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Por que os assentos reclináveis podem sumir dos aviões

Aeronaves com assentos e encosto fixos podem se tornar mais frequentes - AleksandarNakic/Getty Images/iStockphoto
Aeronaves com assentos e encosto fixos podem se tornar mais frequentes Imagem: AleksandarNakic/Getty Images/iStockphoto

De Nossa

29/01/2023 12h41

Você se senta a bordo do avião — classe econômica, vale lembrar — e espera aqueles minutinhos entre a decolagem e o voo de cruzeiro para finalmente apertar um botão e reclinar sua poltrona, mesmo que sejam poucos centímetros.

Pois saiba que, segundo um artigo da CNN Travel dos Estados Unidos, os assentos reclináveis estão com dias contados nas companhias aéreas.

Na matéria, eles elencam motivos que explicam por que algumas empresas já abriram mão das poltronas reclináveis e já começam a estudar maneiras de substituir, pelo menos na classe econômica, os assentos com encostos em um ângulo fixo.

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Imagem: Bet_Noire/Getty Images/iStockphoto

Custo (é claro)

Para você reclinar seu assento, existe um mecanismo hidráulico interligado entre o assento, encosto e o apoio de braço para permitir o movimento. Para as companhias aéreas, isso representa um custo de manutenção.

Os impactos da aeronave, balanço do voo e mau uso dos passageiros podem causar falhas e consequentemente custo de reparo.

Além disso, tirar este sistema hidráulico de todos os assentos da econômica eliminaria peso da aeronave, o que também representaria economia de combustível e menos gasto.

Eles já testaram isso antes

Interior de uma aeronave na classe econômica - Nort/Getty Images/iStockphoto - Nort/Getty Images/iStockphoto
Para a empresa aérea, mais espaço significa mais lugares e mais faturamento
Imagem: Nort/Getty Images/iStockphoto

Nos anos 2000, algumas empresas já apostaram neste modelo de assentos, batizados de "pré-reclinados", uma forma marketeira de amenizar a informação de que você não teria mais esse controle.

Esse foi um modelo que interessou principalmente as empresas low-cost, que conseguiram economizar nas poltronas e ganhar algum espaço nas aeronaves, onde cada centímetro conta.

A empresa alemã Recaro, famosa por assentos automobilísticos, já tem feito alguns modelos fixos para aeronaves.

"A companhia aérea pode escolher um ângulo fixo do encosto em um ângulo entre 15 e 18 graus", disse Mark Hiller, executivo da empresa, ao site da CNN.

Para voos curtos, até funciona

John Walton, que assina o artigo, pondera que as soluções encontradas em empresas low-cost nos voos curtos não afetam tanto a experiência do viajante. Porém, se a jornada for longa, dificilmente poderemos abrir mão deste conforto.

"Tenho feito cobertura desse tema há 40 anos. Pode ser positivo tudo isso para voos de até duas horas, mas em voos longos, as poltronas reclináveis vieram para ficar", escreveu.