De M&M's a chiclete: conheça alimentos banidos em alguns países do mundo
Não estamos falando dos ultraprocessados que você baniu da sua dieta fitness e nem daquele refrigerante geladinho que só serve para encher o seu corpo de açúcar. Existem alguns alimentos que são proibidos pelas agências sanitárias e governos de alguns países por mais motivos que proteger a saúde dos consumidores — ainda que seja essa a razão na maioria dos casos.
Questões éticas, legais, políticas e mesmo religiosas fazem com que algumas comidas e bebidas não possam ser comercializadas.
Algumas delas são bastante curiosas. Você sabia, por exemplo, que chiclete é proibido em Singapura? Ou que os confeitos de chocolate M&M's não entram na Suécia?
Veja a seguir a lista de alimentos banidos pelo mundo.
Caviar Beluga
Beluga é um dos tipos de caviar mais caros e raros de se encontrar. As ovas vêm do esturjão beluga, uma espécie de peixe que habita o Mar Cáspio e pode viver até 100 anos, mas é considerada em extinção por causa da sobrepesca ilegal.
Desde 2005, o Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos Estados Unidos proíbe a importação desse tipo de caviar no país.
Foie gras
Foie Gras nada mais é do que o fígado de ganso ou pato inflamado propositalmente. Para se chegar ao padrão comercial, os animais são alimentados à força até o fígado atingir seu tamanho máximo, condição chamada esteatose hepática.
As críticas de crueldade animal fizeram o foie gras ser banido em inúmeros países, incluindo Austrália, Argentina, Reino Unido, Dinamarca, Finlândia, Alemanha e outros. No Brasil, um projeto de lei de 2020 tramita para proibir a produção e o consumo de foie gras.
Casu Marzu
Esse tipo de queijo tradicional da Sardenha é preparado com larvas de moscas. Chamado de "queijo podre", as peças de Casu Marzu costumam ser servidas ainda com as larvas vivas rastejando pelo queijo.
Por questões sanitárias, a produção comercial e o consumo da iguaria não é permitido na Itália e em nenhum outro país do mundo.
Peixe Fugu
O peixe fugu, no Brasil conhecido como Baiacu, é considerado uma super iguaria no Japão, mas é perigosíssimo de preparar e comer. Para não expelir toxinas, o peixe fica vivo até a hora do preparo.
Os cozinheiros japoneses treinam anos e precisam ter uma licença especial para garantir que não vão envenenar os clientes. O consumo da espécie é proibido em muitos países fora da Ásia, incluindo toda a União Europeia.
Barbatana de tubarão
Sopas feitas com barbatanas são super populares na China, Japão e outros países asiáticos. No entanto, a prática é recriminada em quase todos os países ocidentais, que coíbem a pesca, a importação e o consumo de barbatanas.
Normalmente, os tubarões são caçados, têm as barbatanas cortadas e depois são soltos para morrer no oceano.
Ortolan
Ortolan é um tipo de passarinho de origem francesa que entrou em risco de extinção após décadas de caça desenfreada para consumo humano. Hoje em dia, a França proíbe expressamente a caça, venda e consumo de ortolan, que também é ilegal nos outros países europeus.
No passado, a ave era uma iguaria restrita à nobreza francesa. Antes de chegar ao prato, os passarinhos são vendados e presos em uma caixa com comida, engordando até 4 vezes o peso normal. Depois, são afogados em uma bebida alcoólica semelhante ao conhaque e fritos inteiros.
Samosas
A receita indiana é uma espécie de pastelzinho recheado com legumes. O salgado é o snack mais popular da índia e de qualquer restaurante indiano no mundo, mas foi proibido na Somália em 2011.
O grupo extremista islâmico al-Shabab, que controla a Somália, proibiu a venda e consumo do alimento alegando que a comida é "ocidental demais". Segundo a mídia indiana, o formato triangular teria sido interpretado como a santíssima trindade, ofendendo os islâmicos da Somália.
M&M's
Em 2016, um tribunal sueco emitiu uma decisão contra a fabricante dos famosos M&M's em uma disputa de registro de marca. A controvérsia surgiu devido à semelhança entre os M&M's e os amendoins cobertos com chocolate da Mondelez, vendidos sob a marca Marabou, que apresentava um único "m" na embalagem.
O tribunal considerou que os M&M's não podem serem comercializados no país porque são idênticos aos doces que a Marabou vende na Suécia desde 1960.
Absinto
Destilado à base de anis e outras ervas como losna e funcho, o absinto foi criado para fins medicinais no século 16, mas acabou se popularizando como uma bebida alcoólica. Com teor alcoólico que pode chegar a 80%, a bebida é acusada de causar alucinações em quem passa da dose.
Por esse motivo, o absinto é proibido em vários países como Nova Zelândia, Austrália e Estados Unidos. No Brasil, a bebida é liberada, mas precisa ter no máximo 54% de álcool.
Chiclete
Singapura é um dos países com as normas mais rígidas do mundo. Por lá, mascar chiclete é crime desde 1992. A lei passou a existir simplesmente para manter a cidade livre dos chicletes mascados nas calçadas. O único tipo de goma de mascar permitida são as com fins medicinais, que precisam de prescrição médica.
Leite cru
Talvez você já tenha tomado uma caneca de leite recém-tirada da teta da vaca na casa da sua avó do interior. Mas comercializar leite cru são outros quinhentos.
Sem o processo de pasteurização que serve para matar as bactérias presentes no leite, a bebida é extremamente perigosa. E não, o leite pasteurizado não é nutricionalmente pior que o de caixinha. As agências sanitárias de quase todos os países do mundo, incluindo do Brasil, proíbem o comércio de leite cru.
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