Suécia ganhará a maior cidade de madeira do mundo; saiba como será
A Suécia abrigará, em um futuro próximo, a maior cidade de madeira do mundo, anunciou na terça (20) o escritório de desenvolvimento urbano sustentável Atrium Ljungberg, responsável pelo projeto.
As obras devem começar já em 2025 e os primeiros prédios têm previsão de finalização para 2027. O complexo ficará em Sickla, uma espécie de antiga área industrial convertida em parque comercial nos arredores de Estocolmo que, por isso, levará seu nome.
"Estamos orgulhosos de anunciar a Cidade de Madeira de Estocolmo. Não é apenas um passo importante para nós como empresa, mas um marco histórico para as capacidades de inovação suecas", disse Annica Anas, CEO da Atrium Ljungberg, em comunicado à imprensa.
Toda a cidade deverá ter cerca de 250 mil metros quadrados, com uma variedade de construções: cerca de 7 mil escritórios, 2 mil unidades residenciais, lojas e restaurantes espalhados por 25 quarteirões. Seu objetivo é se tornar a maior comunidade com estrutura em derivados de madeira em todo o planeta, em uma espécie de "previsão para o futuro", espera Annica.
"Há uma forte demanda [de inquilinos] para soluções inovadoras e sustentáveis", observou à Architectural Digest. É aí que entra a madeira, um material muito utilizado no passado e com boa performance, pois é considerada mais sustentável que aço e concreto, que emitem mais poluentes. Derivados de madeira artificiais ainda podem ser à prova de chamas graças às misturas estruturais com outros compostos.
Recorrer a eles, portanto, em tempos de incêndios florestais e mudanças climáticas é parte da estratégia. Segundo a Atrium Ljungberg, prédios em madeira também minimizariam impactos à saúde humana pois "oferecem melhor qualidade de ar, reduzem estresse, aumentam a produtividade e armazenam o gás carbônico durante seu tempo de uso."
Como o escritório de urbanismo já atua em Sickla há mais de 20 anos, quando começou o processo de conversão da antiga área industrial em bairros, sua estrutura é planejada para facilitar a locomoção. Cerca de 400 empresas já estão instaladas na região e futuros moradores, estudantes e trabalhadores da cidade de madeira deverão encontrar o que precisam em caminhadas de até cinco minutos, estimam os designers.
Esta característica, contudo, não é apenas uma comodidade, mas também uma proposta de reduzir emissões de carbono graças ao uso de transportes públicos, como ônibus, por exemplo. "Queremos criar um ambiente em que aqueles que vivem e trabalham aqui possam participar do desenvolvimento do distrito do futuro", provocou ainda Annica.
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