A só 1,5 metro de profundidade, navio encalhado é atração em praia do RJ

Os turistas que visitam Praia Grande, em Arraial do Cabo, podem encontrar mais que conchas na parte rasa do mar: a apenas 1,5 metro de profundidade é possível chegar à carcaça de um navio que encalhou na areia há mais de 100 anos, deixando sua marca — que permanece até hoje — nas águas da cidade fluminense.

Uma embarcação de carga, o Imbetiba partiu da capital do estado em 10 de setembro de 1881, tendo como primeiro destino um porto de Macaé (RJ), que levava o mesmo nome. Um nevoeiro denso obrigou o navio, movido a vapor, a navegar "às cegas" na região.

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A situação acabou mal para as 14 pessoas a bordo, depois que ele colidiu com um banco de areia já no final da noite, obrigando a tripulação a descer para tentar desatolar o navio. Segundo a Prefeitura de Arraial, a estrutura não foi danificada e nem invadida por água, o que facilitou uma tentativa de salvar a embarcação.

Mas, pouco depois de conseguir tirar o Imbetiba do lugar, ainda com dificuldades para visualizar o trajeto, as pessoas a bordo perceberam que ele havia encalhado novamente.

Apesar da emergência, todos os tripulantes chegaram em segurança à praia mais próxima do local do naufrágio, a cerca de 2 km de distância.

Eles passaram a noite no local e, no dia seguinte, buscaram ajuda na cidade. Apesar de sua proximidade em relação à areia, o Imbetiba foi mantido aonde navegou pela última vez.

É um dos grandes cartões-postais de Arraial do Cabo. Naufragado na Praia Grande, no ano de 1822, o famoso Imbetiba partiu da cidade do Rio de Janeiro com 14 tripulantes e acabou batendo em um banco de areia na Praia de Massambaba. Hoje, dois séculos depois, a embarcação é utilizada como ponto de exploração pelos curiosos e de mergulho pelos aventureiros.

Hoje, seus destroços viraram ponto turístico e viralizaram nas redes sociais por formar uma sombra fiel ao formato original, 141 anos depois. Os turistas que quiserem chegar mais perto dos destroços podem contratar um serviço de snorkel, ainda de acordo com a prefeitura.

A atividade não é considerada de alto-risco, com o maior perigo sendo as moréias escondidas nos destroços — já que esse tipo de peixe que pode ser perigoso quando provocado.

É importante lembrar que a visibilidade da embarcação pode variar de acordo com a maré. Em alguns dias fica totalmente aparente e outros, totalmente coberto pela areia."
Prefeitura de Arraial do Cabo, em nota