Ele zoa a arquitetura no Instagram, mas sofreu com perrengue em reforma
Se você está lendo essa matéria é porque gosta do assunto reforma/casa/obra, acertei?
E se gosta do tema, provavelmente conhece Sheyla Christina, a arquiteta mais megera e esnobe do Instagram @fabiomarxx. Surgida há dois anos e sucesso total entre as paródias da arquitetura, Sheyla teria horror ao que seu criador e intérprete, Fábio Marxx, fez há quatro anos.
Pintar o teto pode ser um perrengue sem precedentes — e nesse caso foi mesmo. Fábio, que é de Cuiabá, no Mato Grosso, morava em Curitiba, no Paraná, até 2021.
"Nesses 10 anos nunca consegui ficar em uma casa e fazer o que queria. Meu amigo Nicolas se mudou para Curitiba e decidimos morar juntos, ele é como um irmão pra mim. Decidimos deixar esse apê alugado com a nossa casa", conta.
Começou assim. "Não teve projeto, colocamos a mão na massa, comprando decoração e jogando tinta na parede", ri Fábio, que tem parte da graduação em Arquitetura, mas se formou mesmo em Design de Interiores e já passou também pela área da marcenaria, por isso, tinha facilidade com esse universo das transformações.
Só que na reforma, a dupla inventou de pintar o teto de laranja puxado para o terracota, que se tornaria uma marca do apartamento.
Foi legal ver essa transformação acontecendo.
"Não era comum na época. Viralizou no Pinterest e no Twitter. Ninguém sabia quem era Fábio, a Sheyla Cristina", ri. Afinal, teto colorido não era algo comum.
Laranja enjoa?
É um medo de muita gente: teto laranja fica escuro? A casa fica alaranjada? "Em dia ensolarado a casa vibra. Parece que reflete na pele e você fica mais bronzeado inclusive. A ideia era levar o calor de Cuiabá para Curitiba", diz ele, que estudou inclusive a teoria das cores.
"Hoje estamos mais aptos a receber cor, mas não era assim na época."
Na prática?
Uma demão, duas demãos?e nada. O tempo livre nas madrugadas não parecia suficiente para cobrir o teto da sala, que era grande. "Quando chegávamos ao fim e olhávamos do outro lado, estava manchado. No final, parte do teto caiu pois tinha muitas camadas de tinta, acho que era mofo. Secou e saiu uma lasca inteira. Pintamos tudo de novo", ri.
Uma verdadeira saga, mas não um trauma. Agora que sua personagem Sheyla Christina é famosa, Fábio tem verba para contratar uma equipe de obras — e já nem tem tempo para pintar tudo ele mesmo.
"Acho que ainda vou inventar algo para colocar a mão na massa, porque amo. Tenho um talentinho, sei fazer as coisas", diz.
Arquiteta esnobe
"Vejo muito de mim na Sheyla e vejo muito dela em mim. Ela pra mim é essa crítica, mas é ao mesmo tempo um agente transformador. Recebo mensagens de pessoas dizendo que ajudei na cura da depressão, por proporcionar um alívio no dia a dia. Sheyla mexeu com a minha autoestima, transformou minha vida completamente."
O que Sheyla Cristina jamais faria numa reforma:
- Nunca aproveitaria um móvel antigo. Ela gosta de tudo novo, peças assinadas e caríssimas. Já o Fábio acha o máximo reaproveitar, fazer upcycling.
- Nunca colocaria a mão na massa. "Pintar? Nem pensar. O estagiário que faça até o projeto, levantamento e medição", diz Fábio, que adora o faça-você mesmo.
- Ir de sapato baixo na reforma? Jamais. "Ela bate saltinho na obra. Mostrar pezinho e marcar Sheyla virou um movimento na internet", ri Fábio.
- Cores para 2023? "Sheyla está num movimento de tons terrosos. Ela segue tendências."
- Trabalhar com vários fornecedores diferentes. "Dá dor de cabeça. Recomendo fechar com a empreiteira e eles que se virem", diz Sheyla.
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