Príncipe William tem 'quarto secreto' em estádio de Londres. E nós entramos

Em novembro do ano passado, Nossa esteve na Inglaterra para conhecer alguns estádios da Premier League.

Ou seja: nós visitamos vários vestiários, gramados, museus, arquibancadas, salas de imprensa, zonas mistas, etc.

Embora os tours sejam separadamente muito interessantes, é natural que, quando feitos na sequência, acabem sendo um pouco repetitivos.

E é por isso o espanto quando chegamos em Wembley, provavelmente o lugar mais sagrado para os amantes do futebol inglês.

'Vamos conhecer as dependências reais?'

Nosso guia se chamava Chris, um típico inglês apaixonado por falar de futebol.

Cabelos grisalhos, bochechas rosadas e um olhar que se iluminou quando me apresentei como brasileiro.

A saudação foi um sinal verde para perguntas sobre futebol: "Por que Tite não convocou Bob Firmino?".

Chris nos levou no tour padrão das outras visitas guiadas: vestiários, zona mista, sala de coletivas de imprensa, arquibancadas, cabine de fotos, visita ao gramado.

Mas ele resolveu improvisar.

Este é um passeio especial e VIP, vamos conhecer as dependências reais?

A primeira parada foi na arquibancada: da próxima vez que observar as arquibancadas de Wembley, repare que nem todas as 90 mil cadeiras do estádio são vermelhas: seis delas têm um tom azul esverdeado e ficam no camarote real. E é só a cor que muda, são tão duras quanto as normais.

Embora a rainha Elizabeth 2ª tenha visitado várias vezes o Wembley original (demolido em 2003), o novo estádio está mais habituado a receber o Príncipe William, que também é presidente da FA, a Football Association, o que seria a CBF para o Brasil.

Além do camarote e as dependências internas — bar e restaurante —, o guia nos provoca:

Querem ver a sala onde William vai quando quer se afastar de todos?

Estávamos em um grupo internacional de jornalistas: Austrália, Estados Unidos, Dubai, Canadá, Coreia do Sul e Brasil.

E sabe o que todas as nações têm em comum? Paixão pela fofoca.

Todos se empolgaram.

Labirinto com crachás, senhas e acessos

Nos acessos do camarote, iniciamos uma sequência de portas embarreiradas por trancas automáticas que são liberadas por cartões de aproximação e códigos.

E aí lemos uma placa: "Royal Ante Room".

A porta se abre enquanto todos se espremem para entrar e registrar o local reservado exclusivamente para a realeza.

Admito ter pensado as coisas mais desconexas nesses segundos que a porta se abria: "Um trono? Uma cama king size? Um PlayStation 5? O que tem aí dentro?".

A então crescente expectativa se esvai mais rápido que o tempo que a porta leva pra se fechar: dois sofás pequenos e duros, duas cadeiras de qualidade questionável, uma mesa e uma TV de no máximo 35 polegadas.

Nada demais, né? Bom, é aqui que ele fica. Vocês deviam ver o olhar em suas caras.

Chris, pelo menos, se divertiu com a pegadinha.

Quanto é o tour?

Por ser o coração da confederação inglesa de futebol, Wembley é o lar de sua seleção e conta com o museu mais abrangente de todos: você verá muitas fotos icônicas, camisas clássicas, relíquias (principalmente da Copa de 1966) e boa parte da história do esporte inventado lá.

O passeio custa 24 libras (R$ 149) e dá acesso às arquibancadas, alguns bastidores, além dos vestiários e uma visita ao gramado por meio do túnel que os jogadores acessam.

*O jornalista viajou a convite da Visit Britain.