Desafio aceito: como fugir da pizza fria e comer bem nos parques de Orlando
Quem vai em parques temáticos como o da Universal, em Orlando, tem certeza de uma coisa: vai andar muito. Mas depois caminhar em média 14 quilômetros por dia (é, eu marquei), chegar no quarto do hotel dentro do Universal Orlando Resort traz uma sensação de que não será possível ressuscitar, tomar um banho e curtir um jantar.
Olha, meu conselho é arranjar energia de qualquer maneira, sair para curtir a noite dentro do complexo, e constatar que, sim, há muito mais que hot dogs e hambúrgueres no território de fantasia dos parques — o desafio que Nossa me atribuiu nesta viagem.
Um mundo de opções
Um destino certeiro após a semi-morte depois de caminhar durante todo o dia é a região conhecida como CityWalk. Aberta diariamente também para quem não está hospedado no Universal Orlando Resort, são ruas repletas de restaurantes, bares e shows onde todas as nacionalidades encontram um lugar para chamar de casa.
No Bob Marley - A Tribute to Freedom, bar jamaicano, há agenda intensa de shows de reggae e ambientação rastafári que faz com que o cliente se sinta no país caribenho.
Pat O'Brien's, bar que imita os de News Orleans, tem dois pianos em que cantoras se revezam entoando clássicos do rock e pop. Um cocktail custa US$ 16 e você pode levar o copo como souvenir. A draft beer, o chope americano, custa por volta de US$ 11. E tem comida típica do sul dos EUA também para que o visitante de fato se sinta na litorânea e festiva News Orleans — com direito a esta versão cajun do mac and cheese aí em cima.
No Bigfire, vieiras com calda de cerveja e aquela atmosfera de uma fogueira na cabana aconchegante ao redor do lago, no Colorado. No Smoked Maple, uísque trufado com direito a show de fumaça na mesa. É orgia gastronômica e etílica para ninguém botar defeito.
Entrada gratuita nos leva ao karaokê Rising Star, com banda no palco também — tem que comprovar ter mais de 18 anos para entrar. Aliás, a restrição a adolescentes pode ser impeditiva para a diversão plena no CityWalk. Famílias que saem dos parques com crianças podem entrar em alguns espaços, mas não dá para aproveitar a vida noturna. Nesse pacote para os mais jovens, estão os cinemas, scape rooms (US$ 40 a entrada) e até lanchonetes mais populares.
Mas mesmo sem gastar um cent, vale o passeio pelas calçadas coloridas e atraentes do CityWalk — uma delas, imita a estrutura da famosa e sinuosa Lombard Street, de São Francisco. Dá para uma cervejinha de mãos dadas na parte do mundo que você quiser!
Romance europeu na Flórida
Quem quiser se aventurar em um rolê com mais estrelas no romantismo, pode pegar um barco para a Itália. A frase soa estranha porque os países ficam a 8 mil quilômetros de distância um do outro, mas a Universal montou uma reprodução de Portofino, vilarejo italiano que fica em Gênova.
Após um trajeto de cerca de 20 minutos, é possível avistar as fachadas coloridas que parecem idênticas à praia da Riviera Italiana. Longe da confusão de luzes do CityWalk e dos parques, é possível escolher o restaurante para comer massas e carnes escutando ópera — cantores vão de mesa em mesa e o deleite gastronômico se mistura com o cultural.
A reprodução é tão fiel que, ao esperar o taxi boat para voltar à parte americana do passeio, após jantar e uma taça de vinho, por um momento é possível de fato pensar que está às margens do mar da Ligúria. Se a ideia era explorar o sensorial e fazer o visitante acreditar na fantasia, dá para dizer que a Universal alcança o sucesso.
Restaurantes de hotéis
Dentro de outros hotéis também há surpresas boas. No Loews Sapphire Falls há o Strong Water Tavern, um estabelecimento de comida contemporânea com diversas opções de entrada por volta de US$ 15.
Tábua de frios, ceviche, e outras opções de finger food enchem os olhos. Os drinques autorais saem por volta de US$ 18 e um chopp custa US$ 12. Um violonista toca música latina, impressiona os clientes e embala a noite.
No Hard Rock Hotel, há o The Kitchen, com mac and cheese, arroz de couve-flor e um salmão pescado na Antártida, a 60ºC negativos!
No Royal Pacific, há um luau em um dos sábados do mês: buffet de pratos típicos havaianos, com opções cosmopolitas, estão no menu. Cerveja, vinho e drinques tropicais também fazem parte da lista de opções.
No palco, dançarinos tiram o foco da comida com seu show, figurinos e piadas que levantam a galera. O evento pode soar um pouco "The White Lotus" para olhares mais críticos, mas não deixa de ser uma boa diversão.
Para se manter em pé
Quando a intenção é se alimentar para aguentar os quilômetros caminhados e piruetas dadas em um dia de parque, também há boas opções.
No Shappire Falls, hotel de tiket médio do Universal Orlando Resort, um excelente café da manhã sai por US$ 37. No buffet, frutas tropicais como abacaxi, melão e morangos e mirtilos, com todas as coberturas imagináveis — tem até pistache.
Bagels com salmão defumado e outros frios, omeletes com mais de uma dezena de recheios, buffet de donut de vários sabores, sucos, doces e mais tipos de pães, tudo incluso. Boa pedida é acordar cedo, comer tudo o que quiser e ter certeza de que só terá fome novamente em 4 ou 5 horas.
Se a conversão assustar, há opções de café da manhã mais baratas dentro do próprio hotel. Uma lanchonete Grab and Go tem pães por US$ 3 e saladas de fruta frescas para viagem por US$ 7, o copo de 500 ml. Há ainda a opção de visitar os mercados próximos (sempre de carro, é improvável que você ande a pé em Orlando) e comprar comida para um café intimista no quarto - que pode render também sobras para um lanche da tarde.
Menos tradicional para o brasileiro, está o café na manhã no Pub Leaky Cauldron, na área The Wizarding World of Harry Potter, no Diagon Alley. No prato, linguiça, bacon inglês, chouriço, feijão, tomate grelhado, cogumelos refogados e batatas para dar energia o dia todo.
O almoço tem fish and chips, pasteis de carne com salada e outros alimentos que poderiam estar no refeitório dos magos, por cerca de US$ 20. Não espere encontrar Coca-Cola no menu — Harry e Hermione não bebem essas coisas. O que tem de sobra é a Butterbeer, bebida que não tem nada de "beer", mas tem muita "butter", tipo de milk shake de baunilha que seduz os fãs da série.
Quem prefere algo um pouco mais sofisticado para o almoço pode optar pelo Mythos, restaurante grego que fica próximo ao castelo do Harry Potter no Islands of Adventures. Ali, polvo pode ser entrada por US$ 18, o risoto com vieiras do prato principal sai US$ 34 e um chopp Blue Moon de 500 ml, cerca de US$ 12.
O Volcano Bay, parque aquático da Universal, também pode impressionar pelas possibilidades gastronômicas. Nas cabanas que abrigam grupos, um drinque custa a partir de US$ 15 — com direito a copo de souvenir. No almoço, arroz de coco com camarões, hambúrgueres e até pizza — menu eclético para quem está prestes a descer um toboágua em alta velocidade.
* A jornalista viajou a convite da Universal Destinations Brasil.
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