Natal e Ano Novo no fogão? Nem pensar! Saiba como antecipar preparo da ceia
Reunir a família em torno da mesa para a ceia é sempre momento de grande expectativa. A ocasião, porém, pode não ser tão animadora para quem fica encarregado de cozinhar todo o cardápio.
A boa notícia é que é possível preparar os pratos para a data antecipadamente e congelá-los até a data. Apesar de simples, alguns truques são essenciais para o plano dar certo.
O que você não pode congelar
Antes de elaborar o menu e montar a lista do mercado, é importante saber que nem tudo pode ser preparado com antecedência, pois alguns alimentos não podem ser congelados.
Doces e receitas que levam creme de leite ou que são espessados com amido de milho não podem ir para o freezer. Juntam água e ficam com aspecto talhado ao descongelar.
Além desses, alimentos que contêm bastante água, como abobrinha, pepino e tomate cru, igualmente não são indicados para congelamento. Isso significa que não há muito a fazer com as saladas, a não ser lavar as folhas durante a semana, secá-las muito bem e, no dia, só temperá-las.
Agora, se os pratos frios têm grãos — lentilha e grão-de-bico, por exemplo, os grãos podem ser cozidos com antecedência, aguentando bem até dois dias (em recipiente bem fechado) na geladeira.
Por fim, o arroz, prato clássico de qualquer refeição, que costuma ser mais caprichado nas mesas de festa, é melhor deixar para ser preparado no dia mesmo, pois absorve água e caldos, fazendo com que crie cristais ao ser congelado.
Comece pelas carnes
As carnes são os pratos principais das ceias de Natal e Ano Novo e, se a ideia for assar a proteína, não é necessário nem congelar, desde que haja disposição de preparar uma marinada um dia antes. Assim, algumas horas antes da ceia, é só colocar no forno.
Agora, se a intenção for realmente deixar tudo pronto para só esquentar na data, é melhor congelar a carne já fatiada e submersa em algum molho para evitar o ressecamento. Para descongelar, é só tirar do freezer no dia anterior e deixar descongelando dentro da geladeira. Coloque água na travessa, cubra com papel-alumínio e leve ao forno a 180 °C até esquentar.
Há também a possibilidade de armazenar as carnes a vácuo no freezer. Porém, caso não se tenha a máquina própria para isso, potes bem fechados e vedados cumprem a função por até 20 dias.
Outra dica para quem pretende congelar: é melhor parar a cocção um pouco antes do tempo. Assim, quando for esquentar, o prato deve chegar no ponto ideal. E lembre-se de guardar o caldo que sobra na panela ou na frigideira para regar o preparo em sua regeneração.
Antecipe os acompanhamentos
A obrigatória farofinha pode ser feita até cinco dias antes da comilança e não é indicado congelar a receita para que não fique úmida, muito menos murcha.
Depois de pronta, espalhe em uma assadeira grande e mexa de vez em quando, até esfriar. Então, guarde em um pote com fechamento hermético, para não entrar ar. E pode armazenar em temperatura ambiente, protegido da luz do sol, como no armário ou despensa.
Legumes cozidos e assados do acompanhamento também podem ser congelados. Neste caso, o ideal é adotar uma colher de manteiga derretida com temperos frescos durante o preparo. Isso ajudará a criar uma textura leve e delicada após o descongelamento.
Massas no cardápio
Quem não abre mão de uma massa nas ceias já pode começar a preparar os pratos, pois permitem ser preparadas e congeladas por até três meses.
Massas recheadas vão ao freezer. É só montar a receita em uma travessa de vidro, jogando molho por cima e por baixo, para não ressecar. Se quiser, pode até polvilhar o queijo ralado.
No dia da ceia, coloque a travessa direto do freezer, ainda congelada, coberta com papel-alumínio dentro no forno. É importante o forno não ser aquecido previamente, ou seja, deve estar desligado, para não estourar a travessa com o choque térmico.
Feito isso, o forno pode ser ligado a 160 °C e a massa deve ficar lá até o molho borbulhar. Aí, é só retirar o papel da cobertura com cuidado, e aumentar a temperatura para o queijo gratinar.
Se quer praticidade, vá de torta
Todas as tortas congelam bem, já pré-assadas, por até três meses. Porém, não é recomendado congelar recheios feitos com derivados do leite, aqueles muito brancos, como ricota, cottage, queijo branco ou iogurte, por exemplo. Esses ingredientes têm muita água na composição e, por isso, deixam a torta mais aguada após descongelá-la.
Mas para outros tipos de recheios, o congelamento é prático. Vale também tirar o prato do forno quando estiver assado, mas não com cobertura "dourada", condição que será alcançada ao esquentar a torta, no dia da ceia.
A regra é a mesma adotada com massas. Para aquecer, não descongele. Tire do freezer e coloque direto para o forno desligado, sem nada cobrindo. Depois, ligue o forno a 160 °C e deixe a torta lá, até aquecer e dourar.
Sobremesas não podem faltar
As tortas são ótimas pedidas para congelar e servir na data. Já pudins, tiramisu e pavês, não, pois, no momento do descongelamento, a textura delas se altera.
Já as massas folhadas não dão certo porque perdem a crocância. Além disso, é bom deixar longe do freezer os preparos com creme de leite, como o chantily, com amido de milho, como o manjar, e com frutas frescas.
Apesar de algumas limitações, há receitas que permitem o preparo prévio, aguardando um tempinho no freezer congeladas. Bolo recheado, doces com brigadeiro, crumble de maçã ou frutas, doces com compotas ou geleias de frutas, sorvetes ou tortas com sorvete funcionam bem.
O melhor recipiente
A escolha das vasilhas e travessas para o armazenamento no congelador também conta. Em primeiro lugar, vale fugir dos descartáveis, porque, além de poluentes, não são tão versáteis assim.
Já os potes de vidro são muito indicados para armazenar receitas, pois são super-higiênicos, fáceis de limpar, não deixam cheiro nem cor. Além disso, por serem transparentes, é fácil de visualizar o seu conteúdo.
A recomendação é recorrer aos recipientes feitos com vidro borossilicato, próprios para aguentar temperaturas extremas. Os refratários e travessas de louças ou cerâmica são boas opções desde que o topo seja bem coberto e/ou vedado, já que não não costumam ter tampas próprias.
Fontes: chef Gabriel Marques, do restaurante Nonna Rosa; chef Marina Linberger, do Cozinha de Gente Moderna; e Samuele Oliva, do The View Bar e Restaurante.
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