Os misteriosos monumentos místicos de Florianópolis que atraem turistas
Conhecida como a Ilha da Magia por seu misticismo e inúmeras lendas, Florianópolis guarda um lugar especial que tem tudo a ver com seu apelido carinhoso: a trilha Dólmen da Oração. Localizada no Morro da Galheta, a caminhada até o cume te leva a monumentos megalíticos e inscrições rupestres que funcionam como um 'portal energético'.
Quem descobriu esse 'tesouro escondido' foi o pescador e antropólogo Adnir Ramos, considerado o pai da arqueoastronomia em Santa Catarina, no ano de 1988.
Na época saí para pescar e dei de cara com as inscrições no quintal de casa. Na falta de respostas, decidi estudar para conseguir interpretar suas formas e desenhos.
Aos poucos, Adnir percebeu que ali havia uma espécie de calendário. As pedras montadas serviam para definir as estações do ano pelos povos nômades há mais de cinco mil anos. "Me dei conta que tudo isso ficava no fundo da minha casa. E com essa descoberta percebi que a ilha inteira estava cheia de monumentos megalíticos, que fazem parte de uma rede mundial que marca, não só os equinócios, como o campo magnético da Terra", diz.
Segundo o antropólogo, um grupo de cientistas ingleses visitou o local há alguns anos e constatou que estava diante de interações energéticas muito poderosas. "Trouxeram equipamento, mediram... Os monumentos foram comparados até à Stonehenge, na Inglaterra", lembra.
Ainda de acordo com Adnir, os alinhamentos das pedras estariam fazendo uma conexão com templos espalhados pelo mundo. "Quando o sol nasce no inverno, por exemplo, o reflexo dele está na direção das Pirâmides do Egito. No verão, o sol está direcionado para o Templo de Angkor, no Camboja. Já no pôr do sol, nesta mesma época, ele se alinha à Ilha de Páscoa. Estão conectados uns aos outros e quem colocou essas pedras conhecia o processo", detalha.
Cura e transformação após a visita
Alguns místicos afirmam que lugares como o Dólmen da Oração são uma espécie de portal para a comunicação com os seres celestiais. Não à toa, quem faz a trilha e toca as pedras diz sentir-se mais 'leve e revigorado'.
Quando você encosta num dos monumentos, trabalha o campo energético. Na pedra Menir Central, recomenda-se que você a abrace e fique alguns minutos absorvendo as energias emanadas por elas.
Adnir conta ainda que quem visita o local relata transformação e até cura. "Todas as pessoas dizem que nunca estiveram num lugar tão cheio de energia. Elas se sentem mais leves, felizes... Algumas já mencionaram melhora da saúde. Uma pessoa que deitou embaixo da Pedra Virada garantiu ter se curado de pedra nos rins. Outras chegam perdidas na vida, sem saber qual caminho seguir e no dia seguinte à visitação narram alguma mudança, seja no trabalho ou na vida amorosa. Cada um faz a sua vivência", explica.
O pesquisador lamenta que os monumentos megalíticos, apesar dos 35 anos de estudo, ainda não sejam reconhecidos como patrimônio cultural ancestral. "Estamos dentro de um centro de cura que as pessoas não conhecem. Ninguém dá atenção ao que temos no Brasil, especialmente em Santa Catarina. Precisamos de muito estudo científico e o único ainda é o meu", fala ele, que lançou o livro Divino Gênese: As descobertas do pescador.
Como visitar a trilha
- O Dólmen da Oração, mantido pelo Instituto Multidisciplinar de Meio Ambiente e Arqueoastronomia (IMMA), fica na Fortaleza da Barra, no caminho entre a Lagoa da Conceição e a Barra da Lagoa.
- Quanto custa: R$ 15 sem guia ou R$ 50 com a companhia e orientação de Adnir.
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