Set de 'Barbie' esgotou tinta de parede rosa, diz diretora
O filme "Barbie", com Margot Robbie e Ryan Gosling, nem mesmo chegou aos cinemas e já impactou a moda e a decoração globais.
À revista Architectural Digest, a diretora Greta Gerwig revelou que a construção dos sets que reproduziram a casa da boneca — entre outros cenários clássicos do universo da personagem — esgotou seu específico tom pink de tinta de parede internacionalmente.
"O mundo ficou sem pink", entregou. A cor a que ela se refere é o rosa florescente da marca Rosco, que foi usado extensivamente nos três andares dos estúdios da Warner Bros. na região metropolitana de Londres.
O uso extravagante da tinta foi intencional. "Manter aquela 'coisa de criança' era primordial. Eu queria que os rosas fossem bem vibrantes e tudo fosse quase excessivo. Não queria esquecer aquilo que me fez amar a Barbie quando eu era uma menininha", explica a diretora.
Greta ainda revelou que, ao transpor para as telas os elementos da boneca, constatou que Barbie não tem privacidade alguma. "Não há paredes ou portas. Casas dos sonhos pressupõem que você nunca tem nada que deseja que seja particular — não há lugar para se esconder."
Residências modernas da metade do século 20 da região de Palm Springs, no sul da Califórnia, serviram de inspiração para a casa de boneca e outros espaços do set do filme, segundo a designer de produção Sarah Greenwood e a decoradora de sets Katie Spencer, que já trabalharam juntas nos cenários dos dramas de época "Orgulho & Preconceito" e "Anna Karenina".
Entre as referências mais fortes estiveram a famosa casa Kaufmann, onde já morou o cantor Barry Manilow. "Tudo daquela era acertava na mosca como tornar a Barbie real neste mundo irreal", acredita Sarah Greenwood. Em toda parte também pode-se ver palmeiras e montanhas, como é típico da paisagem local.
Nem Sarah ou Katie jamais tinha tido uma casa da Barbie na infância, então as experts compraram uma para estudá-la. "A escala era bem estranha", comentou a decoradora. Elas tiveram que ajustar as proporções dos cômodos para que eles se tornassem 23% menores do que o tamanho humano no set.
"O teto era realmente bem próximo da cabeça de alguém, e você só precisa dar alguns passos para cruzar a sala. Tem aquele estranho efeito de fazer os atores parecerem grandes dentro de um espaço, mas pequenos no geral", observou Greta à publicação.
Eu queria capturar o que era tão ridiculamente divertido nas casas da Barbie. Por que descer as escadas quando você pode escorregar até cair na piscina? Por que subi-las quando você pode pegar um elevador que combina com o seu vestido?" Brinca Greta Gerwig.
Para isso, ela se inspirou tanto em versões passadas da casa da Barbie, como a boêmia dos anos 70 e a mansão vitoriana dos anos 2000 com cadeiras de Philippe Starck, como também em referências cinematográficas de "As Grandes Aventuras de Pee-Wee" e de "Sinfonia de Paris", com Gene Kelly.
Greta decidiu que o set deveria ser o mais detalhado possível e por isso optou por ter um fundo pintado à mão servindo como céu e as montanhas San Jacinto em vez de usar efeitos especiais. O objetivo? Conseguir uma "artificialidade autêntica". "Estávamos literalmente criando o universo paralelo da Terra da Barbie. Tudo precisava ser tangível, porque brinquedos são, acima de tudo, coisas que você pode tocar."
A casa da Barbie dos cinemas ainda contará com outros detalhes, como um closet e mostruários de looks, uma piscina com escorregador, sala de jantar e estar no primeiro andar, entre outras características vistas nos brinquedos. O filme "Barbie" chega aos cinemas no Brasil em 20 de julho de 2023.
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