'O poder da virilha à mostra': marca brasileira chegou à tour de Beyoncé
"Eu quero ir aonde ninguém foi. Você já se divertiu assim?", canta Beyoncé em "Cuff It". Quem pode ter uma resposta para essa pergunta é uma marca brasileira.
A Rolling é quem veste os looks de Nicolle Williams, dançarina responsável pela coreografia de pole dance na "Renaissance Tour" — turnê que está girando o mundo atualmente e promete ser uma das mais lucrativas da história. Antes disso, a profissional usou peças da mesma marca também em uma turnê do rapper Snoop Dogg.
Desde seu surgimento, em 2017, a Rolling se destacou por suas peças criativas, de acabamento sofisticado e imagem marcante e em pouco tempo se tornou referência para praticantes e profissionais do pole dance.
Em seguida, começou a alcançar um público mais amplo, com roupas sexy e ao mesmo tempo possíveis para variados corpos e idades.
Sexy no pole ou em casa
"A marca nasceu de uma necessidade", explicam Evilásio Miranda e Raquel Peréa, fundadores da etiqueta.
Há seis anos, a dupla tinha acabado de ampliar o studio de pole dance do qual eram sócios — e os alunos, tanto homens como mulheres, precisavam de acessórios que os ajudassem na performance, em especial para o floorwork, passo de dança que envolvem movimentos no chão. "Então desenvolvemos joelheiras e meias próprias para a prática. Essa foi a semente da marca".
Primeiro, vieram os acessórios. Em 2018, vieram então os hamesses de corpo, acessórios elásticos e ajustáveis que complementam o look de forma sensual — esse foi o lançamento que abriu as portas da Rolling para o mercado internacional, além do mercado plus size.
Em 2019 e 2020, as roupas começaram a serem criadas por eles, como bodies supercavados e fio dental — sendo esses os mais vendidos, entre outros.
"Com a pandemia e a explosão dos conteúdos sensuais nas redes sociais, essas peças fizeram um enorme sucesso", relembram Evilásio e Raquel.
As pessoas compravam para sensualizar em casa. A partir daí não paramos mais de fazer roupas, que se tornaram nosso carro-chefe".
Sexy sem excluir
Nas palavras dos fundadores da marca, o pole dance é mais do que uma dança ou ginástica. "É um direcionamento de lifestyle", dizem. A sensualidade e diversidade são dois pilares que regem o processo criativo por trás das roupas — feitas de poliamida com elastano e com muita pele à mostra, para garantir a fixação na barra, e que estão disponíveis do tamanho PP ao G5.
"Nossa comunidade é diversa em muitos aspectos, então nossa existência se baseia nisso", explicam os fundadores.
"Um ponto que consideramos muito importante é mostrar que uma roupa nossa, para um manequim maior, tem praticamente a mesma modelagem do manequim padrão. Não 'adaptamos', não 'cobrimos mais'. A mesma cava e o mesmo fio-dental da menina PP estão presentes na menina G5", explicam sobre a modelagem.
"Fazemos uma roupa que leva uma mensagem de poder, de possibilidades".
Fetiche geral
Como levar essa sexualidade para fora das quatro paredes? A tendência do fetishwear nunca esteve tão em alta — o que pode se tornar um momento propício para a marca focada no pole dance. "Nossas roupas são podem ser usadas montar um look de festa, de festival, de praia", justificam.
Sobre essas possibilidades, a dupla crava:
Queremos mostrar pra todo mundo o poder que tem uma virilha à mostra".
Quando questionados sobre o futuro — e o que pode ser ainda mais entusiasmante do que estar no palco com Beyoncé —, Evilásio Miranda e Raquel Peréa afirmam o desejo de ampliar o alcance do discurso.
"Trazemos uma mensagem poderosa de autoestima e amor-próprio, e sabemos que as pessoas precisam disso", comentam.
Figurino da nova balada
Os próximos passos — mais concretos, tem como um dos destinos é a Love Cabaret — antiga e famosa Love Story, no Centro de São Paulo, que passou por uma renovação recentemente.
A Rolling será a responsável por vestir as apresentações de pole dance, que "pretendem ampliar as noções de corpo e fetiche com performances que partem do desejo".
As criações são para sete artistas, com shows distintos. Cada um com vontades, corpos e ideias de liberdade diferentes, o que fez parte do desenvolvimento dos figurinos.
"O processo criativo transitou entre momentos de iluminação e caos. O desafio era fazer roupas lindas para serem despidas e revelarem novas camadas igualmente lindas", diz Evilásio.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.