Espremidos e dançando: nós fomos na menor balada do mundo
Uma antiga cabine de telefone foi convertida e faz sucesso em Madri. Do lado de fora parece um banheiro público, mas só quem chega perto entende que, na verdade, isso é uma discoteca.
A "Teledisko", como foi batizada pelo seu criador, tem só um metro quadrado e cabem no máximo três pessoas e bem espremido. Não é à toa que essa é a menor balada do mundo.
Quem teve a ideia foi o alemão Benjamin Uphues, que adora curtir a noite e mora em Berlim, a capital europeia da festa.
Há alguns anos ele comprou cabines telefônicas que estavam sem funcionar e as transformou em minidiscotecas.
Cada uma delas tem uma cor diferente. A de Madri, por exemplo, é prateada, e foi colocada no pátio do Instituto Goethe.
"Dar uma segunda vida a esses objetos é uma ideia incrível e uma boa maneira de reciclar", acredita Ana Perez, responsável de programação cultural dessa escola de alemão.
Como se não houvesse amanhã
Antes de entrar a única coisa que a pessoa precisa fazer é escolher a música que quer ouvir. Como a cabine está ligada ao Spotify, a quantidade de canções e estilos é enorme.
Depois disso é só entrar, fechar a porta e dançar como se não houvesse amanhã! Dentro da minibalada a diversão é garantida. Além de som de qualidade, também tem fumaça, globo espelhado e laser.
As pessoas vêm para se divertir, para esquecer um pouco do dia a dia e dos seus problemas. Todo mundo sai daqui com um sorriso no rosto.
A Teledisko que está em Madri é a única fora da Alemanha. A experiência na capital espanhola é gratuita e qualquer um pode curtir a novidade.
"Ali dentro você sente como se estivesse sozinha no mundo e pode fazer o que quiser porque ninguém está olhando", conta Lisbeth Ritterhoff, ao sair da cabine.
Modelo de negócio
Com o propósito de monetizar, Benjamin já fez seis quiosques desse tipo. Por enquanto, a única que ele vendeu é a que está em Madri. As outras estão na Alemanha; três são para alugar em eventos e as outras ficam espalhadas pelas ruas de Berlim.
Quem quer usar as cabines na Alemanha precisa pagar 2 euros (cerca de R$ 11). Além disso, se a pessoa quiser fotos ou vídeo, precisa pagar um adicional de mais 2 euros para cada item.
As fotos, em formato de photobooth, ficam prontas do lado de fora quando a música termina e o vídeo é enviado diretamente por e-mail.
Em 2007, Bill Gates profetizou que o telefone fixo estava com os dias contados e hoje vemos que ele estava certo.
Faz pouco o criador da Microsoft também vaticinou que a tendência é que os celulares desapareçam ao longo dos anos e que sejam substituídos por uma espécie de tatuagem eletrônica.
Enquanto esse futuro visionário não chega, melhor continuar curtindo uma balada quase normal nem que seja dentro de uma dessas minidiscotecas.
Teledisko Madri
Onde: Instituto Goethe - Rua Zurbarán, 21
Quando: de segunda a sexta, das 9h às 19h
Símbolo britânico
Se tem uma cidade que a gente associa rapidamente com cabine de telefone é Londres, ainda mais se for vermelha. Essas grandes caixas verticais viraram um dos maiores símbolos britânicos mesmo que a função inicial de servir de orelhão já não exista.
A primeira cabine inglesa (Kiosk No1, como foi chamada) foi criada em 1920 e era um modelo feito de cimento e diferente daquele que vemos hoje nas ruas londrinas.
Para tentar fazer as cabines telefônicas mais populares, em 1924 fizeram um concurso na Inglaterra e o vencedor foi Giles Gilbert Scott. Esse arquiteto fez a K2, o modelo feito de aço que acabou se tornando um dos símbolos britânicos.
Desde então, ao redor de 70 mil quiosques de telefone vermelhos se espalharam pelo Reino Unido.
Hoje em dia muitas cabines servem só para turista tirar foto. Mas algumas pessoas quiseram manter o símbolo britânico vivo por mais alguns anos e as red cabins acabaram virarando pequenas floriculturas, galerias de arte, sorveterias, caixas eletrônicos e até minilivrarias.
Outras também foram "adotadas" para guardar desfibriladores que ficam bem à mão em caso de necessidade nas ruas.
Atualmente, o governo britânico calcula que ainda existam cerca de 10 mil das icônicas cabines vermelhas espalhadas pelo país.
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