Estes 10 parques de diversões 'fantasma' sumiram do mapa; saiba por quê
Parques de diversão contam a história de um tempo e de um lugar porque refletem os sonhos, as modas e o humor de seus frequentadores. Nada mais natural então que aquilo que os torna idílicos, engraçados ou emocionantes mudasse com o passar das décadas.
Por isso, muitas das mecas da alegria já desapareceram do mapa deixando pouco ou nenhum rastro. Outros se transformaram em versões tão diferentes do que um dia foram que há quem nem suspeite do seu passado.
"Pensamos em parques de diversões como lugares vibrantes, coloridos, barulhentos e felizes. Mas um parque abandonado é seu completo oposto. Destruído. Vazio. Quieto. Para as pessoas que os procuram, há este senso de descoberta, de encontrar os seus vestígios e tentar reconstruir o que estava lá em sua mente", comentou à CNN americana Jim Futrell, da Associação Histórica de Parques de Diversão dos EUA.
Particularmente curiosos há décadas — e até mais de um século — atrás, estes dez parques temáticos entraram na seleção da CNN Travel justamente porque se tornaram "destinos fantasmas" nos últimos anos. Saiba como:
Berliner Spreepark, na Alemanha
Aberto pelas autoridades comunistas da RDA (República Democrática da Alemanha) em 1969 para divertir o proletariado da então Alemanha Oriental, ele se chamava originalmente "Kulturpark Plänterwald" ou Parque Cultural Plänterwald, em referência à região ao norte de Berlim onde estava situado.
Com a queda do muro e a reunificação do país, ele foi ocidentalizado em seu estilo, mas acabou perdendo apelo entre o público e fechou em 2001. Seu terreno, contudo, se transformou em um grande parque público que vem sendo revitalizado. Algumas das antigas atrações comunistas ainda podem ser vistas e o governo pretende reabrir a icônica roda-gigante, segundo a CNN.
Mimaland, na Malásia
O parque na região metropolitana de Kuala Lumpur tinha em seu nome um acrônimo para "Malásia em Miniatura". Em funcionamento de 1975 a 1994, este teria sido o primeiro parque temático do sul asiático e divertia frequentadores com um largo artificial, uma enorme piscina com quedas d'água e uma área que simulava uma selva em temos pré-históricos.
Um enorme deslizamento de terra nos anos 90 danificou sua estrutura e causou problemas de segurança, o que levou o governo a impor seu fechamento. Quase 30 anos depois, o parque foi completamente tomado pela mata, mas ainda é possível avistar de longe seus dinossauros, carrinhos e outras atrações no meio da floresta.
Camelot Theme Park, na Inglaterra
De 1983 a 2012, este parque foi uma das principais atrações do interior de Lancashire, região para onde Sir Lancelot teria fugido na lenda medieval, revivendo os contos do Rei Artur e os Cavaleiros da Távola Redonda em seus brinquedos e encenações.
Além de batalhas de cavaleiros montados, o show de mágica do mago Merlim, além de montanhas-russas inspiradas por dragões e outros contos da época eram seus grandes atrativos. Com o esmorecido do interesse no parque, eventualmente veio seu fechamento.
Em seguida, o local virou um drive-thru zumbi. Atualmente, ele abriga a "Scare City", uma experiência de terror nas ruínas de Camelot.
Six Flags New Orleans, nos EUA
A marca Six Flags, com suas montanhas-russas radicais, geralmente é sinônimo de sucesso nos EUA. No entanto, o Katrina garantiu que o parque de Nova Orleans durasse apenas cinco anos — ele fechou depois que o furacão inundou a área e a cobriu em mais de 1,80 metro de água por mais de um mês em 2005.
Antes da tempestade, as seis áreas temáticas tinham atrações inspiradas em heróis da DC Comics, personagens da Looney Tunes, além de suas estrelas: a montanha-russa Zydeco Scream e a queda Ozark Splash. Em março, a cidade de Nova Orleans anunciou que transformará o local em um estúdio de cinema, um centro de entretenimento familiar e um complexo esportivo.
Nara Dreamland, no Japão
Lançado em 1961 como uma espécie de versão japonesa da Disneyland, na Califórnia, o parque buscava oferecer o mesmo tipo de magia com os seus genéricos "Castelo da Bela Adormecida", "Tomorrowland" e "Adventure Jungle Cruise", tradicionais atrações do original americano.
O sucesso estrondoso inicial entrou em declínio quando a própria Disneyland desembarcou em Tóquio em 1983, "roubando" seus frequentadores. Em 2006, o Nara Dreamland finalmente fechou. Suas ruínas atraíram curiosos por uma década, até que ele foi finalmente demolido.
No local funcionam ainda apenas dois restaurantes de estilo americano, Coco's e Il Bene Italian Buffet, que serviam ao público do parque, e dois estádios esportivos que eram parte do complexo.
Jardin de Tivoli, na França
Um dos primeiros parques de diversões do mundo, o Jardin de Tivoli em Paris foi criado no final do século 18 por Simon Gabriel Boutin com atrações aquáticas, performances de pantomimas, um zoológico e exposição de minerais. Mesmo após Boutin ter sido morto na Revolução Francesa por "ostentação de riquezas", o parque seguiu aberto com novo dono.
Foi nesta fase que ele ganhou uma roda-gigante, montanha-russa, labirintos e shows de acrobacias. Com o replanejamento urbano da cidade, o parque frechou em 1842. Seu único vestígio é a Praça Hector Berlioz, antes parte de seus jardins e conhecida como Nouveau Tivoli no lançamento em 1859.
Parque de Diversão Pripyat, na Ucrânia
Construído nos anos 80, o Pripyat tinha acabado de ser finalizado quando aconteceu o acidente nuclear de Chernobyl, em 1986, a cinco quilômetros de distância. Com todo o terreno contaminado pela radiação, além das fatalidades na região, ele nunca chegou a ser inaugurado.
Sua roda-gigante e carrinhos seguem abandonados próximo à usina, relembrando o mundo do maior desastre nuclear da História.
Yongma Land, na Coreia do Sul
Ativo de 1980 a 2011, Yongma Land era um parque pequeno com carrosséis e carrinhos que acabou sumindo do radar de interesse do público com a abertura do complexo de entretenimento Lotte World. No entanto, ele segue popular mesmo depois de fechado, servindo de locação para produções de tevê, editoriais de moda e ensaios de casamento.
Para entrar, ainda hoje, é necessário pagar uma taxa de 10 mil wons ou R$ 38,15.
Cypress Gardens, nos EUA
Apesar de estar fechado desde 2009, é possível que você já tenha pisado no Cypress Gardens. Isto porque parte do seu complexo aberto em 1932 com jardins e atrações aquáticas — como shows de acrobacias — foi incorporado a outro parque: a Legoland Florida.
O Cypress Gardens deixou de servir ao público com a crescente modernização dos parques de Orlando, que atraíam mais e mais visitantes — para longe de seus jardins. Se o verde ainda pode ser visto na Legoland, seu famoso espetáculo de ski aquático deu lugar a um show temático de piratas.
Ho Thuy Tien, no Vietnã
O antigo parque aquático aberto em 2004 funcionou intermitentemente até 2011, quando problemas financeiros levaram ao seu fechamento permanente.
Mas o dragão gigante de concreto, que antes abrigava um aquário, ainda pode ser visto no seu lago e atrai turistas curiosos por esta atração não oficial. Especialmente porque suas ruínas parecem contar uma história de milênios, em vez do passado recente do século 21.
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