Por que este é o observatório mais fotografado de Nova York (e com razão)
A sensação ao viajar para Nova York é a de se estar sempre dentro de um filme que já vimos, tamanha a familiaridade com a cidade mesmo sem nunca ter pisado lá.
E não é apenas nas ruas de táxis amarelos que imaginamos topar a qualquer hora com um personagem de "Succession", "Sex in the City", "Friends" ou tantas outras séries ambientadas na cidade. Do alto dos arranha-céus, o skyline de prédios que se levantam da Big Apple também se apresenta como uma velho conhecido.
Não à toa, os observatórios que permitem vistas panorâmicas de Nova York estão naquela lista das atrações que "não pode deixar de ir" em seu roteiro.
Opções não faltam. Você pode subir nos icônicos Empire State Building e Top Of The Rock, ou preferir os modernos mirantes One World Observatory, no prédio mais alto de Nova York, e Edge Observation Deck, o campeão em altitude.
Para competir com estes top 4 de Nova York, era preciso chegar no mercado com algum diferencial que valesse, de fato, o adjetivo "surpreendente". E o observatório SUMMIT One Vanderbilt conseguiu esse feito.
Inaugurado no final de 2021, ele ocupa quatro andares do arranha-céu One Vanderbilt, um gigante de 427 metros no coração de Manhattan — com acesso direto pela famosa estação de trem Grand Central Terminal.
O pulo do gato foi ir além das vistas magníficas a centenas de metros do chão — algo comum a todos — e transformar a visita ao mirante em uma experiência interativa e, de fato, imersiva.
"Não é só mais um cenário para o Instagram, nem um espetáculo; foi bolado especificamente para inspirar", descreveu o artista Kenzo Digital, a mente criativa por trás do projeto, ao The New York Times.
Ok, Kenzo, a gente entende. Mas fato é que cada espaço do SUMMIT vira um cenário impossível de não chamar de instagramável — e isso o tornou um dos mais concorridos de Nova York.
Passo a passo
A experiência começa na entrada com o scaneamento do rosto do visitante. Estranho? Logo mais você vai descobrir o porquê.
Um elevador espelhado — e com um quê de estroboscópico por causa das luzes — leva apenas 42 segundos para subir 305 metros até o 91º andar do edifício. Um corredor branco não te dá pistas de o que está logo após a esquina. Prepare-se para o efeito "uau" ao dar de cara com uma cena como essa se for no fim de tarde:
Esta é a primeira sala, chamada Transcendence 1, que oferece a experiência multissensorial "Air" aos visitantes. Mais de 2.300 metros quadrados de espelhos foram utilizados para criar a ilusão de uma espaço ilimitado. Eles refletem tudo, num caleidoscópio visual que mescla céu, cidade, pessoas.
Passada a surpresa, você se dá conta que, sim, ali também é um mirante de onde é possível admirar os detalhes em art déco do Empire State Building e do prédio da Chrysler e o despejar de edifícios da Big Apple até ultrapassar o Brooklyn, no sul de Manhattan.
É interessante notar que o cenário muda de acordo com o humor do clima lá fora. Em dias de sol, como o que fazia quando Nossa visitou o observatório, é preciso usar óculos escuros para dar conta do brilho ofuscante — se esqueceu em casa seu Ray-Ban, pegue um na entrada do SUMMIT e devolva na saída. Tempo nublado deixa o ambiente mais cinza-futurista. Está com névoa ou neve? Tanto lá dentro quanto a Nova York a seus pés ganham um clima de Gotham City.
Na próxima sala, a experiência ganha outro nível, literalmente. A Transcedence 2 é uma espécie de andar superior de tudo o que se viveu lá embaixo. Você tem uma vista mais alta da cidade, ângulos privilegiados e outros jogos de espelhos para uma nova sequência de fotos para lotar os stories.
O efeito reflexivo dessas duas salas, especialmente, fez do pôr do sol, com sua luz dourada, o horário mais disputado para visitar o Summit — tanto que é cobrada uma taxa adicional de US$ 10 neste período. Mas elas impactam em qualquer horário, inclusive à noite, quando os ambientes se transformam completamente com a adição de luzes coloridas à experiência.
Depois de uma overdose visual, um relax é bem-vindo na sala Reflect. Ao som que evoca o barulho do vento, você circula pelas nuvens de aço — que mais parecem saídas de um termômetro de mercúrio quebrado — criadas pela artista plástica japonesa Yayoi Kusama.
A calmaria criada pela artista "das bolinhas" antecede o momento mais divertido do passeio. Prepare-se para entrar no espaço Affinity e dar de cara com mais de 300 globos prateados. Vale chutar, brincar, imitar jogador na NBA equilibrando a bola no dedo, deitar no meio delas para o clique...
Também interativa, mas de outra forma, é a próxima sala, chamada Unity. Aqui você descobre porque, afinal, escanearam seu rosto lá na entrada. Basta passar o QR code da sua pulseira e ficar de olho no telão gigante com imagens de nuvens. Em algum momento uma delas lhe será bem familiar, assumindo sua silhueta.
Outra atração disputada vem a seguir. Aguarde seu lugar na fila para ter a sensação de levitar sobre Nova York.
Tome seu lugar e faça a pose em dois cubos de vidro que "saem" para fora do edifício cerca de 1,5 metro, a 305 metros de altura sobre a Madison Avenue. Aproveite para ver mais de perto o Empire State e observar as pessoas como formiguinhas correndo no Central Park.
Se o próximo sujeito da fila te obrigar a sair antes disso, não se preocupe, o parque mais famoso da cidade também pode ser visto do terraço externo, cercado por paredes de vidro.
Vale ali uma pausa para um café ou um drinque apenas curtindo como gran finalle aquela Nova York que, mesmo para turistas de primeira viagem, já nos parece uma velha conhecida.
VAI LÁ
SUMMIT One Vanderbilt
Ingressos: a partir de US$ 42 para adultos e de US$ 36 para crianças (menores de 5 anos não pagam). Nos horários de pôr do sol (que variam de acordo com a época do ano), paga-se uma taxa extra de US$ 10.
Reservas: com horários marcados de entrada, podem ser feitas pelo site.
Atenção: como há espelhos até no chão, recomenda-se ir de calça ou shorts — e não usar saias ou minissaias. São proibidos sapatos de salto e outros tipos de sapatos que possam danificar o vidro, melhor optar por tênis ou sapatilhas com sola de borracha. E vale levar óculos de sol.
Onde: 45 e 42nd Street. Você pode acessar pelo corredor principal do Grand Central Terminal, dentro da Vanderbilt Passage; ou pela 42nd Street, entre as avenidas Vanderbilt e Madison.
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