Picanha brasileira é 2º melhor prato das Américas; prato argentino lidera
De paixão nacional a promessa de campanha presidencial, a picanha brasileira é a segunda melhor iguaria de todas as Américas, segundo avaliação da enciclopédia gastronômica TasteAtlas.
A peça 'nobre' do churrasco tão amado no país recebeu a nota 4,8 (de 5 pontos possíveis) no levantamento realizado pela publicação e divulgado no domingo (26), passando à frente de delícias típicas de nossos vizinhos como os tacos mexicanos e o ceviche misto peruano.
Descrita pelo TasteAtlas como um corte "fresco" na traseira do boi — bem próximo à capa de gordura —, a nossa picanha foi aplaudida justamente por reter pouca gordura após o processo tradicional em que é assada na brasa cuidadosamente para não endurecer.
"No Brasil, todo churrasco tem picanha e todas as melhores churrascarias oferecem picanha em seus cardápios", ressaltou a enciclopédia, que ainda denotou que o nome picanha é derivado da palavra "picana" — um mastro usado por fazendeiros para orientar o gado em Portugal e na Espanha.
"A técnica foi trazida para o Brasil onde a palavra picanha foi usada para se referir à parte do boi que era cutucada pelos fazendeiros com o bastão".
Mais brazucas na lista
Além da picanha, outras delícias nacionais fizeram bonito na votação do TasteAtlas. A técnica geral de preparação do churrasco brasileiro ficou em 6º lugar. Dentre as carnes, a preparação da Alcatra levou a 24º posição e a Fraldinha também se destacou na 44º colocação geral.
No top 10, ainda houve o pão de queijo (10º). Pavê e bombocado, duas das sobremesas mais populares do país, ficaram em 21º e 22º respectivamente.
A coxinha, que já havia levado o título do TasteAtlas de 30ª comida de rua mais saborosa do mundo, apareceu neste ranking local em 34º. Escondidinho e Vatapá finalizam a lista de representantes brasileiros em 36º e 49º, respectivamente.
Batalha de churrascos
A disputa pelo pódio resgatou a tradicional rivalidade — que se estende do futebol à cozinha — entre hermanos e 'canarinhos'. À frente da nossa picanha, só ficou o vencedor absoluto em 1º: o 'asado' argentino, como é chamado o churrasco por lá.
Aplaudido por ser "tanto um evento social quanto culinário que é frequentado por amigos e família que compartilham a alegria de cozinhar ao ar livre", o asado, assim como o nosso churrasco, oferece variedade de peças de carnes que são assadas em uma grelha artesanal: "la parrilla". Cortes finos e macios foram considerados os pontos fortes da tradição.
Apesar da vitória, a técnica da parrilla não levou a melhor sobre o nosso jeito de fazer churrasco e ficou em 7º na classificação. A Argentina também não conseguiu superar o Brasil no quesito representatividade: enquanto os hermanos conquistaram quatro colocações com suas iguarias, os brasileiros emplacaram 10 quitutes de destaque.
Entre os finalistas argentinos estava o sanduíche de lomo, em 41º lugar nesta lista, mas que já havia conquistado o 3º lugar no ranking de melhores sanduíches do mundo do TasteAtlas — nesta, o nosso Bauru ficou em 38º.
O time da enciclopédia esclarece que sua metodologia leva em consideração avaliação do público gastronômico internacional, através de votos em seu site que são filtrados, eliminando, segundo o Atlas, palpites potencialmente ligados a bots ou "nacionalistas".
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