É do Brasil! Bauru está entre 50 melhores sanduíches do mundo; veja o top 5
O bauru, tradicional lanche de rosbife com queijo derretido, tomate e picles no pão francês, é o 38º melhor sanduíche do mundo, segundo avaliação da enciclopédia gastronômica TasteAtlas divulgada nesta semana.
Este mix que ultrapassou as fronteiras da gastronomia de boteco levou uma nota 4,2 (de 5 pontos possíveis) no levantamento da publicação, desbancando receitas famosas como a torrada com avocado dos americanos, o jibarito cubano, além das arepas com reina pepiada dos venezuelanos.
Considerado um "verdadeiro clássico brasileiro", o Bauru teve sua história apresentada ao público internacional.
"Ele foi inventado nos anos 30 por Casimiro Pinto Neto, que era conhecido como Bauru por causa de sua cidade natal. O estudante de direito era cliente do restaurante Ponto Chic em São Paulo e disse ao cozinheiro para preparar um sanduíche especial só para ele", relata o Atlas.
"Porque o restaurante era frequentado por políticos e jogadores de futebol que amaram o novo sanduíche, sua popularidade logo cresceu e o bauru se tornou o pedido mais vendido. Hoje, o sanduíche ainda tem um exército de fãs e numerosas variações, por exemplo, usando presunto em vez de rosbife ou pão de forma em vez do pão francês".
O top 5
As melhores colocações da lista ficaram com representantes do Vietnã, dos EUA, da Argentina (spoiler: não é o Choripán), do Peru e da Turquia. Confira:
5º: Bánh mì heo quay, do Vietnã
Mix de baguette com chá lua (enroladinho de porco), mas que também pode ser encontrado com frango marinado no capim-limão, ele é um remanescente da influência francesa da era colonial no Vietnã.
Ele pode ser encontrado nos carrinhos nas esquinas do país, geralmente servido também com folhas de coentro, fatias de cenoura e rabanete branco japonês em conserva e maionese. Há quem acrescente outros ingredientes, a gosto do freguês ou de acordo com as preferências da região.
Nota: 4,6
4º: Spiedie, dos EUA
Tradicional de Binghamton, interior do estado de Nova York, este sanduíche tem como base pão italiano recheado com cubos de frango marinado e assado, mais tradicionalmente, embora haja versões com carne de porco ou cordeiro. Apesar de ter se popularizado nos anos 40, suas origens são incertas, segundo o Atlas.
A inspiração, no entanto, é certamente italiana a começar pelo seu nome, "spiedo", que se refere aos espetos de rotisserie — famosos aqui nas "tevês de cachorro" das padarias — onde os frangos geralmente são dourados.
Nota: 4,6
3º: Sanduíche de Lomo, da Argentina
Essa estrela da região de Córdoba tem "primos" parecidos no Brasil: nele vai um bife de filé mignon — o tal "lomo" — tomates, cebolas, alface, maionese, presunto, queijo, ovo frito e, como grande diferencial local, molho chimichurri. Segundo a publicação, este sanduíche gigante com certeza sacia "até mesmo os mais famintos".
Suas variações já alcançaram outras regiões do país e até o Uruguai, onde o filé mignon deu lugar à carne de porco e até fatias de berinjela foram acrescentadas aos pedidos nos carrinhos de rua.
Nota: 4,6
2º: Butifarra, do Peru
Tido como o sanduíche fundamental do Peru, o butifarra tem como protagonista o jamón (um tipo de presunto típico do país, que passa por uma infusão com pimenta ají e alho) no pão roseta ou ciabatta, rabanetes, alface, chili e salsa criolla — um tempero que se assemelha ao nosso vinagrete e é preparado com pimentões, cebola e tomate.
Sempre presente em festas de aniversário ou nos cafés da manhã, o butifarra teria surgido para alimentar o público durante touradas durante o início da República Peruana em Lima.
Nota: 4,6
1º: Tombik, da Turquia
Também chamado de "gobit kebab", o tombik é uma variação do kebab tradicional (aquele no espeto, o Döner kebab) em que a carne desfiada recheia um pão chato, crocante e fininho, o pide ekmek. Ele ainda recebe uma série de ingredientes adicionais que são determinados pelo gosto do freguês.
São mais comuns tomates, cebolas, alface, além de outras combinações de vegetais e molhos.
Nota: 4,7
O time da enciclopédia esclarece que sua metodologia leva em consideração avaliação do público gastronômico internacional, através de votos em seu site que são filtrados, eliminando, segundo o Atlas, palpites potencialmente ligados a bots ou "nacionalistas".
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