Influencer reclama de voo de 6 horas com Avianca: 'Não serviram nem água'
Caio Ramon, 29, conhecido nas redes sociais como Caio Travels, relatou aos seguidores sua experiência em viagens recentes na América do Sul com a companhia aérea colombiana Avianca. A Nossa ele disse que ficou indignado pela companhia aérea não oferecer cortesia aos clientes considerando o valor pago pelos bilhetes aéreos.
O que aconteceu?
O influenciador digital de viagens Caio Ramon (@caiotravels) fez uma viagem a Curaçao, no Caribe, com conexão na Colômbia. Ele pegou um voo da Avianca que saiu de Guarulhos para Bogotá em viagem de cerca de seis horas no dia 15 de maio, e outro de retorno na última sexta-feira (26).
Sem comida e água de graça nas ida e na volta. Caio conta que a companhia aérea não serviu nenhum tipo de alimentação e nem água aos clientes: "Eu pedi água e vi outros passageiros pedindo e eles cobram em dólar, o que dá mais de R$ 20 por uma garrafinha. Um sanduíche simples de presunto e queijo dá mais de R$ 30", escreveu no Instagram.
Primeira vez. "Eu já tinha viajado de Avianca para ir até San Andrés (conexão Cartagena) e também não serviram nada. Essa foi a primeira vez que eu documentei isso e tive a certeza que é sempre assim", explica o viajante em entrevista a Nossa.
Desabafo serve de alerta. O influencer falou que uma das motivações para publicar na rede social a experiência era para alertar os seguidores. O vídeo já acumula quase meio milhão de visualizações.
Outro motivo para publicar também foi mostrar indignação para a própria empresa que vende passagens a R$ 2.900 e não oferece nenhuma cortesia/gentileza a seus clientes, Caio Ramon, influenciador digital de viagens.
Low-cost sul-americana?
Há seis meses, a Avianca divulgou um comunicado anunciando um programa de vendas a bordo a partir de dezembro de 2022. Na prática, a empresa deixaria de oferecer refeições gratuitamente em seus voos em voos domésticos na Colômbia e no Equador e em voos internacionais dentro das Américas.
A exceção pela cobrança do serviço ficou restrita nas viagens a partir da Europa, e na rota Bogotá-Los Angeles e vice-versa, nos quais o serviço de refeições continuaria a ser incluído em cada um dos tipos de tarifas.
A empresa justificou que as mudanças vieram em alinhamento "com as tendências do setor, que permitem aos clientes continuar usufruindo de viagens sob medida, pagando somente pelos serviços e produtos que desejam".
"Por meio do nosso esquema de tarifas, os clientes já decidem como voar e agora podem escolher o que comer durante o voo. Desta forma, continuamos em sintonia com as tendências da indústria e os clientes, consolidando nossa proposta de ser uma Avianca para todos", disse Frederico Pedreira, Diretor de Operações da Avianca, no comunicado.
Entretanto, segundo Caio, as mudanças não refletem necessariamente em redução de custos ou melhorias aos clientes. "É muito fácil uma cia aérea se denominar low-cost sendo que os valores continuam um absurdo e a única coisa que se tornou low-cost é o serviço de bordo. É low-cost para a cia, pra gente não", reclamou Caio Travels nos Stories do Instagram.
A Anac (Agência Nacional de Avião Civil) foi contatada por Nossa e afirmou que não há obrigatoriedade do serviço de bordo em voos nacionais ou internacionais que partem de território brasileiro, pois é um serviço acessório ao transporte aéreo e não é regulado pela agência. "Cabe às empresas aéreas decidir sobre sua oferta ou não aos passageiros".
Após publicar o vídeo, o influenciador foi contatado pela Avianca via mensagem direta no Instagram: "Recebi um direct com um português meio que traduzido de forma errada pedindo para que eu escrevesse um formulário explicando como foi minha experiência".
Questionada por Nossa sobre a cobrança do serviço de bordo em seus voos, a Avianca confirmou que é a nova prática da empresa para itens do menu, mas que água pode ser solicitada gratuitamente: Diz o comunicado enviado à reportagem: "Uma das mudanças [para adaptar-se ao formato low-cost] está centrada na personalização dos serviços, permitindo que o cliente pague pelo que vai usar ou consumir em sua viagem. No caso específico do serviço de bordo, a companhia aérea tem um menu de bordo disponível para os clientes comprarem o que desejarem e, caso precisem de água, podem solicitá-la gratuitamente aos atendentes na cozinha traseira da aeronave".
Apesar da experiência, Caio disse que voaria novamente com a empresa, porém, apenas se fosse a opção mais barata: "Se fosse um valor muito similar que o da Copa Airlines, por exemplo, optaria pela Copa que serve refeições e até cobertor".
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