Castelo de Balmoral, onde a rainha morreu, reabrirá em abril; conheça
O Castelo de Balmoral, tido como a residência favorita da rainha Elizabeth 2ª e onde ela morreu em setembro, reabrirá suas portas para o público em 1º de abril, anunciou a administração do Balmoral Estate. Desde então, a propriedade seguia fechada em luto pela perda da monarca.
Os ingressos para adultos, crianças e pacotes para famílias já estão à venda na bilheteria virtual da propriedade escocesa. Reservas antecipadas garantirão o direito a tour com audiodescrição, o que representa uma economia de 5 libras (R$ 31,70) no serviço que é geralmente pago à parte no local.
Foram disponibilizados três horários por dia para o passeio: às 10h, 12h e 14h. Crianças menores de 5 anos não pagam, já o ingresso para a faixa entre 5 e 16 anos sai por 8,50 libras ou R$ 53,85. Adultos precisam desembolsar 16,50 libras ou R$ 104,55. Famílias de dois adultos e até três crianças entre 5 e 16 anos pagam 35 libras ou R$ 221,75 pelo pacote.
Roteiros de "Expedições", que incluem visitas guiadas pelo castelo, jardins e exposições, estão esgotados no momento. O ingresso, válido para grupos de até seis pessoas, sai por 330 libras ou R$ 2.090,80. Não há previsão de abertura de mais vagas, por enquanto.
Um lugar especial para Elizabeth 2ª
Balmoral era o lugar onde a rainha passava seus verões — durante aproximadamente dez semanas, entre agosto e outubro — durante décadas. De acordo com registros da família tornados públicos ao longo dos anos, lá ela recebia hóspedes importantes, explorava o enorme terreno e brincava com os netos enquanto o príncipe Philip comandava a churrasqueira.
É o lugar mais bonito do mundo. Acho que a vovó é mais feliz lá. Ela realmente ama as Terras Altas."
Comentou a princesa Eugenie, prima de William e Harry, no documentário "Our Queen at Ninety" ('Nossa Rainha aos 90 Anos', em tradução livre), de 2016.
Durante a pandemia, Elizabeth 2ª se retirou do Palácio de Buckingham e escolheu o Castelo de Windsor como sua residência oficial durante o isolamento. Nem assim ela deixou, contudo, de visitar Balmoral, onde acabou falecendo durante suas férias anuais em 2022.
A preferência pela residência não era exclusividade da mãe do rei Charles 3º. A realeza britânica passou seus verões em terras escocesas durante séculos e, mais do que tradição, acabou se tornando um local afetivo e significativo para a família. Propriedade particular — ou seja, não pertence à Coroa como Buckingham ou Kensington — dos Windsor, Balmoral fica a 80 quilômetros de Aberdeen, em um vasto campo rodeado por montanhas, rios e florestas.
Elizabeth 2ª frequentava o lugar desde criança, mas aos poucos ele se tornou um cenário importante para outros membros da casa. Lá aconteceu o início do namoro de Charles e Diana, a lua de mel dos casal e o momento em que a notícia da morte da princesa, há 25 anos, chegou à rainha — e foi transmitida a William e Harry.
Filmes como "Spencer", "Vitória e Abdul", "Sua Majestade", "Mrs. Brown" e "A Rainha", assim como a série "The Crown", têm passagens em Balmoral.
As origens
Balmoral foi arrendada há cerca de 170 anos pelo marido da rainha Vitória, o príncipe Albert, que não classificou a propriedade como de uso do Estado. Ele mesmo planejou a construção do castelo de estilo renascentista escocês e gótico, em granito local, dividido em duas seções com pátios no meio de cada uma delas.
Ao longo dos séculos, alterações foram feitas, incluindo construções de residências dentro do terreno, aproximadamente 150 edifícios que incluem Birkhall, usada agora pelo rei Charles 3º e a rainha consorte nas férias de verão e Craigowan Lodge, que recebe amigos da família.
Desde a década de 30, Balmoral recebe visitantes, mas apenas nas temporadas em que a propriedade está vazia — e em áreas comuns, longe dos aposentos reais. No entanto, é possível se hospedar nas propriedades anexas ao castelo, como revelou esta reportagem de Nossa.
Onde fica
O castelo de Balmoral fica a quase um quilômetro da pequena cidade de Crathie, uma vila em Aberdeenshire, Escócia, na margem norte do rio Dee. Partindo de Londres de carro, a viagem dura quase nove horas (são cerca de 800 km). Mas é possível chegar de avião ou trem, parando em Aberdeen e encarando uma viagem de mais 1h30 de até Crathie, já que o castelo fica a cerca de 80 km da cidade.
Além de Balmoral, há outro castelo na região, Abergeldie, construído por volta de 1550. É também onde fica a sede da destilaria Royal Lochnagar, único produtor de um single malt Deeside. A capela de Crathie Kirk, conhecida mundialmente por registros da família, também é aberta à visitação.
A importância do castelo Balmoral na arquitetura
O estilo arquitetônico do castelo de Balmoral é considerado uma mistura do baronial escocês com renascimento gótico. Assim que adquirido, foi declarado pequeno demais para abrigar toda a família, mas tornou-se morada da rainha Vitória, do príncipe e de seus filhos enquanto um novo castelo era construído.
Com o castelo original demolido, sua nova versão foi idealizada por dois escoceses: John e William Smith. O novo desenho era organizado em duas áreas distintas, sendo que ambas rodeiam um pátio central. A torre central com relógio segue até hoje como um marco para os visitantes.
Para suas paredes, foi escolhido o granito local como matéria-prima principal. De acordo com a revista Architectural Digest, o projeto foi acompanhado de perto pelo próprio príncipe Albert, que se envolveu bastante na questão do design. O monarca foi responsável por fazer diversos acréscimos à estrutura, como a casa principal da fazenda.
Já os chalés que são alugados por turistas de todo o mundo foram um pedido feito pela rainha Vitória logo após a morte do príncipe, em 1861. As residências menores foram construídas para seus filhos, servos e para sua secretária. Durante uma visita em 2019, o príncipe William, Kate e seus filhos ficaram em uma destas casas-satélite: a Tam-na-Ghar.
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