Como serão os navios de cruzeiro no ano de 2100? Spoiler: adeus bufê livre!
O futuro chegará de pinguim: é assim que o alemão Meyer Group — que produziu os gigantes dos mares Icon of the Seas e Odyssey of the Seas, da Royal Caribbean, e o Disney Wish, da Disney Cruise Line — imagina as viagens de cruzeiros em 2100.
Em março, a empresa apresentou seu novo conceito de embarcação em um evento em Fort Lauderdale, na Flórida: "Reverse". O projeto deste navio imaginário é um exercício de idealismo, que cogita como deverão ser os cruzeiros daqui a 77 anos.
A principal aposta do Meyer Group é na aerodinâmica: o Reverse teria o formato de um pinguim feito de pedra, com fachada de vidro e áreas de "jardins urbanos", além de pistas de pousos de drones. Outras áreas públicas formariam o coração do navio.
Suas cabines seriam modulares, construídas destacadas do casco externo. "O navio é baseado em megatendências globais e é uma das (mas não a única) resposta lógica a elas", explica Tim Krug, Chefe de Desenvolvimento de Conceito do Meyer Group, em comunicado à imprensa.
Adeus aos grandes bufês all-inclusive
"Por exemplo, apenas oferecemos pequenas áreas para restaurantes que servem mais como locais de encontros sociais porque imaginamos que grande parte dos nutrientes serão consumidos em forma concentrada como pílulas", especula. Assim, os restaurantes com farta oferta de comida e cardápio variado, verdadeiros banquetes de bordo, estariam com os dias contados.
"Do ponto de vista atual, às vezes surgem abordagens extremas, mas é igualmente importante pensar nelas e desenvolver respostas a partir [destes cenários]", pondera.
Materiais sustentáveis e novas fontes de energia
O Reverse e outros cruzeiros do futuro deverão se "alimentar" de energia das ondas obtida a partir de "asas" em seu casco, além de células de energia solar, eólica e combustíveis alternativos como o metanol, abrindo mão totalmente dos fósseis.
Suas estruturas também deverão ser compostas de materiais sustentáveis: cerca 90% do Reverse aproveitaria material reciclado ou, ao fim de sua vida nos mares, poderia ser novamente reciclado sem deixar resíduo.
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