1 metro de largura: como é o caranguejo gigante pivô de mistério da aviação
Amelia Earhart, primeira mulher a cruzar o Atlântico em um voo solo, pioneira da aviação dos Estados Unidos e ícone feminista, teve um final repleto de mistérios. Ela e o navegador Fred Noonan, desapareceram perto da Ilha Nikumaroro, em Kiribati.
Nessa mesma ilha, vive a espécie caranguejo-dos-coqueiros — e esse pode ser o motivo pelo qual os corpos deles nunca foram encontrados. Apesar de ser considerado onívoro, o caranguejo tem também outro nome popular, que diz tudo: caranguejo-ladrão. Ou seja, ele pega o que vai comer e leva embora.
Segundo a ONG Tighar, sigla em inglês para "The International Group for Historic Aircraft Recovery", é possível que Earhart tenha morrido na ilha e que os artrópodes gigantes tenham devorado seu corpo e levado a maioria dos ossos para uma toca. A conclusão casa com uma análise forense realizada em 2018 — com ossos que haviam sido encontrados em 1940.
Saiba mais sobre o caranguejo-dos-coqueiros
É o maior artrópode (animal invertebrado com exoesqueleto) terrestre do mundo, podendo chegar a 1 metro de largura e pesar até 4 kg.
Vive em pequenas ilhas da região tropical dos oceanos Índico e Pacífico, especificamente em regiões costeiras e úmidas que contêm fendas em rochas ou tocas onde podem se esconder durante o calor do dia.
O Atol de Aldabra, em Seychelles, por exemplo, é um dos únicos lugares no Oceano Índico ocidental que ainda tem uma população saudável da espécie, segundo o National Geographic.
Como o próprio nome indica, sua alimentação é baseada em cocos e outras frutas — esses caranguejos podem quebrar cascas facilmente com suas garras. No entanto, o biólogo e pesquisador Mark Laidre, da universidade Dartmouth College, observou em 2016, durante uma visita ao Arquipélago de Chagos, um caranguejo da espécie caçando e devorando uma gaivota.
É exclusivamente terrestre, sendo tão bem adaptado à vida em terra que se afoga na água — a espécie só vai ao mar para depositar seus ovos. Quando jovem, esse caranguejo possui uma espécie de concha para proteção.
Leva de quatro a oito anos para atingir a maturidade sexual. As fêmeas reprodutoras são encontradas com pouca frequência: apenas uma fêmea carregando ovos foi identificada entre 158 caranguejos fêmeas observados durante um estudo de três anos publicado na revista Oryx —The International Journal of Conservation.
Ainda segundo a pesquisa, a espécie se tornou ameaçada devido à expansão de terras agrícolas em seus habitats e também à colheita excessiva tanto para consumo local quanto para exportação — sua maneira lenta de se movimentar quando em terra o torna altamente suscetível à caça.
Apesar dessas informações, a espécie é classificada como deficiente de dados (DD) pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês). Ou seja, especialistas não sabem o suficiente para poder determinar se ela está ou não ameaçada de extinção.
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