Dança com espada, falcão como bicho de estimação: veja 5 tradições do Qatar
Como primeiro país árabe a receber uma Copa do Mundo, o Qatar, esse desconhecido, reserva curiosas e importantes tradições representativas da cultura local.
Aqui, selecionamos 5 expressões culturais que são "a cara" do DNA qatari:
Majilis
Símbolos da hospitalidade árabe, em tradução direta majlis é um termo árabe traduzível para "lugar para sentar". Na prática, são espaços das residências qatari decorados com almofadões e tapetes de padronagem persa, espécie de antessala onde família, amigos e parentes reúnem-se para conversar, trocar impressões cotidianas, receber vizinhos e/ou visitantes — rituais regados a chás ou o tradicional café árabe.
Para essas ocasiões, existe um código comportamental não escrito que inclui tirar os calçados, usar roupas simples que cubram todo o corpo (vale para homens e mulheres), comer as comidas servidas na ocasião com a mão direita (nunca com a esquerda).
Além disso, ao chegar, deve-se saudar o anfitrião e demais convidados com o tradicional salaam aleikum ("a paz esteja com você"). Ou com sua réplica, aleikum assalaam ("paz a você também"), caso já se encontre no ambiente, à chegada de alguém.
O culto dos falcões
No Qatar, o interesse popular com a chamada falconry, termo que pode ser traduzido como "falcoaria", remetendo à ave-símbolo do país, beira o fanatismo do futebol.
Não só há na região central da capital Doha um grande mercado exclusivamente dedicado ao pássaro (The Falcon Souq), como existe um calendário anual de competições e exibições, a maioria delas, durante o "inverno", ou os meses em que o calor desértico da região se faz menos sentir (motivo da Copa do Mundo em novembro).
Em cidades qatari, é fácil vê-los como pets, pousados nos punhos (com luvas) de seus tutores. Os valores dos imponentes pássaros variam de US$ 2.000 a inacreditáveis US$ 200 mil, as espécies mais raras.
Ardha, a Dança das Espadas
Um balé de intensa plasticidade: homens de idades variadas elegantemente trajados de árabes "raiz" recitam poesias cantadas ao tempo em que dançam em compasso ritmado ao som percussivo de tambores. Em suas mãos, longas e reluzentes espadas prateadas, brandidas em simulação de luta ou conflito — uma demonstração de força, coragem e habilidade.
Dança folclórica que data à época em que tribos beduínas predominavam no país, a Ardha — ou Sword Dance, "Dança das Espadas" — é uma das maiores e mais simbólicas tradições culturais qatari, justamente por glorificar seu passado beduíno.
Ainda hoje é encenada em datas e ocasiões especiais. E, claro, em exibições para turistas. A não perder, para quem for à Copa do Mundo 2022.
Shisha Lounges
Outra grande tradição qatari, igualmente de predominância masculina, são os shisha lounges, lugares públicos, ao ar livre ou não, dispondo de cozinha/comida ou não, nos quais homens reúnem-se para socializar, beber chá e fumar, sozinhos ou em grupo, tabaco previamente aquecido direto de narguilés.
Palavra derivada do persa shishe, a tradição teria nascido na Índia, de onde se expandiu para partes do Oriente Médio. Com licenças especiais para funcionar expedidas pelo governo, muitos shisha lounges oferecem cartas com diferentes tipos de tabacos e de chás (frutados, adocicados, etc).
Machboos
Variação local de receitas similares no Oriente Médio, o machboos é o prato nacional do Qatar. A combinação de carnes, vegetais, ervas e temperos (limão desidratado, cominho, coentro, noz moscada, salsinha, alho, pimenta, etc) dá ao machboos um caráter defumado único.
A base do maná é arroz temperado e, ingrediente principal, frango ou carneiro (ou os dois juntos).
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