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Fila de visto americano cai pela metade em SP; capitais têm forte queda

A fila de espera pela entrevista ao visto americano está mais curta nos consulados e na Embaixada no Brasil - Getty Images/iStockphoto
A fila de espera pela entrevista ao visto americano está mais curta nos consulados e na Embaixada no Brasil Imagem: Getty Images/iStockphoto

De Nossa

05/07/2023 15h51

A "fila" pela entrevista de quem se candidata ao visto de turista (B1/B2) para visitar os Estados Unidos caiu a menos da metade em São Paulo. Nos consulados do Rio de Janeiro, Recife, Porto Alegre e na Embaixada em Brasília a situação também está consideravelmente mais ágil, apurou Nossa nesta quarta (5).

No início de junho, a espera era de 615 dias — ou cerca de um ano e oito meses — entre a data do agendamento e o comparecimento à seção consular de São Paulo. Agora, o período é de 251 dias, isto é, pouco mais de oito meses.

Também há um mês, o congestionamento da fila era bem maior no Rio de Janeiro: 478 dias ou quase um ano e quatro meses. Atualmente, a demora é de 126 dias ou pouco mais de quatro meses.

Em Porto Alegre, o cenário mudou de 507 dias (quase um ano e cinco meses) para 273 dias ou cerca de nove meses. Em Recife, a fila foi dos 449 dias — aproximadamente um ano e três meses — no início de junho para 296 dias ou quase 10 meses nesta primeira semana de julho. Por fim, em Brasília o hiato entre agendamento e entrevista era de 493 dias (cerca de um ano e quatro meses) e agora é de 154 dias ou pouco mais de cinco meses.

Centro de Atendimento ao Solicitante de Visto em São Paulo: Quem solicita a renovação do visto apenas entrega os documentos no local e não precisa se submeter à entrevista - Renato S. Cerqueira/Futura Press/Folhapress - Renato S. Cerqueira/Futura Press/Folhapress
Centro de Atendimento ao Solicitante de Visto em São Paulo: Quem solicita a renovação do visto apenas entrega os documentos no local e não precisa se submeter à entrevista
Imagem: Renato S. Cerqueira/Futura Press/Folhapress

Durante a pandemia, os EUA deixaram de emitir autorizações de entrada não emergenciais para estrangeiros. No entanto, desde que o país reabriu suas fronteiras para o turismo em novembro de 2021, a enorme demanda de viajantes interessados se acumulou aos pedidos pelo documento realizados antes da covid-19 e até então ainda não atendidos, o que criou longas esperas pelo visto do tipo B1/B2.

É importante lembrar que aqueles que já possuem um visto B1/B2 próximo ao vencimento ou vencido há até 48 meses podem solicitar a renovação — um procedimento bem mais ágil porque dispensa a entrevista e exige apenas a entrega de documentos no Centro de Atendimento ao Solicitante de Visto. Neste caso, as esperas são ainda menores: 21 dias em São Paulo, oito dias no Recife, três dias em Porto Alegre e apenas um dia no Rio de Janeiro e em Brasília.

Emissão de vistos de turista está mais cara

Os vistos de não imigrantes que não necessitam de petição — ou seja, o apoio ou "patrocínio" de empresas ou indivíduos — como é o caso dos vistos de turistas (B1/B2) ficaram mais caros desde 17 de junho. A taxa cobrada para a emissão do documento passou de US$ 160 (R$ 775) a US$ 185 (R$ 896), um aumento de cerca de 15,6%. No entanto, o valor final ainda é menor do que o sugerido pelo órgão em dezembro: US$ 245 ou R$ 1.186,80.

O último reajuste dos valores havia sido feito em 2012, embora parte da lista de vistos afetados pela atual tabela tenha sofrido alterações em 2014, segundo informações do jornal El País. Os vistos de turista não foram os únicos que ganharam novos valores — os valores mudam também para intercambistas, viajantes a negócios, trabalhadores temporários, entre outros.

Conhecer os parques da Disney, um sonho para muitos brasileiros, ficará mais caro - Abigail Nilsson/ABC via Getty Images - Abigail Nilsson/ABC via Getty Images
Conhecer os parques da Disney, um sonho para muitos brasileiros, ficará mais caro
Imagem: Abigail Nilsson/ABC via Getty Images

Os custos de candidaturas a vistos de classe H, L, O, P, Q, e R subiram de US$ 190 (R$ 920,40) a US$ 205 (R$ 993) um aumento de 7,9%. Já os BCCs (Cartão de Cruzamento de Fronteira, expedido para cidadãos mexicanos a partir de 15 anos) foram de US$ 160 (R$ 775) a US$ 185 (R$ 896) assim como os vistos de turistas — uma correção de 15,6%.

As taxas para a categoria E passaram de US$ 205 (R$ 993) para US$ 315 (R$ 1.525,90), uma variação de 53,7%. Anteriormente o procedimento que sofreria o maior aumento, a emissão de dispensa de visto de visitante de intercâmbio para dois anos de residência será mantida em US$ 120 (R$ 581,30) temporariamente. O reajuste foi adiado. Confira qual é o seu tipo de visto não imigrante:

Tipos de vistos de não imigrante para os EUA - Divulgação/Embaixada dos EUA no Brasil - Divulgação/Embaixada dos EUA no Brasil
Imagem: Divulgação/Embaixada dos EUA no Brasil
Tipos de vistos de não imigrante para os EUA - Divulgação/Embaixada dos EUA no Brasil - Divulgação/Embaixada dos EUA no Brasil
Imagem: Divulgação/Embaixada dos EUA no Brasil

Informações mais detalhadas também podem ser encontradas no site do Departamento de Estado, no Bureau of Consular Affairs. Segundo o relatório disponibilizado no Federal Register com os detalhes das correções de valores, os custos são atualizados para cobrir os serviços consulares oferecidos, já que os valores atuais não estariam cobrindo a alta demanda pelos documentos.

O governo americano não acredita que turistas deixarão de viajar por causa das novas taxas - william87/Getty Images/iStockphoto - william87/Getty Images/iStockphoto
O governo americano não acredita que turistas deixarão de viajar por causa das novas taxas
Imagem: william87/Getty Images/iStockphoto

O governo do presidente Joe Biden, após uma consulta aberta ao público que durou 60 dias (até 28 de fevereiro), revelou ter recebido questionamentos a respeito do impacto da alta dos vistos no turismo e, principalmente, na comunidade de estudantes internacionais.

Estas queixas resultaram nos aumentos mais modestos do que o previsto no fim de 2022. No entanto, o Departamento de Estado não acredita que as novas taxas impedirão que turistas e outros visitantes se candidatem à entrada no país.