Quais são os países mais felizes do mundo? Brasil cai 11 posições na lista
Pelo sexto ano consecutivo, a Finlândia é o país mais feliz do mundo em 2023, apontou o World Happiness Report — tradicional pesquisa de qualidade de vida conduzida pela consultoria de dados Gallup a pedido da Organização das Nações Unidas.
O país e seus vizinhos — Dinamarca, Islândia, Suécia e Noruega — conquistaram colocações de destaque graças a altas notas em expectativa de vida saudável, produto interno bruto por pessoa, estrutura de apoio social, baixas taxas de corrupção, generosidade em comunidade (medida através de doações e outros atos benevolentes), além de liberdade para tomar decisões cruciais para a vida do indivíduo.
Outros fatores também pesaram na avaliação: índices de saúde física e mental dos habitantes, estrutura de relacionamentos humanos em cada sociedade (familiar, profissional ou comunitária), salário e taxas de emprego, níveis de confiança entre a população, efetividade do governo e gestão da pandemia de covid-19 — incluindo números de mortes relacionadas à doença.
A boa performance dos nórdicos era, contudo, esperada devido à sua consistência em rankings anteriores, especialmente porque a avaliação de 2023 leva em consideração os resultados de 2020 a 2022. As grandes surpresas ficaram com Israel e Lituânia. O primeiro saltou cinco posições de 2022 para cá, do 9º lugar ao 4º. Conheça os 20 países mais felizes do mundo:
Os 20 países mais felizes do mundo
Por que Israel e Lituânia estão em alta?
Segundo a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), Israel salta à frente da maioria dos países em saúde, conexões sociais e satisfação com a qualidade de vida. Já a Lituânia fez sua estreia no top 20, na 20ª colocação. Em 2017, ela estava em 52º. Outros países bálticos como Estônia e Letônia também vêm subindo no ranking.
"É essencialmente a mesma história que já vem acontecendo no resto da Europa Central e Oriental", comentou à CNN americana John Helliwell, um dos pesquisadores que comandaram o estudo e também professor emérito da Escola de Economia de Vancouver, na Universidade de Colúmbia Britânica, no Canadá.
"[Países nesta região] provavelmente normalizaram-se após a transição dos anos 90 e estão mais sólidos em suas novas identidades", explicou. Ele se refere ao processo de saída das nações da antiga União Soviética, que se dissolveu em dezembro de 1991.
A situação do Brasil
O Brasil ficou em 49º lugar — dos 137 países avaliados — com uma nota total de 6.125 pontos no ranking de felicidade. Em 2022, o país aparecia bem acima na lista: em 38º lugar. Em comparação, a Finlândia obteve este ano 7.804 em 10 mil pontos possíveis. Em termos de desigualdade de felicidade entre as parcelas da população no topo e na base da sociedade, o Brasil ficou em 88º lugar, sendo o Afeganistão o país mais desigual.
Na avaliação amostral de sete países-chave para suas regiões (Brasil, Egito, França, Índia, México, Indonésia, Estados Unidos), o Brasil teve a pior performance em quase todos os quesitos de ligações sociais: ficou abaixo da média em apoio da comunidade, conexões e solidão. A satisfação em relacionamentos ficou pouco acima da média mundial.
No fim da 'fila'
Países em guerra ou com conflitos internos tiveram os piores resultados no World Happiness Report: Afeganistão está no fim do ranking, em 137º lugar, precedido pelo Líbano. Rússia e Ucrânia, atualmente em guerra, também caíram na lista de bem-estar, embora a Ucrânia tenha fortalecido "seu senso comum de propósito, benevolência e confiança em seu governo".
A confiança, aliás, da Ucrânia no governo russo caiu para zero no último ano, embora os russos estejam mais confiantes em suas lideranças do que em 2022. Atualmente, a Rússia está em 70º lugar no ranking de felicidade e a Ucrânia em 92º.
O que se pode aprender com os nórdicos?
"Eles estão fazendo coisas que gostaríamos que tivéssemos enxergado antes e podemos começar agora? É um aspecto único de seu clima e história que os torna diferentes? Felizmente, ao menos da minha perspectiva, a resposta está na primeira [pergunta]", apontou John Helliwell ao veículo dos EUA.
Para o estudioso, os países mais felizes têm em comum um entendimento de que o bem-estar é atingido quanto todos os componentes da sociedade e todos os seus membros estão alinhados para uma melhor qualidade de vida. O estudo ainda destaca que "o objetivo de toda instituição deve ser contribuir" para preservar direitos humanos básicos.
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