

De Nossa

12/09/2022 13h56

A réplica do maior esqueleto já encontrado na história da paleontologia ganha mostra inédita no parque do Ibirapuera. O titanossauro Patagotitan mayorum, que andou pela zona árida da Patagônia argentina, há 100 milhões de anos, é um dos temas da exposição "Dinossauros: Patagotitan - O Maior do Mundo".

O fêmur do dinossauro foi achado em 2008 por um pastor. O trabalhador tentava encontrar sua ovelha perdida na província de Chubut. Acredita-se que o Patagotitan media 40 metros de comprimento e pesava mais de 70 toneladas,

Depois disso, cientistas do MEF (Museu Paleontológico Egidio Feruglio) foram até o local e conseguiram encontrar centenas de restos fósseis nas proximidades, inclusive de outros exemplares da mesma espécie.

Pesquisadores acreditam que o maior dinossauro do mundo andava com o pescoço abaixado para comer as folhas das árvores, que muitas vezes eram mais baixas que ele. A réplica, que está exposta, foi feita em resina do grande animal, assim como seu fêmur.

Abaixadinho

Foto - Caio Gallucci/Divulgação - Caio Gallucci/Divulgação
Réplica do esqueleto do dinossauro Patagotitan no Ibirapuera
Imagem: Caio Gallucci/Divulgação

"O pescoço e o rabo precisaram ser montados como se ele estivesse meio abaixado, para caberem no salão de 6 metros de altura", conta Júlio César Figueiredo, sócio da Atual Produções, que será responsável pela exposição do Patagotitan.

Tyrannotitan - Divulgação - Divulgação
Tyrannotitan
Imagem: Divulgação

"Era um animal invulnerável. Os dentes eram como rastelos, para que pegasse só as folhas por entre os galhos. Os dinossauros existiram por milhões de anos em um mundo em brutal transformação, com muitos vulcões ativos e impactos de asteroides. Eram 'superanimais': tinham respiração sofisticada, cresciam rapidamente. Isso possibilitou que reinassem pelos continentes durante toda a Era Mesozoica", disse Luiz Eduardo Anelli, paleontólogo, professor do Instituto de Geociências da USP (Universidade de São Paulo) e curador da exposição.

foto - J.M. Farfaglia/Divulgação   - J.M. Farfaglia/Divulgação
Técnico ao lado do fêmur do animal que pesa 550 quilos
Imagem: J.M. Farfaglia/Divulgação

Além da réplica animal e outros fósseis desenterrados na Patagônia, os visitantes também poderão conhecer o dinossauro mais antigo já descoberto. O Buriolestes schultzi tem a idade aproximada de 233 milhões de anos e foi encontrado em 2015 na Formação Santa Maria, no Rio Grande do Sul.

Há gravuras também que imaginam como seriam esses gigantes em cenários comuns do paulistano, como a Ponte Estaiada ou o Obelisco, no próprio parque.

Carnotaurus - Divulgação - Divulgação
Carnotaurus é reproduzido em ilustração como se estivesse na Ponte Estaiada, em São Paulo
Imagem: Divulgação

Quando visitar: até 27 de novembro de 2022.
Horários: de terça a sexta das 10h às 19h40, sábado e domingo das 9h às 19h40.
Preço: de R$ 40,00 a R$ 50,00, crianças até 2 anos não pagam.
Local: Pavilhão das Culturas Brasileiras, Parque Ibirapuera na Avenida Pedro Álvares Cabral, s/nº, Vila Mariana.