O que a Nutella que você come tem em comum com a 2ª Guerra Mundial?
A escassez de cacau — entre outros itens essenciais — no fim da Segunda Guerra Mundial, em 1946, levou um confeiteiro italiano de Piemonte a improvisar uma mistura com avelãs, açúcar e chocolate. Nascia ali a primeira versão do que conhecemos hoje como Nutella.
Como a receita evoluiu
- Inicialmente, o piemontês Pietro Ferrero e seu filho Michele batizaram a receita de Giandujot, nome inspirado em um famoso personagem de Carnaval daquela época. A pasta doce, que levava uma quantidade mínima de cacau, foi moldada em formato de bolo e poderia ser fatiada e servida com pão.
- Em 1951, a Giandujot passou por uma nova transformação. Chamada agora de Supercrema e armazenada em potes, tornou-se mais cremosa e mais fácil de se espalhar no pão.
- Em 1964, a receita foi rebatizada de Nutella. Mais uma vez aperfeiçoada por Ferrero, ela ficou popular rapidamente.
- Um ano depois, o creme foi lançado na Alemanha na versão que traz o pote com seu design icônico, segundo o fabricante.
- A receita do produto no Brasil leva atualmente sete ingredientes: açúcar, óleo de palma, avelã, leite, cacau, lecitina de soja e baunilha. Ela varia em diferentes países, com mudanças na quantidade de alguns ingredientes.
Expansão internacional
Depois do sucesso em território alemão, a marca chegou à França, em 1966. Não demorou para se expandir para diversos países europeus. Sua primeira fábrica fora da Europa foi aberta em 1978, na Austrália.
A Nutella chegou ao Brasil em 1994, mas sua produção local foi iniciada somente em 2005. Com sede em Poços de Caldas (MG), o grupo Ferrero também fabrica e vende outras marcas para o mercado interno em mais de 170 países, dentre eles na Alemanha, Argentina, Portugal, Rússia, EUA e a própria Itália.
Fundada pelo mesmo Pietro Ferrero em 1942, a empresa italiana faturou mais de 14 bilhões de euros no ano encerrado em 31 de agosto de 2022, um crescimento de 10,4% sobre o exercício anterior.
Qual é a relação do chocolate com a guerra?
O chocolate sempre esteve presente em ações militares, incluindo a Segunda Guerra Mundial. No contexto de combate, foi denominado como "ração de guerra". Ele é um item considerado essencial, sobretudo por possuir alto valor calórico e energético, fácil de transportar e capaz de suportar altas temperaturas.
Nos EUA, o chocolate é fornecido às tropas como parte das rações básicas de campo utilizadas como fonte de energia.
Atualmente, a maior parte dos chocolates distribuídos aos militares norte-americanos é fabricada pela Hershey Company.
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