Cocô de dinossauro e geodo de ametista de 31 ton são atração de museu no RS
O turista que visita Gramado, na Serra Gaúcha, tem a oportunidade de conhecer algumas das atrações mais curiosas da região: o museu de pedras preciosas A Mina, que possui um enorme acervo de pedras, itens curiosos — como fezes de dinossauro — e sua maior atração: um gigantesco geodo de ametista com 31 toneladas, seis metros de altura e quatro metros de comprimento.
É o maior geodo de ametista do mundo e em breve será catalogado no Guinness World Records. Ele está exposto no estacionamento em frente ao museu e é uma verdadeira obra-prima da natureza.
A ametista é um dos minerais mais abundantes do planeta e aparece com diferentes cores. A diferença deste mineral com os demais quartzos está na coloração violeta (roxa). Esta tonalidade decorre da existência de impurezas férricas em sua composição. Quanto mais roxa a pedra, mais valiosa ela é.
O geodo de Gramado, que já está com a coloração esbranquiçada devido aos fatores climáticos como sol e chuva, foi descoberta há mais de 15 anos em um garimpo na cidade de Artigas, na fronteira do Uruguai com o Brasil.
Seu destino originalmente seria a venda para um museu na Alemanha, o que não aconteceu em função de dificuldades de transporte e trâmites burocráticos, contou a gerente do museu A Mina, Marli Batista, de 55 anos.
Neste caso, ocorreu uma negociação amigável entre os proprietários dos dois museus - o de Gramado e o da Alemanha, que acabou por vender a pedra preciosa por um preço mais "acessível". Valor que não foi revelado à reportagem.
Mais que pedras: túneis e relíquias de dinossauros
Além da maior pedra ametista do mundo, o visitante que ingressar no museu poderá se sentir um verdadeiro mineiro, tendo a oportunidade de explorar as minas subterrâneas. É que no local, já no primeiro percurso, há uma réplica de um garimpo, onde o turista percorre um túnel de 80 metros de comprimento.
Nesta galeria encontram-se uma variedade de pedras preciosas do solo riograndense, como a ametista, a anidrita, o quartzo, a calcita, selenita, o citrino entre outros minerais.
O citrino, por exemplo, é raro e caro. "Basicamente é uma ametista aquecida entre 500 a 600º C formando uma pedra de cor amarela ou laranja", explicou Marli Batista, apaixonada por pedras e suas energias.
Outra amostra curiosa é a selenita, um mineral de sulfato de cálcio hidratado. "Esta pedra, selenita, tem aproximadamente 6 milhões de anos, além do mais o selênio purifica a água da cerveja e faz o gesso", complementou a gerente.
Depois de atravessar a primeira galeria, o visitante se encontra com um outro espaço na 'mina', que conta com mais de mil exemplares de pedras preciosas, desde as mais pequenas, com centímetros de diâmetro, até as maiores.
Os fragmentos, todos catalogados, são originários do Brasil e de vários países como Estados Unidos, Rússia, Japão, Madagascar, República do Congo entre outros, sendo que a China é um dos países que mais importam as ametistas vindas do Rio Grande do Sul. Além disso, tem espaço destinado aos fósseis, como por exemplo o ovo petrificado de dinossauro e suas fezes.
Antes de finalizar a caminhada pelo museu, o turista ainda passa por um corredor todo iluminado com várias pedras expostas nas paredes. A ideia é que se coloque as mãos por alguns minutos em cada camada, pois muitas pessoas acreditam que elas possuem um campo magnético natural capaz de curar, equilibrar e energizar o corpo e o ambiente.
A Mina - Museu de Pedras
Onde: Rua Germano Boff, 501 - Carazal, Gramado / RS
Horário: todos os dias, das 8h30 às 17h
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