Marinha envia o maior navio da frota para atuar no litoral de SP; conheça
A Marinha do Brasil anunciou nesta terça (21) a chegada programada para quinta (23) do navio-capitânia Atlântico (A140) a São Sebastião para o auxílio no resgate dos afetados pelas chuvas que provocaram desabamentos e mortes no litoral norte de São Paulo.
A embarcação seria ideal para a missão graças a uma série de equipamentos, como uma rampa, que facilitaria o acesso e deslocamento de vítimas.
Maior navio da Força, o Atlântico partiu para a região na manhã desta quarta (22) acompanhado, entre outros de seus dispositivos, da Embarcação de Desembarque de Carga Geral Guarapari.
Enquanto o primeiro funcionará como hospital de campanha, o segundo possui uma rampa específica para atracar em praias e áreas isoladas. O Guarapari não é a única Embarcação de Desembarque que o Atlântico transporta: ele possui outras duas, cada uma delas com capacidade para 35 pessoas.
Considerado um navio de assalto anfíbio ou "navio-aeródromo", ele ainda conta com seis helicópteros do Comando da Força Aeronaval, uma lancha de transporte de 20 pessoas, uma lancha operativa do tipo Pacific, além de um estoque de saúde para primeiros socorros.
Em seu interior, o Atlântico tem o próprio centro médico, com uma equipe de 28 médicos e militares da área de saúde, das seguintes especialidades: ortopedista, cirurgião geral, anestesista, clínico geral, farmacêutico, cirurgião dentista, técnicos em enfermagem, auxiliar de higiene bucal e auxiliar de laboratório.
Um grupo de 180 fuzileiros navais comanda ainda um maquinário de microcarregadeiras, pás carregadeiras — que atuam na desobstrução de vias — além de ambulâncias para a remoção até o Altântico, que funcionará de maneira independente para desafogar os hospitais da região, para onde serão levados apenas casos mais graves.
A Marinha estima que mais de mil militares estarão envolvidos no atendimento aos feridos. Além de realizar missões humanitárias, como o resgate em São Sebastião, o Atlântico é usado para controle de áreas marítimas e projeção de poder sobre terra, mar e ar.
Antigamente conhecido como HMS Ocean, o navio foi construído em Barrow-in-Furness, no interior inglês e entrou em operação em 1998 — servindo 20 anos à Marinha Britânica em operações da Otan, na Guerra do Iraque e ações humanitárias na Ásia, Caribe e Oriente Médio — antes de ser incorporado à Marinha do Brasil em 2018.
Em capacidade total, ele pode transportar até 1.400 militares e 18 aeronaves em seu hangar e convoo graças aos seus pouco mais de 200 metros de comprimento. De acordo com o Governo do Estado de São Paulo, o Atlântico oferecerá mais de 200 leitos ao litoral norte, incluindo UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
Na segunda (20), a Marinha enviou à área ainda o Navio-Patrulha Guajará (P44), transportando cerca de 40 toneladas de doações, entre elas, alimentos não perecíveis, água e materiais de higiene e limpeza.
Nesta operação estiveram envolvidos cerca de 120 militares da Capitania dos Portos de São Paulo, do Grupamento de Patrulha Naval do Sul-Sudeste, do Navio-Patrulha "Guajará" e do Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais em Santos.
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