Quais são as plantas tóxicas para animais que você deve evitar se tem pets
Com grande potencial decorativo, plantas trazem bem-estar ao ambiente, sobretudo pelo respiro natural em meio ao espaço urbano. Mas quem tem um bichinho em casa precisa ter cautela ao escolher flores e folhagens.
Neste cenário, avaliar a beleza das plantas ou qual mais combina com determinado cômodo passa a ficar em segundo plano. Afinal, a decisão precisa ser pautada na segurança dos animais domésticos.
Para isso, a dica é adotar as plantas pet friendly e manter fora de casa as espécies tóxicas.
Segundo o médico-veterinário Carlos Moraes, da PigoVet, o cuidado com a escolha das verdinhas não se restringe apenas aos tutores dos cães e vale também para os donos dos gatos e até de animais silvestres, como coelhos e calopsitas, que têm o hábito de bicar e roer os vegetais por curiosidade.
Plantas tóxicas
A lista de espécies potencialmente perigosas para os animais é maior do que se imagina. Mas é bom ter essa relação por perto, principalmente quando se está renovando a área verde do lar ou decorando os ambientes. Por isso, a bióloga Nayara Buarque Spilare cita as principais que devem ser evitadas por quem tem pets:
- Antúrio (Anthurium spp);
- Arruda (Ruta graveolens);
- Avenca (Adiantum capillus-veneris);
- Azaleia (Azaleia sp);
- Bico-de-papagaio (Euphorbia pulcherrima);
- Comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia seguine);
- Copo-de-leite (Zantedeschia aethiopica);
- Coroa-de-cristo (Euphorbia milii);
- Costela-de-adão (Monstera);
- Dama-da-noite (Cestrum nocturnum);
- Espada-de-são-jorge (Sansevieria trifasciata);
- Espirradeira (Nerium oleander);
- Hera (Hedera helix);
- Lírio (Lilium sp);
- Lírio-da-paz (Spathiphyllum wallisii);
- Manacá-de-jardim (Brunfelsia uniflora);
- Rosa-do-deserto (Adenium obesum);
- Sagu-de-jardim ou cica (Cycas revoluta);
- Samambaia (Nephrolepis exaltata);
- Tulipa (Tulipa).
- Violeta (Saintpaulia).
"Embora as folhagens da comigo-ninguém-pode tenham uma beleza exuberante, as substâncias encontradas na planta irritam as mucosas de animais. Já o antúrio provocam queimação de mucosas, inchaço na boca, lábios e garganta, náuseas, vômitos e diarreia, enquanto a costela-de-adão é capaz de provocar vômitos, diarreia e lesões nas córneas", pontua a arquiteta e designer Elaine Gonzalez, da UMM Arquitetura de interiores
Decore com plantas seguras
Apesar de as plantas perigosas não serem poucas, existem muitas outras opções lindas para decorar a casa e manter os animaizinhos em segurança.
Algumas das indicações da designer de interiores Adriana Fontana são: orquídea (Orchidaceae), lavanda (Lavandula sp), valeriana (Valeriana officinalis), corações emaranhados (Ceropegia woodii), girassol (Helianthus annuus), camomila (Matricaria chamomilla) e bromélia (Bromeliaceae).
As bromélias são ótimas para serem criadas dentro de casas ou apartamentos, pois são muito fáceis de cuidar, já que necessitam de pouquíssima luz para sobreviver. Já a camomila, é ótima para quem sofre de ansiedade, estresse e insônia", exemplifica Fontana.
A paisagista Renata Guastelli complementa com mais ideias de vegetações ornamentais, como bambu (Bambusoideae), malva-branca (Sida cordifolia), amor-perfeito (Viola tricolor) e violeta perfumada (Viola odorata). "Lembrando que a violeta comum é extremamente tóxica para cães e gatos", pontua.
Renata observa que existem saborosas ervas aromáticas e hortaliças que podem ser cultivadas dentro de casa com tranquilidade. Nesse grupo, vale apostar em alecrim, capim-limão (ou capim-santo), coentro, erva-do-gato (erva-gateira), hortelã, manjericão, manjerona, salsa, sálvia e tomilho.
O que fazer em caso de intoxicação
Se o animal entrar em contato com alguma espécie "perigosa", é bem possível que ocorra uma intoxicação. Para isto acontecer, aliás, basta uma pequena interação com a seiva das plantas para ocorrer irritabilidade nas mucosas e focinho, além de lesões na pele — que podem resultar em alergias e dermatites, entre outras reações.
"Dentre os principais sintomas de intoxicação por plantas tóxicas estão: apatia, diarreia, irritações gástricas, vômito, tremores, sialorreia (salivação excessiva), falta de coordenação e até mesmo sintomas mais graves que possuem efeito direto no sistema nervoso central, como arritmias, paradas respiratórias e lesões renais, podendo até mesmo levar o pet a óbito", alerta o veterinário Carlos Moraes.
Quando o animal apresentar qualquer desses sintomas acima, o ideal é procurar por um especialista que possa induzir o vômito e entrar com fluidoterapia para minimizar os efeitos colaterais, principalmente em sobrecargas renais e hepáticas.
Se por algum motivo o tutor não puder levar o pet à emergência veterinária, a recomendação é não oferecer água, leite ou qualquer outro alimento para o animalzinho.
"O ideal é sempre ter um sachê de carvão ativado por perto até que possa ir ao atendimento, como em áreas rurais ou viagens afastadas", esclarece o veterinário. Vendido em lojas com produtos próprios para pets, o produto auxilia na desintoxicação, mas deve ser usado sob orientação médica.
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