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Coração como passaporte e tour de buggy na Lua: como será viajar em 2070?

O check-in e a segurança de aeroportos não conferirão seu passaporte, mas seu coração, segundo cientistas - Divulgação/easyJet
O check-in e a segurança de aeroportos não conferirão seu passaporte, mas seu coração, segundo cientistas
Imagem: Divulgação/easyJet

De Nossa

01/04/2023 04h00

Safáris a bordo de submarinos, hotéis customizáveis de acordo com suas preferências, simulações de viagens no metaverso, roteiros na Lua e o coração humano usado como passaporte: você consegue imaginar viver alguma destas experiências? Pois, de acordo com cientistas, elas serão realidade em 2070.

As apostas foram apresentadas no relatório "O futuro das viagens", elaborado pela companhia aérea easyJet. Nele, futurólogos e pesquisadores de outras áreas ofereceram hipóteses embasadas por avanços atuais e estudos em andamento de como será a experiência de desbravar novas paisagens daqui a quase 50 anos.

Sonhos antigos da humanidade, como os táxis voadores, podem finalmente sair do papel, segundo os estudiosos. No entanto, a maioria se aventura por áreas já em crescimento, como a inteligência artificial, o metaverso e as viagens espaciais civis.

Conheça as principais novidades, direto de 2070:

Provador virtual

Viajar será como comprar uma roupa, segundo a professora de economia e gestão de inovação da Birkbeck College, Birgitte Andersen, também presidente do Big Innovation Centre. "Assim como você prova as peças em uma loja hoje ou ouve amostras de uma música online antes de comprar [a faixa], experiências de realidade virtual [e óculos] se tornarão mais amplamente disponíveis na vida cotidiana", acredita.

Vai um passeio pelo metaverso antes de fazer as malas? - Lifestylememory/ Freepik - Lifestylememory/ Freepik
Vai um passeio pelo metaverso antes de fazer as malas?
Imagem: Lifestylememory/ Freepik

Assim, você poderá curtir primeiro uma simulação da viagem de antemão para decidir se o destino vale ser visitado. "Beneficiará aqueles que têm um tempo ou opções financeiras limitadas e precisam fazer uma escolha melhor, mais informada", prevê.

Visitinha à Lua

Em 2070, os viajantes não estarão restritos apenas ao mapa mundi para escolher seu próximo destino. Segundo a futuróloga e especialista em tendências Shivvy Jervis, em um período de 30 a 50 anos, as viagens curtas do tipo bate e volta para o espaço se tornarão uma realidade na esteira dos passos já dados por missões da Space X e Blue Origin, como a que levou o ator William Shatner — o capitão Kirk de "Jornada nas Estrelas" — à orbita da Terra em outubro de 2021.

No cardápio, poderá haver experiências de um legítimo astronauta na Lua com passeio de buggy na superfície do satélite, excursões a pé em trajes espaciais para explorar crateras e até brincadeiras e práticas de esportes em gravidade zero.

Hotéis subterrâneos ou subaquáticos

Aqui, o futuro já começou. A moda dos quartos e experiências de baixo d'água em paraísos como as Maldivas se tornarão a norma em 2070, justamente pelo desejo de explorar paisagens cada vez mais diversas.

The Manta Resort, na Tanzânia - Reprodução - Reprodução
The Manta Resort, na Tanzânia, está meio submerso
Imagem: Reprodução

"Um paraíso aquático onde a janela do seu quarto ofereça vista para cardumes de peixes nadando. [Ou ainda] no deserto ou em retiros nas montanhas — hotéis subterrâneos permitirão que experimentemos algumas das locações mais remotas e inabitáveis, a sete palmos."

Conrad Maldives - Divulgação - Divulgação
Conrad Maldives Rangali Island, nas Ilhas Maldivas, já têm quartos embaixo d'água
Imagem: Divulgação

Eles serão construídos nas camadas da Terra para se tornarem um com o ambiente e serem eficientes energeticamente. Estes hotéis se tornarão mais comuns à medida que a indústria de viagens e turismo responderá à demanda por experiências que vão além da superfície", acredita a especialista.

Experiências terapêuticas

O relatório lembra que o entusiasmo de viagens terapêuticas, com foco no bem-estar, existem desde os tempos das termas romanas construídas em Bath, no interior da Inglaterra, na Antiguidade. No entanto, os experts apostam que a tendência vai se intensificar devido a uma outra previsão, mais infeliz: o estresse vai crescer no século 21.

Termas Romanas de Bath, na Inglaterra - iStock - iStock
Termas Romanas de Bath, na Inglaterra
Imagem: iStock

Por isso, os estudiosos acreditam que médicos poderão prescrever viagens em 2070 como remédio, da mesma forma com que sacam o receituário para pedir uma dose de antibiótico. Retiros nas montanhas, banhos em lagos congelantes ou uma semana em resorts isolados e paradisíacos na Costa Rica serão considerados medicinais.

Passaporte bate no peito

A boa notícia é que as preocupações com guardar o passaporte e os bilhetes aéreos em local seguro e acessível antes de embarcar deverão ter desaparecido no futuro. Toda a documentação será digital — e a biometria terá um papel importante nesta transição.

Isto porque os acadêmicos acreditam que traços do rosto, impressões digitais, retina e, sobretudo, a "identidade" da batida do seu coração estarão seguramente armazenados em um banco global que dispensará a necessidade de apresentar um documento com nome, filiação, foto, assinatura e chip, como são os passaportes atuais.

Embarques biométricos, como o já existente no Aeroporto de Brasília, serão ainda mais modernos e eliminarão a necessidade de documentos - Divulgação - Divulgação
Embarques biométricos, como o já existente no Aeroporto de Brasília, serão ainda mais modernos e eliminarão a necessidade de documentos
Imagem: Divulgação

Filas no check-in e na segurança também vão desaparecer. "A infraestrutura de segurança dos aeroportos será incrivelmente sofisticada, mas ao mesmo tempo menos invasiva", especula a futuróloga Dra. Melissa Sterry. Ela imagina que, apenas ao chegar ao aeroporto, você será identificado por reconhecimento facial, o que indicará seu voo e suas informações de embarque serão enviadas ao seu smartphone ou smart watch do futuro.

Adeus, bagagem

Tanto o futurólogo Dr. Patrick Dixon quanto a professora Birgitte Andersen acreditam que as informações das tags nas malas serão enviadas junto com o seu passaporte digital à companhia e evitarão o despacho manual — sendo descarregadas automaticamente do trem ou táxi e indo direto para a aeronave, com checagens biológicas, químicas e de imagem no caminho.

Já o professor Graham Braithwaite, diretor de sistemas de transporte da Universidade de Cranfield, no Reino Unido, enxerga um futuro sem malas. "Em vez de levá-las nas férias, tudo o que você precisa é ter suas medidas", provoca. Ele acredita que haverá serviços de roupas nos destinos que serão fabricadas com impressoras 3D, técnica já usada pela estilista Iris Van Herpen.

Coleção outono/inverno de Iris Van Herpen na Semana de Moda de Paris 2020: As peças já foram produzidas com impressão 3D - Getty Images - Getty Images
Coleção outono/inverno de Iris Van Herpen na Semana de Moda de Paris 2020: As peças já foram produzidas com impressão 3D
Imagem: Getty Images

"Simplesmente informe seu destino das suas medidas através de um escaneamento corporal antes de voar e, ao chegar, você encontrará um guarda-roupa cheio de combinações no seu tamanho exato. Quando você partir, suas roupas poderão ser recicladas e reimpressas para o próximo turista. Não só isso reduzirá o estresse de fazer as malas, como a moda de férias será mais sustentável".

Aeroporto como destino

"O aeroporto do futuro será um destino, um lugar em que os clientes querem passar um tempo, similar ao Changi em Singapura hoje", aposta Braithwaite. Assim como já existe no aeroporto asiático, os terminais contarão com lojas, opções de lazer para crianças supervisionadas por robôs, além de massagens e lanches para os adultos.

Já é possível assistir uma aula para pilotar drone no aeroporto de Changi, em Singapura - Divulgação - Divulgação
Já é possível assistir uma aula para pilotar drone no futurista aeroporto de Changi, em Singapura
Imagem: Divulgação

Câmbio zero

Pagar por todos esses serviços com moeda estrangeira, dependendo de flutuações do câmbio ou taxas de impostos, também será coisa do passado. "Criptomoedas não têm custos de transação ou taxas de câmbio e são usadas no mundo todo, sem fronteiras. Viajantes vão ter menos despesas ao gastar no exterior, como resultado", imagina Birgitte Andersen.

As compras nos aeroportos poderão ser facilitadas pelas criptomoedas - Rafael Neddermeyer/Divulgação - Rafael Neddermeyer/Divulgação
As compras nos aeroportos poderão ser facilitadas pelas criptomoedas
Imagem: Rafael Neddermeyer/Divulgação

Com as criptomoedas, os experts imaginam que viajantes poderão reservar produtos no free shop no aeroporto de partida, pagando por meios digitais, e ter o seu pedido esperando por você no terminal de chegada — o que eliminará a necessidade de ter garrafas de bebida ou vidros de perfume voando pelo mundo.

Táxis voadores

Outra facilidade que os avanços tecnológicos deverão permitir em 2070 são escalas e baldeações mais rápidas e simples. "85% dos viajantes em muitos países chegarão [ao aeroporto] por transporte público movido a energia elétrica, incluindo veículos autônomos", acredita Dixon.

Um modelo em escala de um veículo aéreo elétrico, da empresa Supernal, estacionado já no Air-One - Adrian Dennis/AFP - Adrian Dennis/AFP
Um modelo em escala de um e-VTOL (veículo aéreo elétrico), da empresa Supernal, estacionado já no Air-One
Imagem: Adrian Dennis/AFP

Estes carros do futuro, assim como os Teslas de Elon Musk poderão viajar sozinhos, sem necessidade de motorista. Ele ainda visualiza uma chegada também por e-VTOL (aeronave elétrica de decolagem e aterrissagem vertical), uma espécie de táxi similar ao helicóptero. "Ao menos, 250 empresas já estão desenvolvendo estes veículos para viagens curtas", explica.

É bom lembrar que, em abril de 2022, o Reino Unido inaugurou o Air-One, primeiro aeroporto do mundo para drones e táxis voadores.

Voos mais confortáveis e luxuosos

Graças a avanços em design biomético — que copia formas e processos eficientes encontrados na natureza — as aeronaves devem ficar exponencialmente mais confortáveis do que conhecemos hoje. A futuróloga Melissa Sterry prevê o fim dos assentos padronizados e a substituição dos materiais por versões mais leves e confortáveis, mas sem abrir mão de segurança.

Os confortos de bordos serão customizáveis em 2070 - easyJet/easyJet via PinPep - easyJet/easyJet via PinPep
Os confortos de bordos serão customizáveis em 2070
Imagem: easyJet/easyJet via PinPep

Assim, quem está acostumado hoje a viajar apertadinho deverá ser capaz de voar em um assento customizado para o seu tipo físico. Materiais inteligentes devem adaptar a temperatura ao gosto do freguês e possuir capacidades antimicrobianas para manter a higiene do assento. "As aeronaves do futuro serão mais como um hotel de luxo nos céus, com bastante espaço para as pernas, lounge para socializar, bares para todos os passageiros e não apenas a primeira classe", aposta Shivvy Jervis.

Comissária de bordo no bar na classe executiva do Airbus A380 da Emirates - Johannes Eisele/AFP - Johannes Eisele/AFP
Já existem bares na classe executiva do Airbus A380 da Emirates -- e assim deverá ser para todo o avião no futuro
Imagem: Johannes Eisele/AFP

Passageiros de 2070 também serão capaz de pré-selecionar quais serviços de bordo desejam, o que incluirá o cardápio. "Já temos máquinas que podem pegar as bases de proteínas e criar diferentes pratos sob demanda. Você será capaz de escolher qualquer coisa que quiser comer e ter em sua frente em minutos", imagina Shivvy.

Já o entretenimento deverá dispensar as telinhas que conhecemos e substituí-las por hologramas e outros avanços que tornem os filmes em experiências imersivas.

Hotéis adaptáveis

O relatório projeta um futuro concierge pessoal que se apresentará ao viajante por holograma. Antes de chegar ao hotel, ele parará um carro autônomo (aquele sem motorista) para buscá-lo no aeroporto, alertará a equipe do hotel sobre sua chegada, seu check-in será feito de forma automática e robôs ou humanos poderão ajudá-lo com a bagagem. As portas das suítes deverão se abrir mediante reconhecimento facial, como os smartphones fazem atualmente.

As acomodações deverão ser customizáveis e inteligentes em 2070 - Divulgação/easyJet - Divulgação/easyJet
As acomodações deverão ser customizáveis e inteligentes em 2070
Imagem: Divulgação/easyJet

A decoração, a maciez da cama, os cheiros no ar e o som ambiente deverão ser ajustados para atender ao gosto do hóspede. "Pense no hotel em si como um organismo único que mistura inteligência artificial e humanos que controlam todos os aspectos de sua estadia", sugere Shivvy. "Uma assistente de quarto virtual [como uma "Super Alexa", a assistente da Amazon] a cumprimentará e a ajudará com tudo — desde pedir uma nova toalha à sugestão de um lugar para comer e às reservas".

As chaves em cartão, comuns hoje nos hotéis (foto), darão lugar ao reconhecimento facial para abrir as portas - Reprodução - Reprodução
As chaves em cartão, comuns hoje nos hotéis (foto), darão lugar ao reconhecimento facial para abrir as portas
Imagem: Reprodução

A arquitetura também mudará para acomodar as necessidades de hoteleiros, viajantes e do meio ambiente — já que será possível aproveitar mais espaços menores. Quartos deverão ser separados por paredes móveis, que poderão mudar de posição ou lugar. Portanto, personalização será mesmo a palavra-chave em 2070.

Painéis de energia solar ou turbinas de energia eólica seguirão em alta, mas o hotel do futuro poderá ser movido à energia dos próprios viajantes. Pisos interativos como o da Pavegen, que transformam os passos de quem caminha sobre eles em energia elétrica, já existem e dão uma ideia de como poderão ser as superfícies em 50 anos.

Em Dubai, 93 km deste tipo de pavimento cinético estão sendo instalados para gerar energia limpa atualmente. A partir desta ideia de sinergia ambiental, é possível que os hotéis invistam mais também em incorporar o mundo externo à sua estrutura, com cachoeiras internas e experiências virtuais imersivas, por exemplo.

Café da manhã impresso

Assim como no caso das aeronaves, o bufê de café da manhã de hotéis será transformado pelas impressoras 3D. Menus digitais não serão estáticos — o hóspede poderá digitar o prato desejado, segundo suas especificações, e sua refeição será impressa diante dos seus olhos com seus sabores e combinações favoritas.

Um bufê de hotel do futuro contará com um menu de porções de pratos que serão impressos em 3D -- e eliminar desperdícios - easyJet/easyJet via PinPep - easyJet/easyJet via PinPep
Um bufê de hotel do futuro contará com um menu de porções de pratos que serão impressos em 3D -- e eliminar desperdícios
Imagem: easyJet/easyJet via PinPep

As experiências se aproximarão, cada vez mais, do ideal do viajante. E este futuro já está mais próximo: engenheiros da Universidade de Columbia, nos EUA, imprimiram com sucesso um cheesecake este mês.

Manteiga de amendoim foi depositada sobre a camada de massa de biscoito durante o processo de impressão 3D do cheesecake - Jonathan Blutinger/Columbia Engineering - Jonathan Blutinger/Columbia Engineering
Manteiga de amendoim foi depositada sobre a camada de massa de biscoito durante o processo de impressão 3D do cheesecake
Imagem: Jonathan Blutinger/Columbia Engineering

De volta para o futuro

Se o desejo por aventura e experiências autênticas é que moverá o coração humano em 50 anos, caberá à inteligência artificial fazer o "match" entre o turista e seu roteiro de viagem, além das companhias ideais para cada tipo de passeio do mesmo jeito que hoje um site de compras usa seu algoritmo para aprender suas preferências e sugerir produtos.

Uma vez no local, as excursões serão complementadas com realidade aumentada. "A sobreposição de informação digital com o mundo real criará experiências inesquecíveis e intensas", acredita Shivvy Jervis. Trajes hápticos (de realidade virtual) permitirão que o visitante da Acrópolis de Atenas veja e ouça Sócrates debatendo na Ágora, por exemplo, ou que um turista seja capaz de ver Michelângelo pintando ao visitar a Capela Sistina no Vaticano.

Trajes hápticos como o da foto acima auxiliarão o turista a viver experiências ancestrais no futuro - Divulgação/Skinetic - Divulgação/Skinetic
Trajes hápticos como o da foto acima auxiliarão o turista a viver experiências ancestrais no futuro
Imagem: Divulgação/Skinetic

"Formas de realidade mista sobreporão imagens da paisagem para reconstruir visualmente o que aconteceu ali: em uma batalha famosa, as tropas surgindo ao seu redor [ou] estar sentada no meio da plateia aplaudindo as primeiras Olimpíadas da história. Em locais mais escuros, isso poderá ser uma forma de holograma projetado, enquanto em ambientes iluminados você poderá usar óculos [de realidade virtual]. Os trajes hápticos poderiam intensificar a experiência e fazer você sentir com cada fibra do seu corpo que você está realmente lá, experimentando tudo como teria sido todos aqueles anos atrás", especula Melissa Sterry.

Equipamentos como óculos de realidade virtual levarão os turistas do futuro em viagens no tempo, vendo de perto momentos históricos e maravilhas do passado como o Colosso de Rodes - easyJet/easyJet via PinPep - easyJet/easyJet via PinPep
Equipamentos como óculos de realidade virtual levarão os turistas do futuro em viagens no tempo, vendo de perto momentos históricos e maravilhas do passado como o Colosso de Rodes
Imagem: easyJet/easyJet via PinPep

Para quem não fala a língua de seu destino, a comunicação também ficará mais simples com o auxílio da tecnologia e tornará as experiências no local mais engajadas. Ou seja, nada de digitar tudo no tradutor do celular: equipamentos dentro do próprio canal auditivo, como um fone, traduzirão conteúdos e oferecerão sugestões em tempo real.

Safáris embaixo d'água (e sobre ela)

O universo aquático realmente estará em alta no futuro e uma das consequências dessa renovada paixão pelo mundo submerso será uma nova moda: os "sea-faris", safáris a bordo de submarinos para explorar a fauna e a flora no fundo do mar. A tendência, aliás, já começou a ganhar força: em um resort no Vietnã, um submarino leva viajantes a 100 metros de profundidade justamente para este tipo de experiência.

Experiências na superfície também terão seu lugar, mas o catamarã e o surfe serão coadjuvantes perto de hoverboarding e o e-foil, a prancha que permite surfar "voando" sobre o mar. Igualmente, o jet ski parecerá uma opção morna diante do jet pack, a mochila a jato para passear nos ares rente ao oceano.

Vestidos para aventura

Roupas inovadoras permitirão aos viajantes superarem seus próprios limites físicos para curtir férias com mais aventura do que podem suportar em 2023. Exoesqueletos em materiais leves e outros equipamentos biônicos darão ao corpo maior desempenho físico através de uma redução da carga metabólica e do desgaste muscular, apostam os cientistas. Este tipo de dispositivo, já usado por trabalhadores da construção civil, se tornará um nicho de mercado a ser explorado em 2070.

Exoesqueletos inteligentes ajudarão viajantes a viver experiências que demandam maior desempenho físico do que seu corpo permite, como escalar uma montanha, por exemplo - Divulgação/easyJet - Divulgação/easyJet
Exoesqueletos inteligentes ajudarão viajantes a viver experiências que demandam maior desempenho físico do que seu corpo permite, como escalar uma montanha, por exemplo
Imagem: Divulgação/easyJet

"Há mais de um bilhão de pessoas no mundo [atualmente] com alguma forma de deficiência. Em 2070, podemos esperar férias customizadas e algumas empresas deverão escolher especializar nesta área. Pense em hotéis adaptados para autistas e exoesqueletos para passear — por que alguém deveria perder a oportunidade de se divertir e ter o prazer de estar na natureza?", conclui Shivvy Jervis.