Queijo Cabacinha se torna patrimônio cultural e imaterial de Minas Gerais
O queijo Cabacinha se tornou patrimônio cultural e imaterial do estado de Minas Gerais. A lei nº 24.379, que legitimizou o produto artesanal, foi sancionada pelo governador Romeu Zema no início do mês.
Tradicional, o Cabacinha é produzido apenas por cerca de 160 famílias de sete municípios do Vale do Jequitinhonha, segundo levantamento da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG). Ele recebeu a chancela de iguaria específica da região em 2014, explicou a assessora técnica da Diretoria de Agroindústria e Cooperativismo da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Viviane Neri.
"O Cabacinha é reconhecido pelo estado desde 2014, quando foi publicada a primeira portaria de identificação do Vale do Jequitinhonha como tradicionalmente produtora deste queijo. Sua produção nesta região remete a meados do século 20 e sua origem cultural ainda é estudada", salientou em comunicado à imprensa.
O nome do queijo faz referência ao seu formato, parecido com uma cabaça, um fruto popular muito usado também em artesanatos na área. A partir de seu reconhecimento, a Emater, a Epamig (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais) e o IMA (Instituto Mineiro de Agropecuária) farão pesquisas junto às universidades federais de Minas Gerais (UFMG) e de São João del-Rei (UFSJ) para elaborar o regulamento da identidade do Cabacinha.
Assim, ele terá uma "receita oficial", além de normas de qualidade para orientar fiscalizações futuras, obtidas a partir do acompanhamento de processos de fabricação, coletas de amostras da água, do soro-fermento, da massa fermentada e massa filada e do queijo, análises sensoriais e entrevistas com mestres queijeiros e comerciantes a partir do mês de agosto em 30 queijarias.
Como é preparado o Cabacinha?
O queijo é fabricado a partir de leite cru de vaca, que recebe soro fermentado e coalho que o transformam em uma coalhada, segundo informações da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais. Ela, por sua vez, é dividida em porções menores usando pás — esse processo de mexer é bastante importante porque intensifica a liberação do soro, reduz o volume dos grãos e aumenta a densidade da mistura.
Ao chegar no ponto e massa do queijo, é iniciado um processo de fermentação que dura de 12 a 24 horas. Aí então o queijo é moldado manualmente imerso em água quente. Por fim, ele é pendurado para secar.
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