'Oppenheimer': aluguel no prédio onde nasceu bomba atômica custa R$ 72 mil
Embora os testes da bomba atômica, desenvolvida e acompanhada pelo cientista J. Robert Oppenheimer, tenham acontecido no Tennessee, interior dos Estados Unidos, o nome do projeto entrou para a história como "Manhattan". Sabe por quê?
Como é fácil deduzir, porque sua origem é em Nova York, algo que o filme "Oppenheimer", de Christopher Nolan, com Cillian Murphy no papel principal, reconta em detalhes, reacendendo o interesse sobre onde tudo aconteceu.
A área baixa da ilha de Manhattan, onde ficam os bairros de Tribeca e Wall Street, é onde ainda funciona boa parte dos escritórios dos governos estaduais e federais americanos, mas também é um endereços dos mais caros de Nova York.
Portanto, sem surpresa, o prédio onde Oppenheimer deu os primeiros passos na arma de destruição é residencial. Isso mesmo, é possível morar onde criaram a bomba atômica. E pagar muito por isso.
O filme "Oppenheimer", baseado no livro "American Prometheus", de Kai Bird e Martin J. Sherwin, foi lançado em 2005, mas só agora chega às telas. Ele reconta a trajetória de J. Robert Oppenheimer, o físico teórico conhecido como "o pai da bomba atômica" porque ajudou a desenvolver as primeiras armas nucleares e liderou o Projeto Manhattan.
Formado em química por Harvard, em física por Cambridge, e doutorado na Alemanha, era respeitado por sua contribuição para a física teórica, nuclear e mecânica quântica e, por isso, recrutado pelo Exército americano durante a Segunda Guerra Mundial.
E foi em Tribeca que ele se dedicou ao trabalho. O nome do projeto nuclear tem referência ao endereço de 270 Broadway, onde ficava a Divisão do Atlântico Norte do Corpo de Engenheiros do Exército dos EUA. As salas ficavam, mais especificamente, no 18º andar.
Considerado um marco da arquitetura dos anos 1930, o prédio tem 28 andares e fica a poucas quadras da Prefeitura de Nova York. Nos anos 1940, os militares coordenavam dali todas as construções militares tanto no país como na Europa, funcionando como um apoio administrativo.
Antes de ser Projeto Manhattan o nome interno era "Laboratório para Desenvolvimento de Materiais Substitutos", mas claro que o nome era um tanto revelador, por isso o General Leslie Groves, no filme vivido por Matt Damon, mudou para "Manhattan Engineer District", mais tarde encurtado apenas para Projeto Manhattan.
Isso aconteceu pouco antes de ser transferido para Oak Ridge, Tennessee, em 1943, onde os testes com a bomba foram efetivamente feitos. O nome "pegou" e nunca mais mudou.
Quando a guerra acabou, o prédio da 240 Broadway passou para o governo estadual, sendo também um dos endereços do famoso "mestre construtor", Robert Moses.
Até o início dos anos 2000, era apenas um prédio comercial, em grande parte de escritórios para membros da Assembleia e do Senado de Nova York. Mas, em 2000, foi vendido para investidores privados por US$ 33,6 milhões, na época, a venda mais cara de uma propriedade pública.
A proposta era aproveitar o aquecimento do mercado imobiliário e transformar as unidades em apartamentos para venda ou aluguel.
Mesmo depois do atentado de 11 de setembro, as obras no 240 Broadway (que fica a metros de onde estavam as Torres Gêmeas) seguiram em frente e ficaram prontas em dois anos. Desde 2003, 39 apartamentos entre o 16º andar e o 28º foram colocados à venda.
Isso mesmo. Lembram que o escritório do Projeto Manhattan ficava no 18º andar? Pois então, tem alguém morando no local onde os trabalhos aconteceram. Gire a galeria abaixo e veja como é um dos luxuosos apartamento para aluguel no prédio.
Os tamanhos das unidades variam entre 185,6 a 754,1 m2, com valores de aluguel em torno de US$ 15 mil dólares mensais (cerca de R$ 72 mil). Quem se candidata?
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