Sem selfie: 9 atrações turísticas que você NÃO poderá mais visitar em 2023
2023 ainda nem chegou e há aqueles que já planejam a primeira viagem do ano e, apesar de haver uma gama de destinos que se tornarão ainda mais interessantes nos próximos doze meses — seja pela abertura de novos museus, hotéis, restaurantes ou reformas em atrações queridas —, nem todos aqueles panos de fundo de momentos inesquecíveis do passado poderão ser revisitados.
Seja provisoriamente ou permanentemente, os cartões-postais a seguir terão portas fechadas em 2023. Do Vietnã aos EUA, belezas naturais se tornarão mais difíceis de serem clicadas e pontos de encontro estarão vazios.
Alguns deles, aliás, já não recebem mais visitantes antes mesmo da virada do ano. Relembre — e revisite por aqui — os pontos no mapa que não estarão disponíveis para turistas em 2023.
Train Street, em Hanói, no Vietnã
Um destino popular e até querido entre turistas que visitam Hanói se despediu: a Train Street ou "Rua do Trem", como é conhecido o trecho repleto de bares e cafés à beira de uma linha férrea, foi fechada para visitantes em 17 de setembro de 2022.
Barricadas foram instaladas em suas extremidades para impedir que moradores, curiosos e estrangeiros voltem a circular pelo local, informou o jornal local Vietnam News.
Apesar de um sucesso nas redes sociais, onde ela serve de pano de fundo para selfies, encontros de casais apaixonados e amigos, além de outras lembranças de viagem, a movimentação tão próxima da ativa linha Ha Noi-Dong Dang era tida como perigosa para a vida humana.
Em 2019, as autoridades municipais já haviam ordenado o fechamento do comércio ao redor do trajeto, mas não houve sucesso na empreitada — especialmente após a retomada do turismo pós-pandemia.
Em outubro daquele ano, um trem que viajava pela cidade foi forçado a mudar de rota, de última hora, porque havia muitos turistas nos trilhos construídos em 1902 pelos franceses, reportou a CNN americana na época.
Para garantir o fechamento do local desta vez, as autoridades de Hanói revogaram todas as licenças comerciais de bares, cafés, restaurantes, lojas e outros estabelecimentos na região.
Jurong Bird Park, em Singapura
Maior parque de pássaros da Ásia, o Jurong anunciou que fecharia depois de 52 anos de operação em agosto de 2022. Na prática, ele chegará em 2023: seu último dia de funcionamento será 3 de janeiro.
No entanto, seus 3.500 animais — incluindo papagaios, flamingos, pinguins e águias — ainda poderão ser vistos. Isto porque as autoridades desistiram de manter o Jurong em sua locação atual, mas vão incorporá-lo ao Zoológico de Singapura e Safári Noturno, além do Banyan Tree Resort, para formar um complexo maior.
O novo hub de ecoturismo se chamará Mandai Rejuvenation Project e abrirá sua primeira porção ainda em 2023 — outras seções funcionarão apenas em 2024 e 2025. Segundo a CNN americana, o novo aviário Bird Paradise, com os espécimes de Jurong, também receberá seus primeiros visitantes ainda em 2023.
Embalse El Yeso, região de Santiago, no Chile
Um dos passeios mais populares entre brasileiros que visitavam Santiago nos últimos anos, o Embalse El Yeso — um reservatório de água potável que impressionava pelo visual do entorno, no meio da Cordilheira dos Andes — não fechará o ano inteiro, mas exatamente na temporada favorita dos turistas, o inverno, quando as montanhas estão cobertas por neve.
As autoridades chilenas decidiram retomar uma resolução que proibia a circulação de pedestres e veículos na Ruta G-455 e fecha seu acesso entre abril e agosto depois de um acidente que matou duas crianças brasileiras após o desprendimento de rochas, em 2019.
Mesmo recebendo milhares de turistas nos últimos anos, o local não tem infraestrutura como restaurantes ou banheiros (exceto algumas cabines químicas), nem local asfaltado ou pontos seguros para estacionamento de vans, que tinham que parar no pé da montanha, correndo risco de serem atingidas por desprendimento de rochas, revelou reportagem de Nossa em maio.
Jumbo, em Hong Kong, na China
O famoso restaurante flutuante — que aparece em vários filmes de Hollywood como "Contágio", de Steven Soderbergh — deixou a cidade em junho e acabou afundado no Mar da China Meridional uma semana depois, após várias tentativas de reviver o local icônico.
O gigante de 76 metros, com capacidade para 2.300 convidados, estava atracado no porto de Aberdeen há quase meio século. Projetado como um palácio imperial chinês e uma vez considerado visita obrigatória, o restaurante atraiu visitantes ilustres como a rainha Elizabeth 2ª e Tom Cruise, segundo informações da agência AFP.
Os operadores do restaurante citaram a pandemia de covid-19 como motivo do seu fechamento permanente em março de 2020, após quase uma década de dificuldades financeiras. Segundo a empresa, o estabelecimento não era mais lucrativo desde 2013 e os prejuízos acumulados ultrapassavam HK$ 100 milhões (R$ 68,7 milhões).
The Underground Museum, em Los Angeles, nos EUA
Conhecido por promover o trabalho de artistas não brancos nos EUA, o The Underground Museum fechou suas portas em 2022, após um período de dificuldades que remonta à morte de um de seus fundadores, Noah Davis, em 2015.
Nem mesmo o apoio de artistas como Beyoncé, Tracee Ellis Ross e John Legend pode aliviar as pressões da pandemia — e as dificuldades do luto pela perda de Noah, frisou Karen Davis, outra cofundadora da casa, em sua carta de despedida em março de 2022.
Segundo ela, o destino do museu — que também funcionava como centro comunitário e livraria — ainda é incerto, mas ele seguirá fechado no futuro imediato.
The Dublin Writers' Museum, em Dublin, na Irlanda
Uma espécie de centro de celebração do trabalho de Oscar Wilde, William Butler Yeats, Samuel Beckett e outros grandes irlandeses que mudaram a literatura de língua inglesa, o The Dublin Writers' Museum fechou em março de 2020 por causa da pandemia, para o que seria uma pausa temporária nas atividades.
No entanto, a instituição não reabriu as portas desde então.
Segundo as autoridades de Turismo da Irlanda, o museu "não corresponde mais à expectativa do visitante de museu contemporâneo em termos de acessibilidade, apresentação e interpretação" das obras, justificou o órgão à edição irlandesa do jornal Independent em agosto de 2022.
The 9/11 Tribute Museum, Nova York, nos EUA
A mais conhecida homenagem às vítimas dos atentados de 2001 em Nova York é o National September 11 Memorial & Museum no Marco Zero — onde ficavam as Torres Gêmeas —, mas outro ponto de Manhattan já os relembrava antes mesmo da fundação do memorial: o 9/11 Tribute Museum.
Organizado e aberto pelos entes queridos dos falecidos nos ataques ao World Trade Center, ele se tornou uma espécie de ponto de encontro pelos afetados pelas tragédias e tinha um caráter muito mais pessoal, com objetos doados pelos sobreviventes e famílias das vítimas em exposição, recontando suas histórias.
No entanto, a pandemia também impossibilitou a continuidade desta homenagem carinhosa devido à falta de financiamento. No verão americano de 2022, o museu fechou as portas e seus tours da comunidade liderados pelos sobreviventes e socorristas também chegou ao fim, noticiou a CNN americana em agosto.
Edo-Tokyo Museum, em Tóquio, no Japão
O museu Edo-Tokyo, que foca na história da cultura japonesa, fechou as portas em abril de 2022 para uma reforma que deve durar três anos, segundo estimativas da organização.
Com cerca de 30 anos de idade e bem conhecido pela sua réplica em tamanho real de um teatro kabuki, o prédio precisava de renovações de sua estrutura aberta em 1993 no bairro de Ryogoku. É possível que o Edo-Tokyo reabra as portas no fim de 2025 ou início de 2026.
Enquanto isso, sua equipe organiza exposições temporárias em outros espaços de Tóquio. Fique atento nas redes da casa.
Museum of London, em Londres, no Reino Unido
Outro museu de mudança: o histórico Museum of London, aberto em 1912, deixou seu prédio próximo ao Muro de Londres, anunciou a casa no início de dezembro.
Seu novo endereço para as exposições sobre cultura popular britânica será West Smithfield, mas apenas em 2026, no entanto. Ainda de acordo com a CNN, ele mudará também de nome e passará a ser The London Museum.
A expansão ainda incluirá horários mais longos às sextas e sábados — já que se espera um movimento maior com o acesso fácil através da estação Farringdon da nova linha de metrô Elizabeth.
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