NY terá arranha-céu com apartamentos destinados a sobreviventes do 11/9
A quinta torre do complexo do World Trade Center, do qual faziam parte as Torres Gêmeas derrubadas nos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, será reerguida — e oferecerá moradias de baixo custo a sobreviventes dos ataques.
A novidade foi anunciada pela governadora do estado de Nova York, Kathy Hochul, na quinta (27). Das 1.200 unidades do novo arranha-céu de 80 andares, um terço será destinada a nova-iorquinos de média e baixa renda, explicou a mandatária.
Dentre estas 400 unidades, 80 serão especificamente entregues a moradores da região afetada pelo 11 de setembro, além de socorristas e sobreviventes. Uma vez finalizado, o prédio será o único residencial do World Trade Center, apesar de abrigar também 930 metros quadrados de espaço comunitário sem fins lucrativos da Aliança Educacional e outros 17,6 mil metros quadrados de lojas e escritórios.
Kathy Hochul classificou o projeto como "o maior projeto de moradia acessível da parte inferior de Manhattan" e "uma história de recuperação só vista na América".
A torre original 5 World Trade Center não colidiu diretamente com aeronaves como as 1 WTC e 2 WTC, também conhecidas como as Torres Gêmeas. No entanto, o prédio que abrigava o Deutsche Bank na época foi severamente danificado durante os ataques que vitimaram 2.753 pessoas apenas na cidade e acabou sendo demolido em dezembro de 2001.
Desde então, sua reconstrução se tornou polêmica nos últimos anos, quando uma crise imobiliária sem precedentes afetou Manhattan e levantou discussões de organizações civis e empresas envolvidas nas obras a respeito da possibilidade de tornar o arranha-céu, inicialmente concebido como empresarial, em residencial.
A licitação, aberta em 2019 pelas autoridades de Nova York, resultou em um contrato entregue em fevereiro de 2021 ao grupo de empresas Silverstein Properties, Omni NY, Dabar Development e Brookfield Properties, que atualmente conduzem o projeto. A construção do 5 WTC deve começar em 2024.
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