Indisposição e desânimo: animais também sofrem com enxaqueca?

Você sabia que a enxaqueca chega a afetar 10% da população mundial? A informação foi confirmada pela Global Burden of Disease (GBD), que mapeia o impacto internacional de diferentes doenças para a OMS (Organização Mundial da Saúde).

De acordo com a OMS, a enxaqueca é a sexta mais incapacitante no mundo, e está ligada a casos de ansiedade e de depressão em seres humanos. Mas será que os animais também sentem esse tipo de cefaleia?

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Já foi possível observar sinais de enxaqueca em cães, gatos, camundongos e outros animais, segundo consta no estudo "Comportamento Episódico de Dor Semelhante a Enxaquecas em um Cão: Cães Podem Sofrer de Enxaqueca?", publicado em 2013 pelos veterinários I.N. Plessa, H.A. Volk e P.J. Kenny, no Reino Unido.

Apesar dessa confirmação, nenhum experimento conseguiu "explicar todas as características ou reproduzir todos os sinais clínicos de enxaqueca em pessoas".

Esta pesquisa comenta o caso de um cão que apresentava sinais de enxaqueca, como náusea, sensibilidade à luz e dor em episódios, e não respondia ao tratamento convencional para dores de cabeça mais brandas.

O animal só melhorou após receber topiramato, medicação citada pelos pesquisadores como uma alternativa para mitigar enxaqueca em humanos.

Gatilhos são diferentes nos animais

Procurados por Nossa, especialistas afirmaram que não há indícios de que animais sofram de cefaleia de origem tensional ou hereditária, casos comuns em humanos.

Mas existem, pelo menos três causas mais comuns de dor de cabeça em cães e gatos:

• Infecções como a meningite, que afeta as membranas que revestem o cérebro
• Traumas, como batidas ou pancadas
• Tumores

Como saber se meu pet está com dor de cabeça?

Os principais sintomas que podem sugerir cefaleia em animais são:

• Andar desorientado
• Indisposição
• Comprimir a cabeça contra objetos, como a parede

Em qualquer tipo desconfiança de desconforto do animal, o correto é buscar ajuda especializada de um veterinário o quanto antes.

O tratamento dos sintomas vai depender do diagnóstico feito pelo profissional, que pode administrar analgésicos, como a dipirona, ou anti-inflamatórios, cuja dosagem vai depender do peso do animal.

Fontes:

• Luiz Roberto Biondi, coordenador do curso de medicina veterinária da Unimes (Universidade Metropolitana de Santos - SP)
• Paula Mayer, neurologista do Hospital Veterinário da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais)